Algo em comum entre militantes governistas e não-partidários

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Por Monier

Comentário à publicação “O PT e o movimento dos sem partidos”

Fazia tempo que não concordava 99% com uma análise desse movimento todo que está ocorrendo. Em geral estava discordando 99% de todo mundo. É até bom que não seja conclusiva, que toque no ponto da construção do futuro, porque esse é o único ponto que pode trazer algo em comum entre militantes governistas e não-partidários.

O que o partido fazia em seu início era delegar o debate, dentro dos sindicatos, da igreja, e absorver o resultado para dentro do seu discurso. Isso projetava o partido, mesmo com menos gente. Sempre convivi com muita gente declaradamente “petista”, sem terem participado da estrutura de poder partidário, mas principalmente do debate. Sempre sentiram que eram parte de um movimento. Isso provavelmente era mais fácil quando o partido não tinha seus 30 anos, e portanto todos que lá estavam haviam acabado de chegar. Não havia tanta legitimidade para quem tentasse montar sua própria igrejinha.

O exercício do poder engessa a todos, e fez o partido no governo perder essa capacidade dialética, de absorver bandeiras que não sejam construídas dentro, mas que sejam conforme seus princípios. Há que se reconhecer que o Lula foi republicano em relação às críticas, vindas em um momento de crise, especialmente comparado ao que aconteceu no restante da América Latina, onde o confronto foi grande. Soube ouvir. Mas o partido em geral não soube ouvir o que ocorreu de sério no mês de junho, e transformar em conciliação, que é um passo adiante que o governante tem que tentar fazer. E não estou falando da Dilma, que tentou alguma alternativa, mas sim da máquina partidária.

Na situação atual, em que falta oxigenar idéias, parecendo que o ciclo está esgotando, e não surge partido de oposição ou da base aliada para reciclá-las, as ruas estão oferecendo matéria-prima de graça, e realmente sem filiação partidária em sua maioria.

As pautas que estão lá já foram quase propriedade do grande movimento social liderado pelo PT: transporte, qualidade do gasto público, saúde, valorização da educação, violência policial. Como movimento difuso, obviamente não há uma pauta escrita, mas as idéias estão lá: transporte gratuito, abertura das planilhas do transporte, discussão dos direitos sociais afetados pela Copa.

Sabe-se lá por que razão o PT, que nem era o comandante da polícia que bateu, resolveu assumir a reação ideológica, fazendo discurso contra as ruas enquanto o Alckimin se fez de planta e conseguiu passar ileso. O partido assumiu amplamente o ônus político para aqueles que já são contra, e deixou sem entender aqueles que não são contra nem a favor. E os que são a favor, continuaram na mesma militância, sem nada mudar. Ou seja, somente quem não tinha partido ou sentimento de antipetismo é que pode ter migrado para uma opinião menos favorável ao governo. O restante que já tinha lado bem firmado, continuou a rezar sua missa vigente desde a década de 90, sem alteração.

Dessas pautas todas que estão na rua, a mais breve é a da Copa, que morre no mês que vem. Que se for mal conduzida, talvez leve às Olimpíadas, no máximo. E é a única estritamente federal. Mas o PT tem a capital mais importante do país, e também o governo federal. O Haddad está fazendo a luta dele aparentemente sozinho, sabe-se lá a razão. Tomara que seja uma estratégia muito bem pensada, visando não contaminar outubro. Senão, é o maior desperdício de oportunidade para demonstrar capacidade de ação política.

Muito dessa gente que está na rua, está lá por falta de liderança política. Puro vácuo. Tem gente acostumada a lidar com ONG, tocar projetos próprios como o MPL, fazer sua própria mídia como os ninjas. Se o partido voltasse a delegar o debate, abriria a Câmara de São Paulo ou a Prefeitura para essa gente – mas não só os já organizados – realizarem qualquer projeto que seja, fornecendo as ferramentas, o espaço, e até o know-how. Apoiaria projetos com o peso de um partido grande ajudando a desenvolver idéias. Poderiam tirar dali novas lideranças capacitadas. Não o faz, e tem sorte que o PSDB sempre teve medo de se misturar com a população, e portanto não tem o conhecimento, e que o PSOL não consegue se fortalecer como alternativa de grande porte.

As estruturas o PT já teve em um passado recente, e eram coisa quase romântica, como o Orçamento Participativo, que tem até um bom livro jurídico, acho que do Tarso Genro. Também já teve a capilaridade, para levar o debate vindo de fora do partido para o alto, ainda que vinculado a movimentos próximos.

Achar que a população vai se filiar e comparecer a Assembléias do partido, ser engrenagem da máquina, é uma utopia tão grande quanto o comunismo puro. Isso tudo está praticamente desativado, como se não fosse compatível com governar. Mas o pensamento não é o mesmo quando há delegação para ONGs que também executam mal seus projetos, tão mal quanto essa gente que está na rua faria na pior hipótese, em forte exercício de engenharia política que todos os partidos fazem. Se podemos delegar a execução de projetos para praticar a “real politik” e a governabilidade, porque não fazer isso também para deixar os idealistas voltarem a participar do partido?

O mínimo que o partido deveria fazer é abrir as portas para os apartidários que estão tomando as ruas em São Paulo, dispostos a executar algum projeto, ainda que cause ciumeira na militância já absorvida, e nos dirigentes que sempre têm a idéia de que chegaram primeiro e que tem certeza de que merecem preferência. 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

85 Comentários

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  1. Fantástico

    Fantástico comentário.

    Fornece, de forma desenhada, os caminhos para um novo PT, ou,  quase o ressurgimento do velho PT com seus grupos ideológicos abertos e não pragmáticos.

    1. Caminho pra um novo PT?

      Aceitando a imposição virulenta de grupos apartidários e que beiram o terrorismo? Tá..

      Se excesso de pragmatismo,se assim podemos dizer, é um desvio. O que dizer do obscurantismo pedante dos puristas? O que dizer do sectarismo irresponsável dos proprietários da Revolução? O que dizer da miopia dogmática e de sua sabotagem diária?

