A guerra chegou, por Pedro Augusto Pinho

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Foto El Pais

A guerra chegou

por Pedro Augusto Pinho

O grande pensador contemporâneo Noam Chomsky esclareceu que temos a ditadura, um governo de exceção, toda vez que o governo controla as pessoas pelos cassetetes ou quando manipula a consciência da população pela propaganda, pela criação de ilusões, e marginalizando o povo em geral, reduzindo-o a alguma forma de apatia.

Vivemos neste século XXI sob a tirania da banca, designação que dou ao sistema financeiro internacional, um conjunto de meia centena de famílias que detém mais de um terço dos fluxos financeiros internacionais, administram um sistema de organismos, ocultos e públicos, de gestão particular e de Estados Nacionais, para pesquisa, para propaganda e diversas finalidades que interferem diretamente na vida de mais da metade da população mundial.

Os objetivos de apropriação de bens e dos recursos naturais já estão muito adiantados. Poderia dizer que neste ano de 2018 poucos recursos e bens, efetivamente relevantes, não estão sob controle ou nas vésperas de o ser pela banca. Também muitos Estados Nacionais. As importantes exceções são a Federação Russa – sistematicamente agredida por organismos e instituições controladas pela banca – os chamados países bolivarianos (Venezuela e Bolívia) e as Repúblicas Populares da China, da Coreia do Norte e as Repúblicas do Irã e da Síria.

Veja o caro leitor como são tratados estes países pela imprensa internacional e por todos aqueles que estão, de alguma maneira, dominados pela banca. Fica fácil, assim, determinar onde está a banca e onde ela não conseguiu penetrar.

O objetivo a ser perseguido pela banca – e não faltam balões de ensaio e as mais incríveis e estapafúrdias formulações – é a redução da população mundial. Somos quase 8 bilhões de pessoas, pressionando pelo demografia os recursos escassos que a banca reservou para si. A banca pretende que sejamos entre 400 a 800 milhões, com já nos informam várias fontes e analistas.

As duas formas de redução populacional convencionais estão em plena execução: a guerra e a fome. Os sofisticados métodos de criação de epidemias ainda não estão suficientemente maduros para serem implementados. A disfunção da Aids ainda está muito recente e gastou-se muito para a conter.

Não é por mero acaso que a comunidade muçulmana, que tem elevada taxa de fecundidade, tem sido a mais atingida pela guerras da banca. E se propagam pela Ásia, o continente mais populoso.

A banca lança agora, tendo se apossado do governo brasileiro, o quinto país mais populoso do mundo, vizinho do que detém a maior reserva de petróleo no planeta (Venezuela), seu projeto antipopulacional na América do Sul.

No projeto da banca, com a colaboração dos escravistas e rentistas do Brasil, este plano já começou com o estabelecimento discreto de forças militares estadunidenses na Amazônia.

Em março do último ano, o comandante do Exército Sul dos Estados Unidos, o major-general Clarence K.K Chinn, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Militar. Na ocasião, visitou instalações do Comando Militar da Amazônia – uma demonstração clara de que a doutrina de defesa da Amazônia perdia força nas Forças Armadas brasileiras.

O local da operação não poderia ser mais explícito sobre suas reais intenções: a tríplice fronteira – Colômbia, Peru, Brasil. A Colômbia é, desde muitos anos, um país governado pelos interesses estadunidenses, hoje se confundindo com da banca, embora menos do que na Gestão Obama. O Peru se perfila entre os gerenciados pela banca, assim como o Brasil de Temer. E na mira desta trinca estão as reservas de petróleo venezuelanas.

Outra ponta deste plano é a criação do Ministério de Segurança Pública, já apelidado de MisSegura. Claro que não será para subir os morros cariocas nem invadir as periferias paulistana e paraense, as invasões baianas e favelas pernambucanas. O MisSegura será outro ministério armado, com controle das polícias estaduais, para enfrentar alguma reação do Exército à guerra civil da banca.

A recente intervenção militar no Rio de Janeiro tem, para este modesto escriba, alguns objetivos não explícitos. Primeiro, como já foi apresentado pela professora Jaqueline Muniz em entrevista, lançar descrédito sobre o Exército.

O trafico de droga é um dos domínios da banca e das três maiores fontes de receita internacional. No Brasil, ele é representado por figuras públicas e não pelo pé de chinelo favelado. 

O crime organizado de São Paulo atua em coabitação aparente com os governos tucanos, há mais de duas décadas no poder estadual. Como administrador vejo nesta expansão carioca, como já ocorrera no norte do País, uma racionalização gerencial do PCC – Primeiro Comando da Capital, paulista.

E, também, para as transferências de recursos públicos e ampliar a corrupção em favor dos interesses dos governantes e da banca.

Assim, matam-se vários coelhos com uma intervenção só. Organiza-se melhor o tráfico, aumenta-se o ganho da banca, desmoraliza-se a Força Armada e aumenta a ira popular. Esta vem sendo construída pela Globo e todas as emissoras associadas à banca desde 2013.

