Embaixadora francesa no Brasil é o contraponto do bolsonarismo

Brigitte Collet é especializada em meio ambiente e direito internacional, e tem carreira ligada ao feminismo e direitos humanos

Brigitte Collet, embaixadora da França no Brasil. Foto: Reprodução/Twitter

Jornal GGN – Um ano após o desconforto causado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, por conta de ofensas proferidas à primeira dama da França, Brigitte Macron, o governo francês envia ao Brasil uma embaixadora que já causa preocupação no Itamaraty de Ernesto Araújo.

Aos 62 anos, Brigitte Collet chega na condição de um dos nomes mais experientes da pasta de negócios internacionais da França. A diplomata acumula passagens pelo comando das embaixadas da Noruega e Etiópia, e desenvolveu uma carreira ligada a debates sobre feminismo e direitos humanos, mas sua especialização é na área de meio ambiente e direito internacional.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, Collet foi a principal negociadora da França nas Nações Unidas para acordos sobre mudanças climáticas, e representou o país junto à União Africana, nos Estados Unidos e no Marrocos e ocupou postos em organismos multilaterais em Viena e Nova York. Formada na Escola Nacional de Administração, está no último posto da carreira no Ministério de Europa e Assuntos Estrangeiros.

Tudo indica que Brigitte Collet chega ao Brasil para monitorar a pandemia do novo coronavírus no país, além da atuação do governo Bolsonaro e de seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que defendeu “passar a boiada” sobre as regras de proteção da biodiversidade – o que coloca em risco a entrada em vigor do acordo de livre comércio do Mercosul com a União Europeia.

 

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Redação

2 Comentários

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  1. Importante e interessante é a entrevista que o jornalista Bob Fernandes realizou com o diplomata, sob o título “Brasileiro, e pago pelo Brasil, general trabalha para os EUA”. Já Bustani enfrentou o Império. Ver em https://www.youtube.com/watch?v=BAnjFDh8vm0.
    O importante é: o Celso Lafer, o que tira os sapatos, também se curvando aos Estados Unidos. Arendt não é culpada pela covardia de quem escreve sobre ela.

  2. O fato, é que estamos num processo de regressão civilizatório, cujos agentes são o grande capital, uma classe média pouco culta e prepotente, e as classes trabalhadoras, impotentes contra a avalanche de fakes, retirada de direitos, uma classe política de bordel. E o mais triste e preocupante: um judiciário com viés politico, leucêmico ante os desmandos e absurdos que acontecem no país. Com raras exceções.

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