      O PT é apenas um partido (que aprende com seus erros). Se tem gente com dor dde barriga, que façam o partido dos cagões, mas vir impor suas ideologias apartidárias e pseudo-puristas não!! Não mesmo!

    2. Caminho pra um novo PT?

      Aceitando a imposição virulenta de grupos apartidários e que beiram o terrorismo? Tá..

      Se excesso de pragmatismo,se assim podemos dizer, é um desvio. O que dizer do obscurantismo pedante dos puristas? O que dizer do sectarismo irresponsável dos proprietários da Revolução? O que dizer da miopia dogmática e de sua sabotagem diária?

      O PT é apenas um partido (que aprende com seus erros). Se tem gente com dor dde barriga, que façam o partido dos cagões, mas vir impor suas ideologias apartidárias e pseudo-puristas não!! Não mesmo!

    3. A rede, a construção do descompasso e a mãe das batalhas

       

      pelos pontos comuns que observo compartilhados no texto, repito comentário já anexado junto ao post inicial do Nassif.

      Compartilho do comentário do Assis. Excelente

      A rede – a regulamentação da internet e a mãe das batalhas

      A maior parte das pessoas ao fazerem suas análises, esquece uma questão básica, ou seja, é preciso analisar de forma ampla a realidade do mundo onde vivem.

      Certo e, neste ponto, não falo simplesmente da realidade imediata, mas da visão do conjunto, suas causas e origem.

      “Os fatos enquanto fatos não tem autoridade, mas somente em relação aos fatos que lhes deram origem”.

      Esquecem nestas análises, que queiram ou não vivemos num mundo capitalista.

      Não,, não é o fim da história, porque, afinal, o atual sistema econômico, definitivamente não deu certo.

      Nem mesmo com as concessões do capital ao sistema de proteção social (por isso cada vez mais atacado e vulnerável – trata-se de concessão e, portanto, passível de retirada e exclusão- isso em nome da viabilidade do sistema capitalista global).

      Para a esquerda e para os partidos que professam e professavam a ideologia socialista, neste cenário consolidado pela globalização, tornou-se um exercício de sobrevivência adequar seus ideais… na melhor forma possível.

      Quem primeiro intuiu tal modificação conjuntural foi o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, bem como a única vulnerabilidade do sistema, ou seja, a ausência do capitalismo na área social.

      Em outros termos, o capital e o deus mercado, somente se preocupavam e se preocupam com o mercado e com o capital, a parte social é um mero mal necessário, e que, necessariamente, só adentra na equação como público consumidor de produtos, nunca como portador de direitos.

      Num cenário após Collor de Melo, em que toda a  blindagem  foi feita, das mais diversas formas e nos mais variados setores, seja via privatização direta, ou via criação de sistemas de controle- agencia reguladoras, via legislativa- novo código civil e leis esparsas.

      Basicamente protegendo  e regulando a questão privada do mercado, bem como dando forma rígida aos contratos, vide o forte ressurgimento do direito empresarial.

      Pergunto novamente, o que restava para a esquerda do partido de Lula (PT) e seu discurso.

      No início o pensamento dominante na esquerda era, para que vai servir Lula ser eleito, se não vai poder fazer nada. Apenas vai referendar o discurso da direita conservadora.

      Ledo engano, com imensa maestria, Lula, direcionou sua politica- abordo apenas estes pontos de forma exemplificativa-  para dois campos,  um no campo capitalista, ao  viabilizar e democratizar o acesso da população de baixa renda ao capitalismo vigente, via pronaf no campo e via incentivo a microempresa nas cidades, no outro, cuidou  de dar assistência aos extremamente carentes (bolsa família e ampliação de outros benefícios, como o seguro desemprego, programa luz para todos, etc.).

      Era o único espaço possível e, notem bem, não tinha cunho ideológico de esquerda (visto que privilegiava e incentivava  o capital e a prestação social de cunho assistencialista), mas,  derivava fundamentalmente da construção social democrata de cunho marcadamente humanista.

      E foi assim, a iniciativa de um trabalhador brasileiro, um sindicalista, um presidente com olhos postos na Europa e suas formas de emancipação do operariado.

      E tais mudanças foram, de inicio, aceitas pelo setor conservador, não feriam nenhum dogma da direita conservadora.

      Somente passaram a ser questionadas quando o governo Lula, com o sucesso destas primeiras medidas, passou a pautar sua atuação, de uma forma mais incisiva junto ao mercado,  recusando a ALCA e seu jogo de submissão aos interesses comercias americanos e transformando o país num entreposto mundial (a opção pelo MERCOSL, enquanto as iniciativas eram globais, criou a necessária cortina de fumaça, que nublou os olhos do mercado até ser tarde demais e o governo Lula ter consolidado sua forma de agir economicamente).

      Certo,  Lula,  após este período aprofundou a questão social, ou seja, passou a priorizar a maior inserção social do Estado perante a sociedade.

      Neste ponto a reação foi imediata, pois, a iniciativa privada de pronto considerou que o que estava  em jogo eram recursos que secularmente estavam sob seus domínios e que era absurda tal alteração de destinação.

      No campo privado coube a presidente Dilma a parte mais pesada, ou seja, a consolidação do sistema de estado forte, o que somente poderia ser concretizado através da Petrobrás, isto é torna-la de tal forma forte que estaria imune a especulação para se apropriarem dela.

      Primeiro a tornou forte no país, inseriu-a junto a sociedade. Toda a indústria naval, RJ e RS, todos os polos industriais e know-how, decorrentes da construção de navios e plataformas de extração aqui mesmo no Brasil.

      A seguir, novamente impor-se-ia a opção pragmática.

      A exploração da maior riqueza brasileira, o petróleo do pré-sal, a qual , efetivamente,  vai ser feita pela Petrobrás como operadora, mas a parte capitalista – lucro investimento e exploração, como inevitável num mundo capitalista, será dividida entre outros parceiros (Sheel, Total, CNOOc …)todas com forte meios de dissuasão,  caso as concorrente (Chevron, Exxon Brithish Petroleum) tentassem inviabilizar o negócio.

