Lula: Lava Jato tenta construir “máquina política” com dinheiro da Petrobras

Em entrevista ao The Intercept, ex-presidente diz que tem "clareza" de que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está por trás da Lava Jato em Curitiba

Jornal GGN – O ex-presidente Lula disse em entrevista ao portal The Intercept Brasil, divulgada no dia 21 de maio [assista abaixo], que os procuradores de Curitiba tentam criar uma “máquina política”, uma “quadrilha”, usando os R$ 2,5 bilhões que a Petrobras aceitou pagar às “autoridades brasileiras” para evitar um processo nos Estados Unidos.

O acordo foi feito entre Petrobras e Departamento de Justiça dos Estados Unidos no final de 2018, com a participação velada dos procuradores de Curitiba. A petroleira admitiu o pagamento de uma multa bilionária para não ser processada pela corrupção revelada pela Lava Jato em solo americano. O DoJ, por sua vez, abriu mão de 80% da multa (R$ 2,5 bilhões) em favor das “autoridades brasileiras”. No começo de 2019, a força-tarefa de Curitiba assinou a Petrobras um outro acordo, definindo o destino dos recursos.

Pelo “acordão”, a Lava Jato poderia criar uma fundação privada ou ONG que ficaria com metade dos R$ 2,5 bilhões para investir em ações sociais e anticorrupção. A outra fatia ficaria retida num fundo para indenizar os acionistas brasileiros que buscam alguma reparação na Justiça contra a Petrobras.

“Na verdade, quando alguém faz um acordo desse e quer pegar R$ 2,5 bilhões, ou R$ 13 bilhões, ou R$ 6 bilhões, essa pessoa está construindo uma máquina politica. Está formando uma quadrilha”, disparou Lula.

Confira o que o GGN já publicou sobre a ONG da Lava Jato

Lula disse que há informações dando conta de que esse acordão com a Petrobras foi replicado pela Lava Jato em Curitiba com outras empresas, mas a Justiça decretou sigilo sobre os valores envolvidos. “O PT está pedindo para a presidência da Câmara reivindicar junto à Caixa Econômica Federal, para a gente saber quem fez acordo com a Lava Jato.”

O ex-presidente disse também que tem “clareza” de que o Departamento de Justiça dos EUA “está por trás da Lava Jato”. Ele criticou o papel da imprensa na cobertura da operação, inflando o clima que permitiu o golpe do impeachment em Dilma Rousseff e as investidas contra o patrimônio da Petrobras.

Assista:

 

Redação

6 Comentários

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  1. Eu sou muito grato a Lula por tudo de bom que ele fez por mim, pelo Nordeste, pelo Brasil e pelo povão. Por isso, escrevo com muito orgulho, na palma da minha mão, a palavra “GRATIDÃO” em homenagem ao maior e melhor Presidente da nação, o Estadista “Luiz Inácio Lula da Silva”, o eterno Presidente do meu coração! #LulaLivre #LulaPresoPolítico #LulaPerseguidopelaJustiça #LulaCondenadosemProva #LulaInocente (Poeta nordestino, de Sousa, no Sertão da Paraíba)

  2. O Ex-Presidente “Luiz Inácio Lula da Silva”, foi o maior e o melhor Presidente da República de todos os tempos que o Brasil já teve. Um homem que sabe o que é sofrimento, e que sabe das necessidades do povo brasileiro, pois, nasceu na pobreza, no agreste de Pernambuco, e que teve que se retirar para São Paulo aos quinze anos de idade, com toda a sua família, num caminhão “pau de arara”, pra escapar da fome e da seca no Nordeste. Fez um curso de Torneiro Mecânico no SENAI, em São Paulo, assim como eu e mais dois irmãos meus, também, fizemos, sendo que eu e meus dois irmãos fizemos o curso de Torneiro Mecânico na Escola SENAI de Campina Grande/PB. Lula trabalhou como Operário Metalúrgico, aprendeu a fazer política no chão da fábrica, tornou-se líder sindical, foi Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista por muitos anos, foi Deputado Federal Constituinte e chegou ao cargo mais alto, pela maioria esmagadora do povo brasileiro, o de Presidente da República por duas vezes consecutivas e, com absoluto sucesso! Era tanto progresso, que assustou o mundo! Um homem que tem prestígio nacional e internacionalmente. Agora, elegeram um idiota, um mentecapto pra governar o Brasil, um homem que não tem a mínima condição de ser Presidente da República. Não tem experiência, não sabe de nada e não entende, absolutamente, de nada e, o resultado estamos vendo: o desmonte de tudo que um “gênio”, o maior líder político deste país, construiu, com muito carinho, pensando nos mais necessitados e, para facilitar a vida de milhões de brasileiros. Lula abriu concursos públicos em todas as áreas, construiu diversas Universidades e Escolas Técnicas Federais em todo o país, gerando empregos para muitos brasileiros. Fez a transposição do Rio São Francisco, e acabou com a fome de mais 30 milhões de brasileiros, etc, etc. Hoje, ele se encontra preso, injustamente, e condenado sem prova material, com um único objetivo, o de afastá-lo da eleição presidencial de 2018, porque sabiam que, se Lula fosse candidato, seria eleito Presidente da República logo no 1º Turno pela maioria esmagadora do povo brasileiro. Uma covardia tremenda, que vai ficar na História! O único brasileiro, na atualidade, capaz de governar o Brasil a contento, e colocar o país de volta nos trilhos é o cidadão “Luiz Inácio Lula da Silva”. O eterno Presidente da gente e, do meu coração!!! Chama, que o homem da jeito!!! #LulaLivre #LulaPresoPolítico #LulaPerseguidopelaJustiça #LulaCondenadoSemProva #LulaInocente (Poeta nordestino, de Sousa, no Sertão da Paraíba)

