
Organizador e financiador do ato bolsonarista na Avenida Paulista, o pastor Silas Mafalaia elevou o tom dos discursos e atacou o ministro Alexandre de Moraes, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral neste domingo (25).
Destoando dos demais políticos que lançaram mão de um discurso mais moderado no palanque, Malafaia desenrolou a narrativa de que há uma “perseguição” contra Jair Bolsonaro, capitaneada por ministros do STF e TSE, que foram acusados pelo pastor de serem parciais.
“Eu não vim aqui atacar o Supremo. (…) Mas eu vim fazer, eu vim mostrar para vocês a engenharia do mal para prender Jair Messias Bolsonaro. A engenharia do mal para tirar o estado democrático de direito”, disparou Malafaia.
“Se eles te prenderem, não vai ser para tua destruição, mas para a destruição deles. Você vai sair de lá exaltado”, disse.
Malafaia ainda afirmou que não tem medo de ser preso por subir o tom contra o STF. “Quem está do lado da verdade, da justiça, defendendo a maior perseguição política da história do país – Jair messias Bolsonaro, o maior perseguido político da nossa história – ser preso por defender sua liberdade é uma honra para mim. Não tenho medo de ser preso. Vergonha é se calar”, provocou.
A narrativa da perseguição
Após chamar insistentemente a atenção dos manifestantes para o que iria narrar, Malafaia começou voltando no tempo, em 7 de Setembro de 2021, quando Bolsonaro atacou o ministro Alexandre de Moraes e prometeu acionar o artigo 142 da Constituição para impedir uma suposta interferência do Judiciário no Poder Executivo. Na oportunidade, Michel Temer intermediou um diálogo entre Bolsonaro e Moraes, e panos quentes teriam sido jogados na crise.
“Todos nós dissemos ‘caramba, não esperávamos isso’. O presidente, na linguagem popular, fumou o cachimbo da paz. Agora vou correr com a história. Em 2022, Alexandre de Moraes assume o TSE e, pasmem, uma resolução dá todo o poder a Alexandre de Moraes. O PGR Rodrigo Aras entrou com petição no STF para derrubar essa resolução. O STF não aceitou. E todo mundo sabe como foi aquela eleição.“
Malafaia insinuou que o TSE privilegiou a candidatura de Lula. Ainda segundo o pastor, “debochado” foi o ministro Alexandre de Moraes, que deu uma multa de 22 milhões de reais ao PL, quando o partido de Valdemar da Costa Neto questionou o resultado eleitoral.
Mesmo assim, disse Malafaia, Bolsonaro aceitou a derrota e permaneceu em silêncio, sem questionar as urnas publicamente ou atacar ministros. Viajou, ainda em silêncio, para os Estados Unidos. E então chegou o “fatídico 8 de janeiro de 2023”, quando uma horda bolsonarista invadiu Brasília e destruiu os prédios dos Três Poderes.
Teoria da conspiração
Falando aos fanáticos bolsonaristas, Malafaia começou a colocar em xeque a versão oficial – e investigada pelas autoridades – apontando que o ataque de 8 de janeiro foi organizado por apoiadores de Jair Bolsonaro. O pastor insinuou que o gabinete do presidente Lula sabia da trama e, por isso, o petista estava em Araraquara (SP) naquele dia.
Depois, Malafaia começou a criticar duramente as penas impostas pelo STF aos bolsonaristas presos em flagrante no 8 de janeiro, por atentado contra a democracia. “Membro da minha igreja, trabalhador, foi ver a baderna. Estava doente. Procurador pediu a liberação dele [da prisão]. Moraes não deu. Ele morreu [na prisão]. Moraes vai dar a conta a Deus”, disse Malafaia, insinuando que o ministro é responsável pela tragédia.
Malafaia ainda atacou o STF por conduzir inquéritos sobre Bolsonaro, que já não tem mais foro privilegiado.
Para encerrar, o pastor ainda criticou que ministros do STF tenham dado declarações celebrando uma derrota da extrema-direita golpista e vitória da democracia.
“Moraes disse que extrema-direita tem que ser combatida no Brasil e América Latina. Como um ministro do STF tem lado? Ele é guardião da Constituição”, esbravejou Malafaia.
“Barroso disse ‘nós derrotamos o bolsonarismo’. Isso é uma vergonha, uma afronta ao povo. Eu vou dizer: sabe quem é o supremo poder dessa nação? O povo! Temos de nos submeter ao povo”, complementou.
“Toda essa engenharia do mal contra bolsonaro”, repetiu Silas Mafalaia, é “covarde, ao arrepio da lei e da Constituição”.
Após vomitar sua narrativa para tentar proteger Bolsonaro, Silas Mafalaia passou a orar, endossando o teor de culto religioso que o ato na Paulista teve neste domingo (25).
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Malafaia deu uma falhada antes, durante e depois do 08 de janeiro de 2023. Com medo de ser enjaulado ele nem mesmo estava no quebra-quebra em Brasília. Esse pastorzinho vagabundo é tão covarde quanto o mestre infernal dele.
Malafaia é um fofo. Um estafeta de deus que promete punição ao STF. Xandão e os ministros não evanjegues devem estar trêmulos de pavor com as pragas do profeta. Cabra saliente esse malafaia.
Malafalha (aquele cujas previsões “fáiam”), está incitando agitação contra as instituições, instigando à comoção social SEM CAUSA, utilizando-se de sua (infame) empreitada religiosa com milhares de crentes, dizimistas, dinheiro incontabilizável e benefícios fiscais para fazer agitação política ao arrepio do interesse público. Deveria ser interpelado judicialmente, advertido e, se continuar: Cana!
Está na Bíblia:
Cuidado com os falsos profetas. Eles vem até vós vestidos de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes.Falsos profetas são aqueles que querem se passar por homens de bem e enganam os cristãos. Quem acredita nessa mala, acredita que numa pirâmide financeira vai ganhar muito dinheiro.