      Em outros termos, a Petrobrás sozinha, com certeza teria quebrado mediante a intervenção destrutiva das demais petroleiras, mas, mediante o concurso de metade delas no consórcio, neutralizou-se tal possibilidade, numa jogada de mestre do governo e que, ainda não é entendida pela esquerda tradicional que não consegue se situar neste mercado global nem um pouco honesto em suas práticas comerciais.

      Pronto chegamos ao fim destas sucintas considerações.

      Toda esta construção social e econômica foi necessária, para que se pudesse, simplesmente viabilizar uma empresa estatal(ainda assim de economia mista, e que, apesar de seu porte, impossível de comparar sua complexidade com a forma de manter e gerir um estado como o brasileiro) e tentar referenciá-la como patrimônio público brasileiro à revelia dos interesses do capitalismo mundial.

       Pois bem.

      Tal montagem e sua estratégia jamais foi acessível ao conjunto das pessoas, até mesmo porque isso inviabilizaria seu êxito, uma vez que não haveria como contrapor a mídia corporativa.

      Pior, a esquerda tradicional, seja a ligada ao Partido dos Trabalhadores ou não, nunca aceitou tal pragmatismo, entendem que podemos ser uma ilha socialista ou termos alguns campos dominados pelo pensamento socialista, e que, nestes casos,  o mundo capitalista irá nos aceitar, sem que nenhuma manobra mais drástica e destrutiva seja feito contra nós.

      Vide o aparato da imprensa,  a todo momento demonizando as iniciativas que englobem até mesmo a mínima intervenção estatal na economia.

      O preço desta estratégia foi o relativo afastamento dos militantes mais a esquerda, que nunca concordaram ou mesmo entenderam tal foram de agir.

      Como o governo não podia disputar ideologia, não tinha meios de disputar tal espaço, o outro preço que se pagou foi uma sociedade cada vez mais  alienada dos destinos de seu país, que sente que algo mudou, mas não tem a compreensão dos motivos que levaram a tal mudança.

      Entendo que, neste momento, ainda que não estejam tolamente consolidados os planos macro econômicos, o governo deve fechar seu último elo, disputar de forma exponencial tal projeto de sociedade(social democrata com forte intervenção estatal) e sensibilizar a população para que seja, a partir de agora, um parceiro consciente, não de uma utopia socialista, mas da concretização de direitos sociais à revelia do sistema capitalista, que, quando possível, a cada vez que a sociedade baixa a guarda, os retira de seu domínio.

      A disputa será basicamente no campo das comunicações.

      O passo fundamental foi dado. A lei que regulou a internet abriu a possibilidade para que se trave a mãe da batalhas.

      Isso, a lei, uma vez aprovada,  permite a liberdade na rede….e com a liberdade…permite  aos contendores, povo (com os blogs sujos)… versus… mercado(com sua grande mídia).

      Não foi por acaso que tanto a Presidente Dilma, após a votação da lei, quanto o Presidente Lula, passaram a atuar diretamente neste meio, criando a contra informação e possibilitando a liberdade tão sonhada na rede.

       Estes são alguns pontos que devem estar no centro dos debates.

      A renovação e a crítica à atuação de todos parlamentares, não só aos do PT, mas a todos, que agora não tem mais o porto seguro de uma mídia cativa, pode ser fundamental na nova estrutura de país que espero esteja se avizinhando.

      1. Muito bom, Sérgio!!

        Os “puristas” esquecem facilmente das condições conjunturais… eles vivem num mundo de fantasias e máscaras…

         

      2. Sérgio

        Me tire, por favor, uma dúvida.

        O seu belo comentário detalha de forma desenhada a ideologia do PT aplicada de forma planejada na busca de se criar um Estado mais forte, contando com a ajuda da Petrobras e o acesso da população de baixa renda ao capitalismo vigente, provocando uma modificação conjuntural?

        1. Assis,
          Não se trata

          Assis,

          Não se trata basicamente da ideologia do PT, mas de como parte do PT, aquela alinhada com o Presidente Lula, buscou e busca, criar condições para propor uma contra hegemonia, o grande problema decorreu do total desmonte do Estado no periodo Collor de Mello e Fernando Henrique, notadamente no que tange ao projeto das esquerdas no pais. Duas seriam as frentes, a Vale e a Petrobras, sobrou, em termos, a Petrobras(economia mista), mas com a descoberta do pré-sal, desde então criou-se toda uma nova forma de ver a politica, em compensação foram sacrificados muitos interesses em prol do interesse maior, da viabilização da Petrobras e do estado brasileiro com suporte básico nesta empresa – sua capacidade indutora da economia-claro via estado -, e agora, friso novamente, com a regulamentação da internet pelo Congresso, podemos ver o ex-Presidente Lula, em intensa movimentação. Novamente quando a midia se dá conta é tarde.

          Entendo que esta forma de construção, apesar de genial, foi feita a revelia de muitos integrantes do PT. É que, se tal projeto na forma como se delineou vira disputa ideológica, nunca teríamos nem iniciado esta transformação do estado Brasileiro, ou melhor ela não se teria viabilizado…mas..não são favas contados…em compensação acho que a partir de agora em muitas frentes a luta será aberta…com composições pontuais…

          abs.. 

          1. Sérgio

            O PT tem várias correntes, mas, com certeza, todas aderem à ideologia de um Estado forte e distribuidor de riqueza, tal como você atribuiu aos trabalhos de Lula e  Dilma.

            A minha pergunta foi proposital já que percebo em alguns comentaristas têm horror a palavra ideologia, quase substituindo -a como sinônimo de comunismo, e isso deve ter sido fruto da guerra fria e do regime militar no Brasil.

