“Falei que o sujeito (Bumlai) estava quase pronto. Só falta entregar o Lula”, disse procurador da Lava Jato

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Bumlai estava preso desde novembro de 2015 quando os procuradores da Lava Jato comentaram sobre ele estar "quase pronto" para "entregar o Lula"

Jornal GGN – Era 27 de fevereiro de 2016 quando o Jornal Nacional exibia uma reportagem que citava o “amigo” de Lula, o empresário José Carlos Bumlai, um dos investigados da Lava Jato em processos envolvendo o ex-presidente. A defesa dele, segundo o procurador da Lava Jato em Curitiba, Roberson Pozzobom, apareceu no JN “quebrando a versão de Lula”. Para o procurador Januario Paludo, aquilo era um sinal de que Bumlai estaria se curvando ao script da Lava Jato e logo em breve aceitaria delatar Lula. “Falei que o sujeito já estava quase pronto. Só falta entregar o lula”, respondeu a Pozzobom.

Bumlai estava preso desde novembro de 2015 quando os procuradores da Lava Jato comentaram sobre ele estar “quase pronto” para “entregar o Lula”. A estratégia de manter investigados presos para obter uma delação que pudesse comprometer Lula já é conhecida na Lava Jato. Em conversas divulgadas nesta segunda (1/2), Deltan Dallagnol e o então juiz Sergio Moro traçaram estratégias para manter réus presos mesmo quando eles obtinham vitórias em instâncias superiores.

Em um dos processos a que respondeu na operação, Bumlai chegou a ser condenado por Sergio Moro, em setembro de 2016, a 9 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e gestão fraudulenta de instituição financeira por ter retirado em nome dele um empréstimo de R$ 12 milhões no Banco Schahin para supostamente quitar dívidas do PT.

Antes disso, em abril de 2016, ele conseguiu ser transferido para prisão domiciliar para cuidar de um câncer na bexiga. A Lava Jato moveu outras ações para devolvê-lo ao regime fechado, mas em 2017 ele conseguiu estabelecer a prisão domiciliar e no final de 2019, tirou a tornozeleira eletrônica.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. Onde está “Falei que o sujeito já estava quase pronto. Só falta entregar o lula”, respondeu a Pozzobom. deve ser retificado para Januário Paludo, pois o texto diverge da imagem do telegram.

  2. Januario Paludo, era o criminoso escalado pela quadrilha de curitiba para achacar Dario Messer em 50 mil dolares mensais e distribuir entre a quadrilha

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