
Jornal GGN – O Santos Futebol Clube anunciou na noite desta sexta-feira, 16, a suspensão do contrato com o atacante Robinho. O anúncio foi feito após pressão de patrocinadores com a repercussão da divulgação do GE das interceptações telefônicas do jogador, que resultou em sua condenação pela primeira instância na Itália a nove anos de prisão por crime de estupro coletivo. Robinho se manifestou nas redes sociais.
A suspensão foi feita seis dias após o Clube anunciar o retorno de Robinho para sua quarta passagem pelo time. Em nota, o Santos afirmou que decidiu pelo afastamento “para que o jogador possa se concentrar exclusivamente na sua defesa no processo que corre na Itália”, em segunda instância.
O jogador também anunciou a decisão por meio de suas redes sociais. “Com muita tristeza no coração, venho falar para vocês que tomei a decisão junto do presidente de suspender meu contrato neste momento conturbado da minha vida. Meu objetivo sempre foi ajudar o Santos Futebol Clube. Se de alguma forma estou atrapalhando, é melhor que eu saia e foque nas minhas coisas pessoais. Para os torcedores do Peixão e aqueles que gostam de mim, vou provar minha inocência”, afirmou Robinho em vídeo.
Em 2017, o atleta foi condenado em primeira instância na Itália por violência sexual de grupo contra uma jovem albanesa. O crime teria ocorrido em uma boate de Milão chamada Sio Café, na madrugada de 22 de janeiro de 2013. Além de Robinho, outros cinco brasileiros teriam participado da violência contra a moça.
Em abril de 2014, ao ser interrogado pela investigação, Robinho negou a acusação, mas admitiu que manteve relação sexual com a vítima, afirmando que foi uma relação consensual de sexo oral.
O caso voltou a repercutir nesta sexta, com a divulgação pelo GE das interceptações telefônicas realizadas pela investigação e que “foram cruciais para o veredito”, afirmou a reportagem. Com isso, diversos patrocinadores afirmaram que iriam suspender o contrato com o Clube se Robinho permanecesse.
Em uma das conversas, Robinho afirmou que tinha consciência da condição da vítima. Durante diálogo com o músico Jairo Chagas, que tocou na boate na noite do crime, o jogador afirmou: “estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.
Robinho foi condenado com base no artigo “609 bis” do código penal italiano, que condena duas ou mais pessoas que forcem alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica” .
Mesmo com as escutas realizadas a partir de janeiro de 2014, consideradas pela Justiça italiana como “auto acusatórias”, o jogador continua negando que cometeu o crime e recorre em segunda instância da condenação.
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Tinha mais simpatia por Robinho do que por Neymar, mas ouvir alguém insistir que qualquer ação de prazer em uma pessoa “totalmente bêbada” (sic) foi “consensual”, beira o ridículo e ultrapassa o repugnante.
Há 50 anos ou mais, isso poderia até ser uma brincadeira “divertida”.
Mas o mundo evoluiu.
E alguém publicamente admirado e milionário tem o dever de evoluir junto.
Ou à frente.
Boçal, há 50 anos ou mais isso se chamava curra e tinha previsão punitiva tão severa quão hoje. Abuso sexual de incapaz não parece ser divertido.
Meu caro, eu tenho 67 anos e a 50 anos no passado respeitava qualquer pessoa do sexo feminino independendo da condição, logo dizer que há 50 anos não era nada é uma bobagem, a diferença que há 50 anos as mulheres tinham ainda mais medo dos imbecis que sempre andam por aí.
Disse ele em entrevista que o seu crime foi trair a esposa. Ainda ataca a imprensa e usa métodos bolsonaristas para se eximir de culpa, típico dos covardes e irresponsáveis. Seria um problema se a emissora o colocasse em suspeição, sem mostrar as provas, o que já foi feito em outros momentos. Agora com relação a desculpa inicial, de cunho falso moralista cristão, segundo a escritura e a lei italiana isto não é crime (trair a esposa). Pode ser pecado religioso e prova de moral fraca, de quem faltou com a confiança a quem professou diante de padre, família e público. Seu crime é grave, o estupro, ainda sendo coletivo e com pessoa sem condição de defesa (fato que o atleta salientou, se gabando), pois alcoolizada estava a moça. Com relação ao futebol brasileiro, apenas é mais um pequeno indicativo da decadência daquele que já foi o país do futebol, e onde parece que se a pandemia se der, como indica, por mais um longo ano, muitos clubes não resistirão.
O jornalista Juca Kfouri, um dos maiores entendedores do futebol brasileiro, em especial do que acontece nos bastidores, além de sua leitura sociológica e de longo alcance, mostra em recente texto em sua coluna na Folha/UOL, sobre esta destruição do futebol brasileiro, acelerada por medidas do “autoritário de plantão” ondeaté a audiência de jogo da seleção brasileira perdeu de 10 X 0 de reprise da globo:
Na briga entre Bolsonaro e Globo, o maior derrotado é o desorientado torcedor
Os patrocinadores da CBF provavelmente também não ficaram satisfeitos com a exposição pífia de suas marcas
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/2020/10/na-briga-entre-bolsonaro-e-globo-o-maior-derrotado-e-o-desorientado-torcedor.shtml
Com o que li deste caso por aí jamais irei questionar o termo “cultura do estupro”.
O termo me causava estranhesa mas agora entendi.
E a possibilidade do “Boa Noite Cinderela” na cafajestagem? Será que foi apenas o alcool que sedou a moça?