  3. Revelações de procurador dos EUA provam que procuradores da Lava Jato cometeram crime de lesa-pátria

    por Jeferson Miola, em seu blog

    O Procurador Daniel Kahn, do Departamento de Justiça [DoJ] dos EUA, chefia a área de investigação de corrupção fora dos EUA.

    A existência da “área de investigação de corrupção fora dos EUA” seria algo esdrúxulo não fosse o papel que a potência imperial se autoproclama [ao estilo Juan Guaidó], de xerife internacional; de Nação que concede a si mesma o direito à jurisdição extraterritorial para concretizar seus interesses geopolíticos, militares ou econômicos onde quer que seja.

    O procurador do DoJ mantém operoso relacionamento com os procuradores da Lava Jato.

    Em entrevista publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo sábado, 11/5/2019 [aqui], Daniel Kahn fez revelações que provam que operadores da Lava Jato cometeram crime de lesa-pátria.

    O procurador dos EUA não poupa elogios à “cooperação” da turma da Lava Jato e expressa sua gratidão por isso: “[…] estamos muito, muito gratos pela oportunidade de trabalhar com os brasileiros”.

    Ele também enaltece a submissão total dos capachos de Curitiba: “Tem sido uma das parcerias mais fortes que poderíamos ter com uma autoridade estrangeira”.

    Em tom positivo, Daniel Kahn afirma que “A confiança entre nossos países é algo que se desenvolve trabalhando juntos pelo tempo que temos trabalhando juntos e vendo que ambos estamos trabalhando pelas razões certas”.

    Beatriz Bulla, a correspondente do Estadão que entrevistou o funcionário estadunidense esqueceu-se de esclarecer qual o significado para a afirmação de que o DoJ e a Lava Jato estão “trabalhando pelas razões certas”.

    O procurador dos EUA deixa claro que instruções judiciais e procedimentos legais das investigações são descumpridos e manipulados.

    O funcionário norte-americano revela inclusive que o DoJ escolhe o procurador brasileiro mais “adequado” para executar os serviços em cada caso. É uma espécie de Guantánamo da Lava Jato:

    “O que é útil no relacionamento, em termos de aspecto positivo, é: como temos um relacionamento bom e forte, podemos chamá-los e dizer se há evidências do que estamos procurando e vice-versa. O que geralmente isso permite é agilizar o processo de obtenção da prova do que se feita de uma maneira mais formal. O bom disso é que, se pudermos ter uma conversa antecipada, podemos começar reunir informalmente a coleta de provas e, em seguida, quando enviamos a solicitação formal, podemos encaminhá-la a um promotor específico no Brasil e eles podem encaminhá-la a um promotor específico aqui. Então, isso funciona muito bem”.

    Perguntado sobre os motivos para o DoJ atuar na Lava Jato, o funcionário norte-americano citou os interesses nacionais – dos EUA, naturalmente:

    “Sempre que estamos analisando um caso, temos de determinar quais são os interesses dos EUA. Então, se olharmos para a própria Petrobrás, é uma empresa brasileira de petróleo, com funcionários brasileiros trabalhando para ela, que estava sendo usada para pagar várias autoridades brasileiras, mas a própria Petrobrás também é uma empresa de capital aberto nos EUA. Há vários acionistas americanos comprando ações da Petrobrás sob falsos pretextos e vítimas de fraudes que estavam sendo realizadas”.

    Daniel Kahn confia na continuidade da “cooperação” com a turma titular da Lava Jato:

    “O lado positivo é que em nosso país os promotores são promotores de carreira, por isso não mudamos de governo para governo. Minha impressão é de que pelo menos os promotores com os quais estamos lidando permaneceram constantes durante o período. Assim, mesmo onde possa haver mudanças em certas posições de liderança, ainda mantemos o forte relacionamento com os promotores que estamos trabalhando nos casos do dia a dia”.

    Ele aposta na continuidade desse relacionamento “profícuo”, por assim dizer, e sugere a existência de outras operações em outros países em “parceria” com o Partido da Lava Jato:

    “Posso dizer que ainda temos um relacionamento extraordinário com os promotores brasileiros e estamos trabalhando em vários casos em vários países e regiões. Não acho que seria surpreendente se aparecer outro caso envolvendo o Brasil. Mas além disso eu provavelmente não deveria dizer com qual país estamos trabalhando agora”.

