
Coluna de Marcela Mattos em Veja afirma que Jair Bolsonaro tem um “novo plano” para tentar tangenciar a inelegibilidade que foi confirmada na semana passada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que rejeitou recursos ao julgamento que declarou o ex-presidente impedido de disputar as urnas até 2030.
Segundo a publicação, Bolsonaro deve arriscar obter anistia de seus apoiadores no Congresso. Neste ano, de acordo com fontes ouvidas pela revista, não deve haver clima para tal medida. “Mas isso pode mudar radicalmente ano que vem”, quando o Senado fará nova eleição para a mesa diretora.
“A aposta do ex-presidente é política, no Congresso Nacional, onde ele tem um contingente que não costuma dar muita atenção ao bom senso ou à opinião pública. Em tese, os congressistas podem anistiar o ex-presidente”, pontuou a publicação.
“O perdão”, continuou Veja, “seria concedido com o objetivo de pacificar o país, polarizado entre petistas e bolsonaristas. Além de Bolsonaro, seriam beneficiados também todos os condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro”.
Dos 81 senadores, pelo menos 30 hoje seriam aliados diretos de Bolsonaro. O apoio dessa bancada pode definir a eleição do substituto de Rodrigo Pacheco na presidência da Casa. Segundo o artigo, Flávio Bolsonaro se encontrou com o candidato à sucessão, Davi Alcolumbre, e apresentou uma lista de “demandas”. Entre elas, pautar o projeto de anistia dos envolvidos no 8 de janeiro.
Em ato na Avenida Paulista em fevereiro desse ano, Bolsonaro ofereceu paz às instituições em troca da anistia dos réus do 8 de Janeiro de 2023, quando uma horda bolsonarista invadiu Brasília numa tentativa de forçar intervenção militar e derrubar o governo Lula.
A coluna ressalta, contudo, que os projetos de anistia que repousam no Congresso têm fundamentos “exóticos”.
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Bozo oferecendo paz às instituições ou procurando pás para cavar uma improvável impunidade? É certo que ele e seus miquinhos amestrados vivem uma realidade paralela, mas ela não precisaria ser tão ridícula.