Jornal GGN – Na quinta (14), às vésperas de Nelson Teich pedir demissão do Ministério da Saúde, a ministra Damares Alves, uma das mais populares do governo Bolsonaro, embarcou em um avião com médicos e profissionais do Ministério da Ciência e Tecnologia, rumo à cidade Floriano, no estado Piauí. Foi conhecer o que propagou nas redes sociais depois como o “protocolo de Madri”, ou “o milagre do uso da cloroquina”, que agora ela promete “levar para o Brasil inteiro”.
O protocolo elaborado pela Secretaria de Saúde da região, assessorada por uma médica brasileira (Marina Bucar Barjud) que vive na Espanha, combina o uso de hidroxicloroquina com corticoides e azitromicina, para tratar pacientes com sintomas leves de coronavírus. O diferencial alegado é a “prescrição precoce para reduzir a fase de inflamação”.
A Secretaria adquiriu 300 kits para distribuir aos pacientes que antes precisam procurar uma UBS para fazer exames e receber a orientação médica. A droga é administrada em casa, com acompanhamento esporádico que verifica a evolução da doença. Alguns pacientes internados no Hospital Tibério Nunes também aderiram ao tratamento. A cidade registra apenas 3 mortos por covid-19, e alega que todos os óbitos são de pessoas que moravam em municípios vizinhos.
O secretário de Saúde James Rodrigues, ao contrário de Damares, não promete milagres. “Não temos a cura do coronavírus. O que estamos mostrando é que o caminho é combater na forma precoce”, disse.
A diretriz do município lembra o estudo com hidroxicloroquina feito pela Prevent Senior, em São Paulo. A rede privada de plano de saúde voltada para idosos passou a testar o composto em pacientes a partir do segundo dia de sintomas, também na forma doméstica, evitando internação.
Um de seus diretores afirmou ao GGN que a experiência vinha apresentado resultados muito positivos. Mas depois da repercussão, a Comissão de Ética e Pesquisa (Conep) do Conselho Nacional de Saúde suspendeu o estudo por problemas nos critérios técnicos da pesquisa.
A introdução de um protocolo único para todo o País, tomando o derivado de cloroquina como se fosse a solução para o coronavírus, tem sido o principal motivo de baixas no Ministério da Saúde.
Luiz Henrique Mandetta se recusou a assinar um decreto que estabelecia o uso do medicamento desde que a família do paciente concorde com a medida. O sucessor Teich também não quis manchar a carreira de médico oncologista aderindo a um protocolo que ainda não tem nenhuma comprovação científica.
Ao contrário disso, o uso da hidroxicloroquina pode ter sérios efeitos colaterais e está sob estudo em diversos países.
Xadrez das pesquisas da Prevent sobre o uso da cloroquina, por Luis Nassif
Ministra @DamaresAlves diz que viu um MILAGRE em FLORIANO, no Piauí. O uso da CLOROQUINA, associado a outros medicamentos, está salvando VIDAS!!!! ?? #ProtocoloDeMadri #coronavirus pic.twitter.com/3cqRJG3vVh
— DelegadoFrancischini (@Francischini_) May 14, 2020
Ela não desceu ainda do pé de goiaba?
O ministro depois que visitou o norte do país, recebeu o choque de realidade e viu que o pepino é difícil de lidar. Se a principal capita da América Latina já vem numa seguida complicação sanitária – nos últimos tempos foi uma epidemia de febre amarela que fechou até parques, chuvas com vários estragos e agora com hospitais privados e públicos vão entrando em colapso, ao ponto dos militares pesquisarem a respeito de locais extras para enterrarem corpos, a coisa não é nada boa.
Vai ser um tal de gente desistir de concorrer para prefeituras (o Freixo já é um deles), para não afundar suas carreiras, a depender de cofres vazios, crise continuada, governo militarizado.