            Entendo ideologia da mesma forma que está explicada nos dicionários:

            Conjunto de ideias, convicções e princípios filosóficos, sociais, políticos que caracterizam o pensamento de um indivíduo, grupo, movimento, época, sociedade (ex.: ideologia política).

            “ideologia”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

  2. As ruas em junho de 2013

    As ruas em junho de 2013 produziram Sheherazade, Tv Revolta e esta bestialidade autoritária do “Não Vai Ter Copa” além de serem utilizadas por uma mídia que beira o banditismo. 

    1. Clap, clap, clap. Elas até foram uma oportunidade. Mas PERDIDA

      As ruas em junho de 2013 foram instrumentadas pela Direita, inclusive com a mao do exterior (Anonymous, Change Brazil, etc). Mesmo assim, num dado momento, representaram um canal de extravazão de alguns descontentamentos, e uma oportunidade de trazer de novo os jovens para a vida política. Mas quando os mesmos que as instrumentalizaram perceberam isso, trataram de desativá-las (Black Bostas foram apenas isso, um recurso para amedrontar os participantes e colocar a populaçao contra as manifestaçoes). No resultado final, foram algo de negativo, ficar falando agora de “ouvir as manifestaçoes de junho” é muita cegueira. 

  3. Resumo da ópera

    Fico meditando.. O que leva alguém a escrever tanta embromation anti-petista?

    O resumo da ópera é: a culpa é do PT, o PT tem de fazer isso, o PT tem de fazer aquilo, o PT não fez isso, o PT não fez aquilo… 

    E, pasmem, segundo o douto Monier,  o PT  tem de receber a “massa”(coxinhas anominous) “apartidária”.

    Com efeito, promover isso a post do blog deve ser por algum motivo estético ou falta de assunto.

    Me engana que eu gosto…

    Tá.. contraponto contrapetista … Já chega, né?

    Monier, vai procurar tua turma de máscaras apartidárias e leva eles pra tua casa.. Eles vão dorar sua hospitalidade e sua “sincera” complacência.

  4. O único segmento das tais

    O único segmento das tais “jornadas” de junho com o qual cabe algum diálogo é o MPL, diálogo este que foi estabelecido, pois foram recebidos em Brasília pela Presidenta da República. Ora, o MPL tem partido sim, pois são militantes majoritariamente do PSTU, do PSOL e de outras agremiações partidárias, registradas ou não, mas têm partido sim.

    A massa que se agregou às jornadas de junho (após o MPL dar o start inicial com o transportismo que excluia o metrô superfaturado de suas pautas), era cheirosa (segundo a célebre articulista da Folha) e o fêz pois vislumbrou ali um momento de colocar a bilis na Avenida Paulista e em outras tantas  pelo país, incentivada pela mídia que tem ódio visceral ao PT. Não trabalhar com a questão fundamental da mídia tentando acossar o PT e o Governo Federal me parece análise demasiadamente ingênua, haja vista nova tentativa de reproduzir mais do mesmo no dia 15 passado, quando os jornalões e seus portais, Folha, Estadão Veja, UOL publicaram mapas, roteiros, guias e análises, novamente chamando seus cheirosos leitores às ruas. Não foram e a mídia que deseja ardentemente a reedição daquilo que aconteceu em junho para dar gás ao seu candidato predileto tomou uma grande invertida.

    Achar que os tais sem partido são realmente sem partido é não entender nada do que vem ocorrendo nas redes sociais, nos comentários dos jornalões abertos aos seus leitores (um show de todo tipo de ignorância e ódios) e nos demais espaços sociais. Os tais sem partido que pegaram carona na ingenuidade do MPL e engrossaram as ruas em junho passado têm partido sim. Convivo com muitas dessas pessoas diariamente e nas redes sociais. É gente que se sente absolutamente incomodada com aeroportos cheios de populares, com estradas lotadas em feriadões com carros 1.0, que vê seu status de classe média ameaçado por milhões nas universidades e que desancou o governo quando equiparou empregadas(os) domèsticos a qualquer trabalhador protegido pela CLT.

    Essa massa se sente absolutamente ameaçada por um país em acelerada mudança, onde o filho da empregada doméstica agora pode entrar em uma universidade e não é à toa que aplaudem quem lhes representa em São Paulo, por exemplo, vedando qualquer forma de acesso mais democrático à USP, à UNESP e à UNICAMP. Nem é à toa que o ENEM tenha sido satanizado amplamente em São Paulo pela mídia que os representa. Essa massa cheirosa é atrasada, leitora dos jornalões paulistanos, cariocas e assídua companheira dos Jabores da vida, dos Jõ Soares da vida, assim como trata o ex presidente Lula pejorativamente de adjetivos como “o quatro dedos”, “molusco” e vive absolutamente doutrinada pelos que alimentam seu ódio visceral a qualquer mínima mudança social.

    Ora, o PT sabe muito bem que este segmento social jamais foi seu eleitor e jamais será. No entanto institucionalmente o Governo acenou com bandeiras para as suas reivindicações, pois governo é governo e partido é partido. Não confundir isso com o desejo do PT incorporar esse segmento social às suas fileiras é fundamental. 

    Essa massa denominada sem partido, tem partido sim, haja vista seu moralismo e suas críticas seletivas teleguiadas por uma mídia também seletiva em seu moralismo barato. Seria muito bom às esquerdas que anulassem seu voto que será marcado por absoluto rancor, desinformação, ignorância e preconceitos.  Mas não farão isso. Neste sentido dizer que o PT deve envidar esforços para chamar esse público às suas fileiras me parece fora de questão e impossível na prática. Veja  o mapa de São Paulo pós eleição de Haddad para ver onde estiveram seus votos. Não foi nos bairros de onde sairam os “contra tudo o que está aí”. Não foi mesmo.

