Atualizado: O que José Eduardo Cardozo fazia na reunião de Janot com Temer?

O que mostra que, mesmo na fase mais candente do pré-impeachment, na qual a Lava Jato desempenhava papel central, Cardozo e Janot permaneciam bons amigos.

Uma das informações mais esdrúxulas, narradas pelo ex-Procurador Geral da República Rodrigo Janot, foi o encontro que teve com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, no qual tentou ser convencido a para as investigações sobre Eduardo Cunha.

Foi pouco antes de começar o impeachment, no qual Cunha era a peça chave. O que chama a atenção é que do encontro participou o então Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. O que mostra que, mesmo na fase mais candente do pré-impeachment, na qual a Lava Jato desempenhava papel central, Cardozo e Janot permaneciam bons amigos.

Depois disso, Cunha foi preso, mas não houve delação, foi mantido isolado, o ex-juiz Sérgio Moro impediu a vistoria no seu celular, liberou sua esposa. Um dia ainda se saberá quais segredos de Cunha a Lava Jato evitou divulgar. E se havia alguma relação com o tal Ministro do STF que procurou Janot, aos prantos, com medo de aparecer em alguma delação.

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Cardozo entra em contato com o GGN para informar que o convite para a tal reunião partiu do vice-presidente Michel Temer. Ele compareceu na condição de Ministro da Justiça, não de amigo de Janot.

A conversa ocorreu conforme descrita por Janot, com Henrique Alves mais atirado, Temer mais moderado, mas ambos intercedendo por Eduardo Cunha. Janot respondeu com um palavrão e se retirou.

16 Comentários

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  1. O zé da justiça e o general verde-oliva foram os principais ajudantes de Dilma , seus principais conselheiros. Sempre tive dúvidas se as posturas absurdamente omissas de ambos se deviam a imcompetência, ao medo ou a outros motivos mais ocultos e tenembrosos. Graças a estes Dilma não reagiu ao impeachment, a não ser tarde demais, e quando o fez foi de maneira fraca e descordenada. Esta notícia pode descortinar as ações destes ou a falta delas.

  2. Ora, os “segredos” do Eduardo Cunha são os fundos de campanha que ele arrecadada desde o ocaso da ditadura, passando pelo governo Collor, Itamar, FH até montar uma bancada própria, nacional, além fronteira do PMDB e do Estado do Rio de Janeiro. Nem criança grande na Praça Dos Três Poderes ignora isso.

    Os lavajeteiros ficam nesse “vainaovai” pra cima do centrão, nesse joguinho de chantagem, agora é o centrão que vai pra cima deles, talquei? Já conseguiram a derrubada do PT, PT, PT, teto de gastos, deforma trabalhista, pre sal…

    O papel do Cardozo na reunião? Ah, deve ter falado umas três ou quatro vezes a palavra “republicano”…

  3. Nassif, pela pergunta título, parece-me que você, talvez, esteja começando a questionar certos pressupostos, antes dados como certos. Quem sabe, no futuro, surgirão outras perguntas: Por que Dilma recebeu a pena principal, mas não a acessória? Qual o motivo de sua defesa ridícula e dos argumentos fracos no impeachment? Estaria o PT, ou uma parte dele, fazendo, verdadeiramente, todo os esforços para a libertação de Lula? …
    Olho vivo!

  4. Prisão de Cunha foi uma abstração que livrou a cara de muita gente…
    espero que não perca a única oportunidade que terá de ficar milionário, honestamente, se souber trabalhar com a literatura de um golpe que aceitou tudo

  5. Cardozo tentando evitar o golpe que vinha a cavalo… Esperemos que seja isso. Vamos rezar três ave-marias mais dois pai nossos e quem sabe o santo Intercept ainda nos esclareça muita coisa mal contada. Quanto a defesa que o advogado Cardozo fez de Dilma foi firme, foi bem feita. Acho que não ha muito o que se dizer, quem viu O Processo, viu os bastidores da equipe de José Eduardo Cardozo e eles foram combativos. Como disse o proprio Cardozo no documentario “ali o jogo era de cartas marcadas”.
    Sobre o Cunha, as revelações dele em grande parte deve recair sobre o PSDB, PMDB, DEM, todo o centrão e o diabo a quatro. Por isso rejeitaram.

    1. Também achei a defesa de Cardozo muito boa. E não tenho dúvidas de que foi carta-marcada. o julgamento do impedimento de Dilma. Mas Cardozo ouvir uma conversa dessa e ter ficado quieto!? Será que ele já havia relatado que teve esse encontro com Temer ás vésperas do impeachment?

  6. Cardoso consegue patinar numa fina linha entre o 5ª coluna e o completo inútil!
    Uma coisa é certa, não o contrataria como advogado se tivesse $$$ para isto.

  7. Para mim, o perfil de José Eduardo Cardoso é claríssimo:
    (1) como Ministro da Justiça, uma função executiva, ele foi incompetente.
    (2) como advogado de Dilma, foi ruim na estratégia e brilhante na argumentação oral.

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