Com a farsa de venezuelanos “fugindo” para Roraima, o servil presidente, com elogio de um dos organismos internacionais pró-banca, foi lá fazer seu proselitismo, devidamente protegido do contato fotográfico com os “invasores”.

Arma-se, assim, a guerra civil para reduzir a população sulamericana e dar mais conforto à banca.

Aos que vem nestas linhas a teoria conspiratória, eu contraporia: e as práticas conspiratórias? Pois não vão me convencer que o Brasil foi às ruas por centavos nos ônibus, em junho de 2013, e não vai agora pela sua aposentadoria. Também que a Líbia, o país africano com maior índice de desenvolvimento humano, com presidente aclamado pelo povo, às vésperas de dar um grande tombo na cotação do dólar estadunidense sofresse o ataque das grandes potencias coloniais europeias e dos Estados Unidos da América (EUA) para lá promover a democracia, ou o Iraque fosse invadido pelas suas armas químicas.

Acordemos antes que o sono seja eterno.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. .. tudo planejado..

    .. a combinação da PEC 55 com a reforma da previdência tem o objetivo EXPLÍCITO de eliminar pessoas.. sim, isso mesmo.. é prá matar as pessoas e reduzir a população.. a Reforma da Previdência vai ser aprovada de qualquer forma..

    .. esses 2 dispositivos formam a tampa da panela de pressão..

    .. as pessoas ficarão sem emprego e sem hospital.. ah, também ficarão sem água potável, sem saneamento básico, essas coisas..

    .. “eles” estão planejando isso há mais de uma década..

    .. a lei antiterrorismo e a licença para matar que o exército recebeu estão neste contexto de eliminação de pessoas..

    .. porque? Oras, porque quando as pessoas começam a morrer, elas reagem, vão para o tudo ou nada..

    .. sendo assim, coloca o exército prá conter convulsão, matar miserável..

    .. aproveita e mata também a moral da tropa, joga no colo do tráfico..

    .. o que sobrar, manda prá guerra contra a Venezuela, e deu..

    .. país dominado.. uma Arábia Saudita sul americana.. uma ditadura sem povo..

    .. o rei pode ser qualquer um.. provavelmente o temer mesmo..

  2. Na veia

    Desta vez Pedro Augusto Pinho conseguiu ser objetivo e contundente, sem se deixar perder por detalhes, que às vezes torna confusos alguns de seus textos, sobretudo para leitores apressados. Muito boa a análise, sobretudo por colocar 2013 como  o que de fato foui: o lançamanto das sements do golpe em terreno fértil. Em 2005, com a 1ª tentativa de golpe – a fraude/farsa/crime do chamdo “mensalão do PT” – a maré e o terreno ainda não estavam propícios ao golpe de Estado. A ingenuidade e o republicanismo suicida do PT, do Ex-Presidente Lula e outras lideranças dio partido os convenceram de que bastava sacrificar José Genoíno, José Dirceu e João Paulo Cunha, para arrefecer o apetite dos golpistas. 2013, a Fraude a  Jato e a cooptação de TODA a burocracia estatal do sistema judiciário brasileiro mostraram o qual enganados estavam os “republicanos do PT”.

    A banca e os donos do mundo querem se apossar de todas as riquezas e eliminar grande parte da população que delas possa usufruir. É cruel, mas a realidade é essa exposta pelo autor do artigo.

  3. Pedro Pinho e Deborah Tavares: Imperdíveis!

    Uau ! Pedro Pinho sempre manda muitooo bem. Lúcido demaiss. E, olha, ele nem se aprofundou nos temas.. Se você gostou da abordagem dele vai gostar também dos vídeos de Deborah Tavares no youtube e, se der, dê uma olhada no blog dela http://stopthecrime.net/ Essa tal “banca” tem nome/s e endereços e essa Deborah deixa os caras todos nus. Tudo muito documentado.  Não, não tem nada de conspiração; é tudo verdade e a coisa é mesmo tenebrosa, prá dizer o mínimo. Fica a dica para quem quiser.

  4. Para quem, infelizmente, foi

    Para quem, infelizmente, foi “vacinado” pelos intelectuais amestrados da banca/maçonaria a desdenhar conspirações, aqui está um texto inteligente que faz sentido com o que está acontecendo no mundo de hoje. Quem observa em volta, sem antolhos, o mundo, vê a correlação de eventos cuja probabilidade de casualidade é quase nula. O momento urge que se reflita com olhos mais gerais os eventos de geopolítica mundial, para evitar o aprisionamento da mente nas caixas-armadilha que a esta foram destinadas.

  5. O que chama minha atenção é a

    O que chama minha atenção é a negação que existe em torno desses assuntos tratados no artigo acima. Toda a questão tratada acima se se tentar discuti-la com jornalistas da imprensa oficial e com colegas e amigos, que eles não acham que nada disso é real. Convesando sobre a velha luta de classes com um sociologo, ele me disse com ar blasé, de que isso não existe mais, a luta agora é tão somente daqueles que deterão a informação. Acho que os dois andam juntos E sera, Pedro Augusto, que vamos conseguir sair dessa guerra soberanos ou meros fantoches de mais uma acirrada luta pelo poder? 

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