    Essa massa que alguns julgam sem partido tem posições ideológicas claramente conservadoras, contra um partido e um governo que nada mais querem que modernizar o sistema capitalista brasileiro, pois o PT está longe a léguas de ser um partido revolucionário. Torná-lo menos iníquo, violento e no limite, mais funcional. Mas nem isso querem. Trabalhar com a existência de amplos setores conservadores no Brasil e particularmente em São Paulo, me parece a coisa mais correta em qualquer análise. Esses setores outrora foram malufistas e defensores do regime militar, hoje são tucanos majoritariamente e no limite também defendem ruptura institucional contra “tudo o que está aí”. 

    Essa massa em outubro vai descarregar seus votos nos propagadores dos ódios os mais viscerais possíveis. Ela tem partido sim e o seu partido é o atraso.

    Lembrando de célebre frase do grande Milton Santos: “A classe média não quer direitos, ela quer privilégios, custe o direito de quem custar.”

    1. parabens

      Osvaldo,

      Parabens pelo texto.

      Eles não conseguem entender os movimentos sociais,  o pano de fundo, que é a luta de classes, e o papel

      que a classes média joga nesse processo.

      São tantas bobagens que se publica no blog, e vem um bom texto iluminando a escuridão. 

    2. Só não entendi

      esse pedacinho aqui “Seria  muito bom às esquerdas que anulassem seu voto que será marcado por absoluto rancor, desinformação, ignorância e preconceitos.  Mas não farão isso.”

       

      1. Seria muito bom que os tais

        Seria muito bom que os tais apartidários anulassem seu voto. Bom para a esquerda. Mas não farão isso. Não são apartidários coisa alguma.

  5. Não enfrentam o problema do dinheiro e da moeda

    É um partido moribundo.

    Tai a Russia e a China para não me deixarem mentindo sozinho nesta.

    O PT já era.

    1. Se o PT já era terão que

      Se o PT já era terão que criar algum outro partido para pilotar este transatlântico que é o Brasil.  O que se apresenta por aí é mais do mesmo que a queda de Lehman Brothers em 2008 evidenciou e que ainda alguns incautos não entenderam.

      1. A eleição na Índia dá a pista

        Dia vinte agora, na China, Putin assina o fim do Dólar.

        Aqui a Denise Abreu do PEN está na bica de ser eleita.

        1. Somos educados para o

          Somos educados para o analfabetismo econômico

          Somos treinados a concordar com coisas que não fazem sentido. Por exemplo, pagamos um Mineirão dia, em juros da dívida, e achamos que a Copa é o problema.

           

           

