Jornal GGN – O aplicativo do Ministério da Saúde que recomendava medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a covid-19 saiu do ar, com a justificativa de que o sistema foi ativado de maneira indevida.
O aplicativo TrateCOV exigia que o paciente efetuasse o preenchimento de um formulário com os sintomas apresentados, e sugeria a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina em qualquer idade, seja para covid-19 ou para outras doenças, o que gerou reação de entidades médicas inclusive mais alinhadas ao governo Jair Bolsonaro.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que a plataforma foi lançada como um projeto-piloto “e não estava funcionando oficialmente, apenas como um simulador”, mas que “o sistema foi invadido e ativado indevidamente, o que provocou a retirada do ar, que será momentânea”, disse, sem dar prazo ou outros detalhes sobre as possíveis alterações no modelo.
Embora o governo federal adote a estratégia de ativação indevida, a ferramenta foi oficialmente lançada pelo ministro da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello, em evento realizado em Manaus, e tinha por objetivo “auxiliar os profissionais de saúde na coleta de sintomas e sinais de pacientes visando aprimorar e agilizar os diagnósticos da Covid-19”. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
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