Jornal GGN – A primeira vítima fatal de coronavírus no Rio de Janeiro, quinta morte pela doença registrada no Brasil, expõe como o governo já falhou no combate ao COVID-19 antes mesmo de começar.
A vítima é uma idosa, de 63 anos, que integrava o grupo de risco por ser diabética e hipertensa. Ela foi infectada por sua empregadora, que voltou de viagem do exterior e testou positivo para coronavírus.
Se a empregadora tivesse sido devidamente colocada em quarentena desde que pôs os pés de volta ao Brasil, talvez a empregada não tivesse sido contaminada.
Uma vez infectada, a idosa levou apenas dois dias, desde que deu entrada no hospital, para falecer. O mesmo ocorreu em São Paulo, com a diferença que o primeiro idoso vitimado lá não havia tido contato com ninguém que viajou ao exterior. Já era caso de contágio comunitário.
As autoridades falharam e seguem falhando mesmo dia diante do aumento exponencial de casos confirmados no Brasil e do início da contagem de mortos por coronavírus.
Essa semana, um telejornal da Rede Globo transmitiu numa reportagem o depoimento de uma mulher que voltou do exterior recentemente e relatou que, no aeroporto, nem sua temperatura sequer foi aferida. Nenhum teste foi feito. Nenhuma recomendação. Ela foi quem tomou a iniciativa de avisar que chegava de um País com casos de coronavírus, e recebeu como resposta apenas um “então você já sabe o que fazer”. Ficou pasma com o protocolo que joga sobre os passageiros toda a responsabilidade. E se ela não tivesse as informações necessárias e decidisse seguir com a rotina normal?
A youtuber Karen Bacchini estava presa numa cidade uma hora distante de Bergamo, na Itália, durante o surto. Depois de muitas tentativas, conseguiu retornar ao Brasil no início desta semana, a partir de um voo local que a levou primeiro à França. No aeroporto de Guarulhos, mesma situação: apesar de não demonstrar sintomas, foi ela quem avisou a todos à sua volta que chegara da Itália. Sem relatos de nenhuma abordagem oficial. Foi direto para casa e se colocou em quarentena.
Os países que tiveram sucesso na redução de casos do coronavírus usaram uma fórmula que já é de conhecimento de todos: teste, quarentena, fechamento de fronteiras, isolamento de cidades inteiras.
Aqui, aparentemente, não houve sequer a preocupação de fazer a triagem, instrução e acompanhamento de potenciais infectados nos aeroportos, que são a porta de entrada da doença no País.
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Quem pode viajar, segundo o Sinistro do Cofrinho da Viúva?
Os ricos.
Então, tem uma marcação de classe.
Agora, a empregadora vai em cana? Pois deveria.
Não, o Moro não vai enfiar o Código Penal nela.
Já que ele gosta de se intrometer em alguns casos, como o do Ronaldinho Gaúcho.
Mas este não vem ao caso.
A Universidade de São Paulo está fazendo o mesmo. Docentes e burocratas em casa e forçando os funcionários a irem trabalhar. Como comentei em https://jornalggn.com.br/noticia/coronavirus-cidades-da-grande-sp-suspendem-transporte-publico/.
O que eles não perguntam é se os estudantes de intercâmbio, que retornaram, estão em quarentena.
Nada disso.
Aqui na Bahia a ANVISA proibiu o Governo do Estado de aferir a temperatura dos passageiros no desembarque no aeroporto…ou seja, é deliberado o genocídio??
https://www.metro1.com.br/noticias/bahia/89155,secretario-de-saude-e-barrado-no-aeroporto-por-equipe-da-anvisa