          Antonio Lassance

          Os barões ladrões que rebaixam o BrasilA agência Standard & Poors, uma das que fazem classificação de risco de países e empresas, alterou a nota do Brasil para pior: de BBB para BBB-.E se alguém acha que esse é um debate econômico, está redondamente enganado. A economia continua sendo um assunto importante demais para ficar restrito aos economistas.A elevação ou o rebaixamento da nota de um país são entendidas, mundo afora, como um sinal do quanto um país é rentável e confiável.Confiável segundo agências de classificação especializadas em dizer aos grandes financistas internacionais onde investir seu dinheiro para obter maiores lucros, com a garantia de que não tomarão um calote. A Standard & Poors foi criada no século XIX, nos Estados Unidos, por Henry Varnum Poor, em plena época dos chamados barões ladrões.Os grandes investidores que Henry Poor avaliava e recomendava ganhavam dinheiro com ferrovias,  siderúrgicas e empresas de petróleo.Uma parte significativa dos lucros desses magnatas vinha da apropriação de terras e outros ativos públicos e da arte de usar e roubar o dinheiro de pequenos investidores desavisados, que depositavam suas economias no nascente mercado de ações.Esses barões ladrões do século XIX não eram tão diferentes dos mais recentes, que causaram a grande crise financeira de 2008 e 2009. Todos bem recomendados pela Standard & Poors.A avaliação de risco do Brasil basicamente expressa o quanto o país continua sendo um dos paraísos mundiais do rentismo, a mágica de ganhar dinheiro com o trabalho dos outros. Quanto mais a política econômica de um país é ditada pelos interesses dos rentistas, melhor a nota.Para não ser rebaixado pelas agências, um país precisa rebaixar sua política econômica. Tem que seguir uma receita orientada pelo objetivo de fazer crescer o volume de dinheiro movimentado pelas finanças, e não o de fazer crescer o país.E ainda tem gente que acha que nosso grande problema é a CopaSe o Brasil sofreu o rebaixamento de um único pontinho, “o que eu tenho a ver com isso?”, pode e deve perguntar o cidadão. Como diria o velho Brecht, tem a ver com o custo de vida, o preço do feijão, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio. Não deveria ter, mas tem.Para dizer a verdade, esse rebaixamento tem a ver até com a Copa do Mundo de futebol, pois, enquanto tem gente preocupada, com razão, com o custo dos estádios, esqueceram-se do principal.Para se ter uma ideia: o País vai gastar cerca de 8 bilhões em estádios. É, de fato, muito dinheiro. Mas o analfabetismo econômico ajuda todo mundo a se esquecer de fazer a conta que importa.O Brasil gastou, em 2013, R$ 248 bilhões com o pagamento de juros, segundo o Banco Central. Pois bem, dividindo esse valor pelos 365 dias do ano, pagamos mais de R$ 679 milhões por dia.Vamos comparar com a copa? Dá quase para construir um estádio do Mineirão por dia. Aliás, registre-se que o Mineirão só tem R$11 milhões de dinheiro público envolvido em seu financiamento. O restante será pago pela iniciativa privada. Dois dias de juros da dívida pagam mais de um Maracanã.E ainda tem gente que acha que a copa é o absurdo dos absurdos do gasto em dinheiro público. É a prova cabal do quanto perdemos a noção das coisas.Perdemos a noção de grandeza e a de proporção. Com isso, perdemos também o senso crítico em relação a esse buraco negro de nossas finanças públicas. Depois, perdemos o foco das prioridades.Finalmente, erramos o alvo das manifestações. Tem gente malhando o Judas (a Copa, a Fifa) fingindo que está enfrentando o Império Romano. Se não for piada, é teatro.Quem sabe, um dia, alguém se lembre de escrever a frase em um cartaz: “Cada 1% de aumento na taxa de juros custa R$20 bilhões aos brasileiros”. É uma mensagem mais consistente e valiosa do que “Não é só pelos 20 centavos”.Vinte bilhões são duas vezes e meia, por ano, o que iremos investir em estádios, que serão pagos em 15 anos em empréstimos ao BNDES – ou seja, dinheiro que voltará aos cofres públicos.O rebaixamento do debate econômico nos fez perder a noção das coisasO verdadeiro rebaixamento que o país sofre não é de hoje e não é só o da Standard & Poors. O mais prejudicial de todos é o rebaixamento do debate sobre os rumos da economia do país.O Brasil continua sendo um carro em que os mecânicos  do mercado puxam o freio de mão e culpam o motorista pela dificuldade de acelerar o crescimento, melhorar a infraestrutura e a qualidade do serviço público.A primeira mudança para uma tomada de consciência é superar a visão de que os juros são um problema só da macroeconomia e que sua conta é paga pelo governo. Não é.O governo é apenas quem assina o cheque. Quando falamos “o Brasil”, muita gente ainda acha que estamos falando do governo. Perdemos, talvez na ditadura, e ainda não recuperamos a noção de que o Brasil são os brasileiros.Quem confunde isso com nacionalismo barato e governismo acaba por reproduzir, às avessas, a velha maneira de pensar ensinada pela própria ditadura. Puro analfabetismo cívico.Quem paga a conta cara dos juros altos são todos os que pagam impostos, principalmente os mais pobres, que, proporcionalmente, pagam mais impostos.A luta para inverter prioridades precisa convencer milhões de brasileiros de que é preciso virar as finanças públicas de cabeça para baixo.Hoje, a principal função do Estado brasileiro é pagar juros, os maiores do planeta. O Brasil é um dos três países que mais comprometem recursos públicos com o pagamento de juros, em proporção do PIB, conforme diz até o Fundo Monetário Internacional.A educação, a saúde, a segurança pública e os investimentos em infraestrutura são pagos com o troco do que sobra do pagamento de juros.Somos educados para o analfabetismo econômicoO problema que temos em mãos lembra o alerta feito por um professor de Matemática, com cara de cientista maluco, chamado John Allen Paulos, em seu livro “O analfabetismo em Matemática e suas consequências” (publicado originalmente em 1988).O divertido livro de Paulos relembra casos famosos que denunciam a falta nem tanto de habilidade, mas de uso prático e corriqueiro até das operações matemáticas mais simples.A principal denúncia de Paulos é ao quanto nos desacostumamos da operação mais essencial de todas, não exclusiva da Matémática: pensar sobre os problemas e raciocinar logicamente sobre eles.Paulos nos avisa que isso é um perigo. Corremos riscos diários com essa nossa preguiça de pensar logicamente sobre os problemas e com a nossa incapacidade de extrair resultados práticos e numéricos dessas operações.O que acho mais curioso nesse livro, e muito similar ao que acontece em nosso debate econômico, é que esse tipo de analfabetismo é ensinado diariamente.É como se fôssemos educados para o analfabetismo. Somos treinados a esquecer a lógica dos argumentos e a concordar com coisas que não fazem o menor sentido.Paulos usa, dentre tantos exemplos, o livro “Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift (1667-1745). O matemático nos mostra como o autor de Gulliver, ao descrever um gigante em uma terra de pequeninos (Lilliput), lascou o livro de grandezas absurdas, que não fazem o menor sentido.As histórias de Gulliver são de 1726. Para não parecer tão distante, Paulos escreveu, em 1995, “Como um Matemático lê os Jornais”, publicado no Brasil como “As Notícias e a Matemática” ou “Como um Matemático lê jornal”.Acertou na mosca. A imprensa é useira e vezeira em nos deseducar a usar não só os números, mas a lógica. É assim também com as notícias cujo título é contraditado pelas próprias matérias, armadilha comum aos que leem jornal com o espírito crítico repimpado e babando no sofá.Terrorismo fiscal, um atentado ao raciocínio lógicoA notícia sobre o rebaixamento da nota do Brasil foi uma farra nesse sentido de propagar o analfabetismo econômico.A conclusão enfiada goela abaixo é a de que o País precisa aumentar seu rigor fiscal e seu controle sobre a inflação.Ou seja, o Brasil precisaria urgentemente cortar gastos e continuar elevando sua taxa de juros. Como assim, se o nosso principal gasto extraordinário é com juros? Não faz sentido, faz? Depende pra quem.A ideia brilhante para atender às agências de risco é cortar o que o governo faz para pagar mais juros. Faz todo o sentido – para o financismo, não para a maioria dos brasileiros.Mal começou o ano, os problemas sazonais dos preços dos alimentos, que impactam também os alugueis, são traduzidos na conclusão disparatada e tão absurda quanto os números das “Viagens de Gulliver”.A lógica é a seguinte: se choveu muito, ou se choveu pouco, a inflação de alimentos elevou-se. Solução: aumentem os juros. Elevando-se os juros, as pessoas vão comer menos alimentos e os agricultores assim plantarão mais alimentos. Com juros mais altos, choverá a quantidade certa, no lugar certo. Entendeu? Nem eu.O preço do tomate disparou, então o remédio é aumentar os juros. A pessoa irá desistir de levar tomates quando pensar que a taxa Selic está mais alta. Quando a taxa Selic alcança dois dígitos, as pessoas trocam a macarronada a bolonhesa por lasanha ao molho  branco.Os alugueis subiram, então os juros precisam aumentar, pois, em Lilliput, a terra de quem pensa pequeno, quando os juros sobem, ao contrário do que ocorre em qualquer lugar do mundo, mais imóveis são construídos e os alugueis baixam.Engraçado, pensávamos que seria o contrário; que, com juros mais baixos, mais pessoas poderiam comprar seus próprios imóveis e se livrar dos alugueis. Aumentaria a própria oferta de imóveis e os aluguéis cairiam. Difícil entender os lilliputianos.Essa falta de parâmetros e de noção do debate econômico causa uma deficiência grave em nossas políticas públicas.Figuras exemplares que alertam sobre isso, como fazem Paulo Kliass, Ladislaw Dowbor e Amir Khair aqui na Carta Maior, há muito tempo, falam de coisas sobre as quais deveríamos não só prestar mais atenção, mas usar em nosso dia a dia.Os movimentos sociais precisam se lembrar de explicar essa lógica dos argumentos aos seus militantes.Precisam fazer as contas de quantos trabalhadores do setor público poderiam ser contratados e pagos com esses valores estratosféricos e escatológicos pagos com juros.Precisam mostrar para a opinião pública quanto custa o reajuste de salários de suas categorias e compará-los com o que se paga em juros aos banqueiros.Quem sabe, uma boa ideia seria acampar no gramado em frente ao Banco Central toda vez que ocorre uma reunião do Copom. E por que não fazer pelo menos um dia de luto quando se decreta aumento na taxa de juros.Imagine todo mundo com a fitinha preta no braço explicando quanto vai nos custar pagar 0,25 ou meio ponto percentual a mais na taxa Selic, e quanto deixará de ser aplicado em prioridades para o país.Pode até não ajudar a pressionar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, mas, pelo menos, seria um sinal de quantas pessoas terão se livrado do analfabetismo econômico atroz que nos acomete.(*) Antonio Lassance é cientista político. Leia mais sobre o assunto:

