
O governo de Israel debocha da ONU e superlativa a lei de talião
por Francisco Celso Calmon
Israel vai tornar a faixa de Gaza num cemitério de corpos e escombros. Não será um deserto por falta de chuva, fauna e flora, mas um deserto de humanos.
Doravante, para a história, o sionismo israelita será responsável pelo holocausto palestino. Um novo tribunal penal, como o de Nuremberg, terá que ser organizado com urgência, antes de um ponto sem retorno.
O governo de Israel demonizou o Hamas. Como disse seu embaixador na ONU: “Israel não está em guerra contra humanos. Está em guerra contra monstros.”
Entendem-se que, se são monstros, para eles, o extermínio é a meta, pois, com monstros não há piedade, compaixão, muito menos paz e convívio pacífico.
Essa tática é antiga e sempre fez parte do repertório da extrema direita no Brasil e no mundo.
Não foi uma e nem duas vezes, foram várias em que demonizaram o Lula, a esquerda e a utopia comunista, aqui e alhures.
Também não foram poucas vezes que demonizaram a ex-União Soviética, Cuba, China, Vietnam, Coreia do Norte, Venezuela.
Com esse método de transformar o outro em algo demoníaco, geralmente está projetando no adversário a sua imagem e essência.
A ditadura militar no Brasil qualificava os combatentes armados a ela como terroristas, quando era a ditadura o verdadeiro e cruel Estado terrorista.
A propaganda nazista enganou o povo alemão e a comunidade internacional atribuindo a outrem os seus intentos malévolos.
Netanyahu segue a cartilha da Alemanha nazista. E os EUA retomam com fúria ao seu objetivo de xerife do mundo.
Ucrânia é a sua cabeça de ponte para tentar destruir a Rússia, a quem qualificam como comunista, quando está mais para uma autocracia capitalista.
Se conseguissem, o próximo objetivo seria atacar a China.
O BRICS é um enclave em suas pretensões. O que farão?
Há duas estratégias em andamento e em confronto: uma a de manter os EUA como o policial ideológico e beligerante do mundo, outra a de tornar o mundo em multipolar equilíbrio.
Nada está desconectado! Não há coincidência e nem acidentes de percurso. Há oportunidades aproveitadas ou produzidas para a consecução dos objetivos antagônicos.
Biden e Netanyahu estão mal em seus países e a tática mais comum na história de ambos é a de provocar conflitos externos para a gerar a unidade nativa e xenofóbica no povo alienado e manipulado.
Ambos são mentirosos profissionais e genocidas por ideologia.
Enquanto a ONU brinca de gato e rato, a carnificina genocida se espraia.
A todos os países que preferem a paz à guerra, devem seguir o caminho dos que já cortaram relações com Israel, especialmente no comércio.
Escolas destruídas, hospitais atingidos, crianças mortas, um campo de concentração de tortura e extermínio a céu aberto.
Funcionários da ONU já foram alvejados, mortos, e continua essa ciranda de resoluções.
Destruir o Hamas é apenas um pretexto, uma propaganda ao estilo Goebbels, o objetivo final é exterminar o povo palestino, dominar territorialmente o oriente médio e ser cabeça de ponte a serviço do imperialismo ianque.
Com o genocídio na faixa da Gaza, a ONU será enterrada com os mortos palestinos.
O inferno que Israel tornou Gaza será a marca para sempre da iniquidade de um Estado racista e neonazista sobre um povo desarmado.
O Estado Palestino é um direito histórico, é uma resolução da ONU não obedecida. E se um dia for concretizada, terá que ser um Estado tão forte quanto é militarmente Israel, ou sob proteção das potências militares favoráveis, sob pena de ser um povo escravizado sob tensão e medo do terrorismo israelense.
E nós, sociedade civil interncional, o que podemos fazer?
Fazer deste ano, à guisa do ano de 1968, um ano político de luta pela paz, um ano de luta contra o imperialismo, um ano de luta contra o sistema que faz da guerra a sua maneira de ser, de existir, um ano contra o morticínio aqui e acolá.
Se não estancarmos já a estratégia do império e a ideologia da violência das armas, o sistema vai continuar gerando guerras até a extinção da espécie.
Não dá mais para nos dividirmos em antigas contradições quando o antagonismo presente é entre o humanismo e o barbarismo, é entre o risco do fim da espécie ou de sua sobrevivência reinventada.
Entre um sistema predatório ou um novo sistema que produza harmonia entre os humanos e entre a humanidade e a natureza.
Ficar no sofá nos tornará cúmplice, por omissão, do Estado terrorista de Israel. Estado que personifica a crueldade, o gosto pela guerra, o orgasmo pela morte.
Se o povo israelense não se revoltar imediatamente contra o governo do belzebu Netanyahu, estará negando a sua própria religião.
Não será o povo escolhido de Deus, mas do seu antagonista, o diabo.
As imagens de Gaza em chamas são como descreveram o inferno nas chamadas antigas escrituras.
Israel produziu o inferno na terra, em Gaza. E se regozija! É o sadismo glorificado pelos ímpios.
Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral – E o PT com isso?, Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula. Coordenador do canal Pororoca e um dos organizadores da RBMVJ.
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