    Não é novidade que a Lava Jato foi concebida no eixo Curitiba/Brasília-Washington e é executada em coordenação fina com os Departamentos de Justiça e de Estado dos EUA, que aportam conhecimentos, estratégias e tecnologias aos funcionários públicos brasileiros envolvidos na Operação. A entrevista do procurador do DoJ deixa isso muito claro.

    Segundo as normas brasileiras, entretanto, tal “cooperação” do Partido da Lava Jato com os EUA é ilegal e inconstitucional, pois nunca existiu formalidade do Poder Executivo brasileiro, que tem a competência privativa para firmar convênios e protocolos com outros países.

    Não existe nenhum acordo formal, e tampouco mandato legal, que ampare o intercâmbio dos agentes da Lava Jato com agentes dos EUA para o fornecimento de documentos, informações, dados estratégicos e sigilosos, como processos judiciais cobertos por segredo de justiça.

    O relacionamento da Lava Jato com os EUA, portanto, é uma associação secreta e clandestina que trai os interesses nacionais e causa graves lesões ao país e à sua ordem econômica e social.

    A Lei 1.802/953, que define os crimes contra o Estado e a Ordem Política e Social, tipifica como crime:

    “Art. 26. Fornecer, mesmo sem remuneração, à autoridade estrangeira, civil ou militar, ou a estrangeiros, informações ou documentos de caráter estratégico e militar ou de qualquer modo relacionados com a defesa nacional.

    […]

    Art. 34. É circunstância agravante, para os efeitos desta lei, quando não fôr elementar do crime:

    a) a condição de funcionário público, civil ou militar, ou de funcionário de entidade autárquica ou paraestatal;

    b) a prática do delito com ajuda, ou subsídio de Estado estrangeiro, ou organização estrangeira ou de caráter internacional.

    Parágrafo único. Constitui agravante, ou atenuante, respectivamente, a maior ou menor importância da cooperação do agente do crime, e seu maior ou menor grau de discernimento ou educação”.

    É razoável supor que o agravante previsto no inciso [b] do Artigo 34 fica caracterizado no crime de desvio de R$ 2,5 bilhões das multas da Petrobrás para criar a fundação [batizada por Lula como Fundação Criança Esperança do Deltan Dallagnol] do Estado paralelo do Partido da Lava Jato.

    A Lei 7.170/1983, que define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, também explicita os crimes de lesa-pátria perpetrados pelos agentes da Lava Jato:

    “Art. 13 – Comunicar, entregar ou permitir a comunicação ou a entrega, a governo ou grupo estrangeiro, ou a organização ou grupo de existência ilegal, de dados, documentos ou cópias de documentos, planos, códigos, cifras ou assuntos que, no interesse do Estado brasileiro, são classificados como sigilosos.

    Pena: reclusão, de 3 a 15 anos.

    Parágrafo único – Incorre na mesma pena quem:

    I – com o objetivo de realizar os atos previstos neste artigo, mantém serviço de espionagem ou dele participa;

    […]

    III – oculta ou presta auxílio a espião, sabendo-o tal, para subtraí-lo à ação da autoridade pública;

    IV – obtém ou revela, para fim de espionagem, desenhos, projetos, fotografias, notícias ou informações a respeito de técnicas, de tecnologias, de componentes, de equipamentos, de instalações ou de sistemas de processamento automatizado de dados, em uso ou em desenvolvimento no País, que, reputados essenciais para a sua defesa, segurança ou economia, devem permanecer em segredo”.

  4. Só agora que deu pra ver, prestando atenção nas imagens até o finzinho da entrevista, que o jornalista Glenn Greewald se preocupou com a exceção, em um ou alguns minutos, em relação ao tempo estabelecido para a sua entrevista e pediu delicadamente à polícia que concedesse mais um minuto. Porque ele tinha uma questão crucial a esclarecer que só veio a ser abordada nos últimos cinco minutos finais do tempo concedido.
    Aí começou a dar para perceber que um samango de terno, começou a ficar irrequieto, se coçando e se movendo para lá e para cá, na porta da sala e que o Lula se estendeu mais ainda do que pedira o jornalista e as últimas palavras de despedidas entre ambos, jornalista e entrevistado, foram proferidas com um meganha fardado atrás do Lula, querendo mostrar a sua otoridade. Um dia, depois que forem apurados, julgados e punidos os crimes que essa gente cometeu, vai ser necessário colocar esse povo de volta, na caixinha de onde nunca deveria ter sido permitido que eles saíssem.

  5. essa entrevista comprova finalmente o que muita gente
    já sentia à época – tinha a mão estadunidense
    nesse golpe cruel contra dilma e o governo do pt…
    agora lula diz que tem convicção porque as
    denuncias deixam as coisas claras de como ocorreram…
    agora resta batalhar pelolula livre commais força ainda e commais clareza do que havia antes…
    carol proner fala em caravana até na europa –
    hoje de manhã vi imagens de vários barcos dirigindo-se
    de manaus ao encontro das água do rio amazonas com
    o rio negro/atlantico onde uma bandeira do lula livre
    tremulava entre dois barcos, uma cena
    simbolicamente muito forte….

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