          A propósito, a próxima reunião do Copom será nos dias 1º e 2 de abril. Conheça ocalendário de reuniões do Comitê em 2014.

          Ladislau Dowbor, em “Os vazamentos do dinheiro público” , mostra que o Brasil não é pobre, mas os recursos são frequentemente mal utilizados, vazando por numerosas brechas, legais ou ilegais, quando poderiam ser produtivos.   O blog do professor Ladislau Dowbor é uma grande biblioteca de Economia, com artigos, livros, vídeos, filmes e inúmeros recursos dedicados a trabalhar temas econômicos complexos de forma compreensível. Um editorial recente da Carta trata do mesmo assunto deste artigo de forma exemplar: “Se pensar pequeno, o governo escorrega na goela conservadora”. Lembra-nos de algo fundamental: que o capitalismo não é apenas um sistema econômico, e sim uma relação de poder.  Jaciara Itaim, “Dívida pública e juros: coquetel explosivo”, traz o dado de que 1% a mais em juros custa 20 bilhões.  Do economista Amir Khair, “Desafios ao crescimento“.   Também de Amir Khair, “Há visões fiscais antagônicas dentro do governo“.  Agradeço ao colega e grande economista Paulo Kliass pela orientação sobre alguns números. Os eventuais equívocos são de minha inteira responsabilidade e, possivelmente, resquícios do meu próprio analfabetismo econômico.

    2. moribundo?

      PT é o desejo de um povo, Alexandre

      e povo não é esta coisa absurda e violenta que vemos nas ruas, avenidas e até mesmo dentro das comunidades

      1. e que nunca deixarão de ser minoria…

        justamente por seguirem reféns do encanto da mídia, pelo desejo de aparecer

        povo quer mais é trabalhar e ganhar bem, para assim poder pagar em cash o que os pais desses coxinhas babacas se endividam para possuírem

        1. e para o povo a que me refiro…

          pouco importa se a Dilma é desse ou daquele partido………….

          já não dão valor a esta babaquice partidária há muito tempo ou desde que começaram a melhorar de vida

          1. A melhora é insustentável peregrino

            Perdeu-se no governo Lula e Dilma a oportunidade de ouro para se sair da armadilha do endividamento. Agora, Inês é morta.

    3. PT sempre

      Pelo menos em 2014 com a Dilma e 2018 e 2022 com o Lula o PT continuará existindo. Depois todos os avanços já estarão concluídos. Também a ameça demotucana ao Brasil estará extinta depois de 2026.

      1. Com o Lula nao, Renato. O homem nao é eterno, e o país nao pode

        depender de um homem só, que já é idoso, inclusive. O que o PT precisa — e já está fazendo, embora menos do que seria desejável — é desenvolver novas lideranças. Está aí o Haddad, que é uma boa promessa para 2018, ou 2022. 

    4. Também acho que sim…

      O PSDB vai governar por 8 anos. Vai colocar a culpa da quebradeira de 2015 nos governos do PT, Lula e Dilma vão fugir do Brasil…

      O mais interessante é que ninguém vai assumir que votou no Aécim. Assim como fizeram quando votaram no F. Collor.

      1. 2014 ~ 2015 quadras difíceis pela frente

        Mas e aqui no blog todos são testemunhas, não foi por falta de aviso. Perdi as contas de mandar a Dilma acordar.

    5. Caro Alexandre
      O PT ainda nem

      Caro Alexandre

      O PT ainda nem começou, só estamos vendo o verniz do Partido.

      Tem muita coisa para se mudar ainda.

      É só aumentar os números de deputados e senadores dele e do PCdoB, que eu vejo mais alinhado,  os movimentos sociais estão ai, em peso, e veremos as mudanças necessárias e que não deixam, ir a frente.

      Saudações

        1. Caro Alexandre
          Não é uma

          Caro Alexandre

          Não é uma questão de duvidar, é uma questão de movimentos sociais.

          Você quer mudançãs sociais profundas, em prol do povo, e apoia os reacionários?!

          Fica dificil.

          Saudações

          1. Você não deve ler o que escrevo pelo visto.

            Nunca apoiei movimento reacionário, muito pelo contrário, sou o único que falo que sem uma revolução não existirão mudanças no dinheiro e na moeda aqui no blog.

            A revolução pode ser feita com inteligência e sabedoria, ou com burrice e estupidez.

            Mas sem revolução, não existirão mudanças para valer para o povo e a Nação brasileira que valham o nome.

