Ministério da Saúde retira aplicativo que indicava cloroquina contra covid-19

Embora pasta afirme que plataforma era projeto-piloto que entrou no ar antes do tempo, aplicativo foi oficialmente lançado por Pazuello em Manaus

O presidente Jair Bolsonaro defendendo uso da cloroquina contra Covid-19 – Foto: Facebook/Jair Messias Bolsonaro

Jornal GGN – O aplicativo do Ministério da Saúde que recomendava medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a covid-19 saiu do ar, com a justificativa de que o sistema foi ativado de maneira indevida.

O aplicativo TrateCOV exigia que o paciente efetuasse o preenchimento de um formulário com os sintomas apresentados, e sugeria a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina em qualquer idade, seja para covid-19 ou para outras doenças, o que gerou reação de entidades médicas inclusive mais alinhadas ao governo Jair Bolsonaro.

Em nota, o Ministério da Saúde diz que a plataforma foi lançada como um projeto-piloto “e não estava funcionando oficialmente, apenas como um simulador”, mas que “o sistema foi invadido e ativado indevidamente, o que provocou a retirada do ar, que será momentânea”, disse, sem dar prazo ou outros detalhes sobre as possíveis alterações no modelo.

Embora o governo federal adote a estratégia de ativação indevida, a ferramenta foi oficialmente lançada pelo ministro da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello, em evento realizado em Manaus, e tinha por objetivo “auxiliar os profissionais de saúde na coleta de sintomas e sinais de pacientes visando aprimorar e agilizar os diagnósticos da Covid-19”. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

 

Leia Também
Os culpados deixaram as digitais, por Homero Fonseca
Pazuello contrata assessor ‘master coach’ e está à espera de uma ‘avalanche’ de vacinas
Feriado e crescimento da Covid-19 na China atrasam expansão da Sinovac
Ex-ministro Temporão defende flexibilização da autorização de novas vacinas, por Luis Nassif
Desigualdade de acesso à saúde aumentou mortalidade em regiões do Brasil, mostra estudo
Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador