IGP-10 fecha agosto com deflação de 0,69%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Efeito de redução do ICMS nos preços de energia elétrica e gasolina e queda das commodities afetaram resultado, segundo FGV

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) encerrou o mês de agosto em -0,69%, ampliando o ritmo de queda visto em julho, quando a variação foi de 0,60%, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com isso, a variação acumulada pelo indicador chega a 8,43% no ano e de 8,82% em 12 meses. Em agosto de 2021, o índice subira 1,18% no mês e acumulava elevação de 32,84% em 12 meses.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, os números do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) continuam influenciados pela redução do ICMS para energia elétrica e gasolina, “efeito que deve perder força ao longo do mês de agosto”.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,65% em agosto, ante 0,57% no mês anterior. Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, “importantes commodities sustentam a queda do indicador, com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5,93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)”.

A queda de tais produtos ajuda a explicar a queda vista no grupo Matérias-Primas Brutas passou de -0,91% em julho para -1,90% em agosto.

Segundo a FGV, as principais contribuições para o recuo da taxa partiram dos itens minério de ferro (-5,93% para -11,09%), soja em grão (-0,78% para -2,14%) e café em grão (3,99% para -2,25%).

Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens leite in natura (7,91% para 14,45%), aves (-0,73% para 1,92%) e cana-de-açúcar (-0,93% para 0,31%).

No caso dos Bens Intermediários, a variação caiu de 1,59% em julho para 0,19% em agosto por conta do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 9,07% para 1,74%.

Na categoria Bens Finais, a variação caiu de 0,99% em julho para -0,27% em agosto, com destaque para o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,52% para -0,90%.

Preços ao consumidor seguem em queda

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 1,56% em agosto, ante uma variação de 0,42% vista em julho. Segundo Braz, a categoria continua sentindo o impacto da redução do ICMS para energia elétrica e gasolina, “efeito que deve perder força ao longo do mês de agosto”.

Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (-0,41% para -5,71%), Educação, Leitura e Recreação (1,52% para -5,75%), Habitação (0,07% para -0,52%), Alimentação (1,48% para 0,99%) e Vestuário (0,80% para 0,44%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (-1,49% para -16,88%), passagem aérea (6,99% para -28,95%), tarifa de eletricidade residencial (-1,45% para -4,14%), carnes bovinas (0,27% para -0,65%) e roupas (0,99% para 0,36%).

Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,57%), Comunicação (-0,79% para -0,31%) e Despesas Diversas (0,22% para 0,32%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram de artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,34% para 0,36%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-1,79% para 0,39%) e cigarros (0,68% para 2,65%), nesta ordem.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,74% em agosto, abaixo da vari8ação de 1,26% vista em julho, com queda nos três componentes: Materiais e Equipamentos (0,94% para 0,34%), Serviços (0,59% para 0,60%) e Mão de Obra (1,67% para 1,13%).

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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