E com essa celeuma toda quanto ao remédio “milagroso”, quem vai esperar para recebê-lo de farmácias estaduais de distribuição de medicamentos de alto custo são os pacientes de lupus, artrite reumatoide, dermatomiosite, poliomiosite, por exemplo, já que a HIDROXICLOROQUINA é eficaz, sim, nesses tratamentos, mas NÃO TEM COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA NENHUMA PARA O CASO DE COVID 19. Só mesmo imbecís como a fulana da goiabeira e o chefe dela, um boçal, ou até mesmo outros boçais, fardados ou não, só esses pregam que o remédio é milagroso. Mas é uma pena que algum desses e dessas idiotas que eventualmente tenham alguma cardiopatia não sejam agraciados com o covid para que eles próprios tomem HIDROXICLOROQUINA. É tomar e babau, vão morar naqueles buracos que estão fazendo Brasil afora. Ou seja, os imbecís e idiotas não se importam em serem assassinos de outros, por exemplo, cardiopatas, e ficam fazendo campanha por um medicamento sem eficácia comprovada para o covid e enquanto isso os pacientes que recebem a hidroxicloroquina de farmácias do sistema MEDEX ficam sem o remédio para seus tratamentos estes sim corretos. Pois quando a procura fica muito grande, graças à propaganda irresponsável que o boçalnaro faz, o medicamento entra em falta para muitos que de fato precisam dele, mas repito NÃO PARA COVID 19, PELO MENOS ENQUANTO NÃO SE PROVAR CIENTIFICAMENTE EFICAZ.
Nesse governo de imbecis, quanto menos se ignora um assunto, mais se deita falação.
A cura do Marcos Ponte não curou mas a cloroquina da Damares vai curar
Damares quer porque quer um milagre para chamar de seu
Já rola por aí que não adianta trocar as rodas da carroça pois o problema está no jumento que a puxa.
É um desgoverno composto por palpiteiros, como as damares, os pontes, os ônix, e por diversionistas, como o proprio jumento e o guedes.
Se esse remédio é tão ruim assim porque esta no mercado, os amazonenses tomam esse medicamento contra febre amarela igual como o resto do Brasil toma antibióticos pra dor de cabeça, quantos morreram pelo uso do medicamento?
Temos médicos atestando o uso, acho que é melhor tentar do que deixar morrer.
O GGN e outros blogues deveriam é investigar quem são os proprietários dos laboratórios responsáveis pela Cloroquina no Brasil e suas ligações com o bolsonarismo.
“Um de seus diretores [ da Prevent Senior ] afirmou ao GGN que a experiência vinha apresentando resultados muito positivos. Mas depois da repercussão, a Comissão de Ética e Pesquisa (Conep) do Conselho Nacional de Saúde suspendeu o estudo por problemas nos critérios técnicos da pesquisa”.
–> No caso do tratamento adotado pela Prevent, não houve testagem dos pacientes que foram medicados, em domícilio e por diagnóstico virtual, para COVID-19; se o paciente não foi testado, como o diretor da Prevent pode afirmar que houve resultados positivos? Ele não sabe, jogou pra platéia. E a plateia, desesperada por uma cura qualquer, abraçou.
–> O Conep suspendeu o estudo da Prevent não apenas por critérios técnicos, mas ÉTICOS também.
Quando o diretor da Prevent Senior (que não é médico, mas administrador) esteve conversando com a equipe do GGN, dizia que o estudo com seus resultados promissores já tinham sido submetidos a revistas científicas. Apareceu um paper, publicado fora dos canais usuais para pré-textos (era assim que eles apresentavam), mas o tal artigo mesmo, revisado por pares e numa publicação séria, até agora não apareceu. A única evidência da eficácia do remédio, então, foi palavra do diretor no vídeo que gravou com o GGN. E antes que alguém lembre do grande Didier-Raoult, além de cientista polêmico, conhecido por manipular resultados, seu estudo com o Covid também foi duramente questionado.
https://jornalggn.com.br/noticia/os-questionamentos-tecnicos-aos-estudos-do-prevent-senior-sobre-a-cloroquina/
https://jornalggn.com.br/a-grande-crise/conep-suspende-estudos-da-prevent-senior-sobre-a-cloroquina/
https://www.revistaquestaodeciencia.com.br/questao-de-fato/2020/04/18/uma-aula-de-como-nao-se-deve-testar-um-medicamento?fbclid=IwAR3eWqbdcHYKNz5XBZ_N4rxU6CkCiPRdSd4-0FMJmrDn-ef8t2ITNV17KOY
https://jornalggn.com.br/a-grande-crise/saida-de-ministro-revela-pressao-por-uso-irresponsavel-e-ilegal-de-medicamento-por-daniel-a-dourado/
Deixa eu só falar uma coisa: como ela lembra um famoso personagem de HQ, o MANCHA NEGRA. De máscara então…