Lançado nesta quinta-feira (18), o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 mostra que todas as modalidades de violência contra as mulheres cresceram em 2023, com destaque para a concessão de medidas protetivas, que teve aumento de 26,7% em comparação ao ano anterior e ultrapassou a marca de 540 mil registros.
No último ano, foram registradas também mais de 778 mil ameaças (crescimento de 16,5% ao total de casos em 2022), período em que 258 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica, 38 mil sofreram violência psicológica, 77 mil registraram queixas de perseguição (stalking), 8 mil sobreviveram a tentativas de homicídio e quase 3 mil enfrentaram tentativas de feminicídio.
O relatório mostra que o número de feminicídios teve alta de 0,8%, com o total de 1.467 vítimas. E, em 90% dos casos de feminicídios e homicídios contra mulheres, os autores do crime são homens: 63% eram parceiros, 21,2% eram ex-parceiros e 8,7% eram familiares.
Entre as vítimas de feminicídio, a maioria é de mulheres negras (63,6%) e jovens entre 18 e 44 anos (71,1%). O anuário mostra ainda que 64,3% das vítimas foram mortas na própria residência.
Importunação sexual (41 mil registros – salto de 48,7% em um ano), assédio sexual (8 mil registros – aumento de 28,5% em 12 meses) e divulgação de cenas de estupro, sexo ou pornográfica (7 mil registros, total 47,8% maior que em 2022) também foram crimes com maior incidência ao longo de 2023 e mostram que as mulheres continuam expostas a diversos tipos de violência.
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