        1. Se tu é analfabeto ou preguiçoso?

          Não tenho culpa disto. Tem o programa Brasil alfabetizado criado pelo PT. Leia mais rapaz, não fica só na globo, FSP e Veja. Faz mal para os neurônios 

           

          1. Se não têns como demonstrar não me faça perder tempo

            Responda no assunto, xingar só demonstra o seu despreparo para a discussão e desespero por ser colocado a descoberto.

          2. Deixa de ser trolla

            Alguem que vem reclamar que salário mínimo é alto no Brasil? No país com uma distribuição perversa de renda como a nossa. Onde existe uma Suiça e uma Índia morando lado a lado, separado por muros altos, cerca eletrificadas, sistemas de vigilância, segurança particular e carros blindado?. País com a segunda maior frota de jatos executivos do mundo? E vem perguntar aonde esta escrito a mundança social no governo Lula, Dilma e PT? Depois de todos parâmetros já demonstrado em renda, educação, consumo, social, produção, bem estar social, Petrobras, Estaleiros, energia eletrica? E vem me chamar de despreparado? Ser descoberto? De que? De descobrir sua imbecilidade? Lê o que o PML escreveu. Ta aí para você! E não vem choramingar aqui não. Escreveu, não leu? Pau comeu! Não tenho paciência com trolla.

          3. Onde você leu que eu disse que o salário mínimo é alto?

            Bebeu e não convidou rsrsrsrs..

            Escrevi e torno a escrever que a política de aumento real do salário mínimo é impossível de ser mantida e ela foi a única realização palpável no resgate das classes sociais menos favorecidas, que agora terão de suportar a perda destas vantagens. Não é o bolsa família que criou a nova classe média, foram os aumentos reais no salário mínimo, com suas repercussões.

            Por favor, me aponte onde escrevi que o salário mínimo é alto?

            Só por curiosidade, um economista americano esta semana fez uma conta para determinar, pelos gastos, quanto seria a renda mínima de um americano para usurfruir dos bens e serviços de um classe média, mais ou menos RS20.000,00. Lá o salário médio esta longe disto, aqui então… há anos luz.

            Na minha opinião, os salários que se pagam no Brasil são infimos para as necessidades dos brasileiros assalariados.

          4. Mas uma pessoa educada como

            Mas uma pessoa educada como você não deve jamais responder igualzinho os comentadores dos glogs limpíssimos.”xingar só demonstra o seu despreparo p/ a discussão e desespero por ser colocado a descoberto”. Se isto não for xingamento, é o que ? ou vc acha que xingar é dizer palavrões ? Pessoas educadas como vc – que até escolheu o Eduardo como ´´idolo – dizem muito mais palavrões, que outros, apenas de forma dissimulada. São por demais “civilizados” (?)

        2. Hahahahahaahahahahah!

          Feito para você!

          Manual de auto-ajuda para 2014

          http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/363641_MANUAL+DE+AUTO+AJUDA+PARA+2014

          Dez conselhos que resumem o cúmulo do puxa-saquismo num ano eleitoral

                        Seguem dez conselhos para jovens profissionais em busca de promoção em 2014. A regra é separar o joio do trigo e ficar com o joio. De grande utilidade para quem faz carreira em empresas de consultoria, busca colocação em organismos internacionais, ONGs de nome exótico e muitos recursos do mercado financeiro e, é claro, redações.

          1.Quando, numa digressáo histórica, falar sobre o esquema de corrupção na gestão de Celso Daniel em Santo André, não diga que os grandes empresários de ônibus da cidade pagavam propina a prefeitura do PT. Diga que os coitadinhos eram  “extorquidos.” 

          2. Quando mais uma vez Paulinho da Força xingar Dilma Rousseff , evite mencionar levantamento da Vox Populi que mostra as intenções de voto entre os filiados ao Sindicato dos Metalúrgicos de S. Paulo, principal entidade da Força Sindical. Dados de março mostram vantagem Dilma sobre  Aécio na base de  2,7 a 1. Contra Eduardo Campos,  a vantagem é de 8,3 a 1. 

          3. Quando falar da megalomania de Lula que trouxe a Copa do Mundo para o Brasil, esqueça de mencionar que Fernando Henrique Cardoso tentou trazer a Copa de 2006 para o país – e caiu fora nas eliminatórias. 

          4. Quando falar da falta de confiança dos investidores internacionais, não deixe de mencionar a Economist e o Financial Times. Lembre a agência que rebaixou o Brasil. Só evite dizer que entraram 64 bilhões de dólares em investimento direto no país em 2013, contra US$ 32,8 bilhões em 2000, o melhor ano do governo FHC.

          5. Quando falar de medidas impopulares, evite lembrar que a austeridade fez o desemprego europeu pular de 8% para 11,9% depois de 2008. No mesmo período, no Brasil, o desemprego caiu dos mesmos 8% para 5,1%.

          6. Quando falar que a inflação está fora de controle evite mencionar que ela cresceu 9,2% em média no governo FHC, contra 5,9% depois da posse de Lula. (O pior ano do periodo foi 2003, que trazia a herança de 2002).

          7. Quando engrossar a voz para falar que é preciso elevar a taxa de investimento, evite mencionar que ele cresceu 1% ao durante o governo do PSDB e 6,1% durante o governo do PT.

          8. Ao mostrar simpatia pelos protestos anti-Coipa, não pare de denunciar a falta de verbas para a  Educação, embora os gastos fossem de R$ 37, 1 bilhões 2002 e tenham chegado a  R$ 112,3 bilhões em 2013. 

          9. Quando falar da eleição em Minas Gerais, evite lembrar que o atual candidato tucano ao agoverno, Pimenta da Veiga recebeu R$ 300 000 das agências de Marcos Valério. É seis vezes mais do que o deputado do PT João Paulo Cunha, primeiro condenado da AP 470. Por receber R$ 296 000, que jamais admitiu ter guardado para si, Henrique Pizzolato pegou 12 anos de prisão no STF  e hoje está foragido e preso na Itália. Não deixe de mencionar as supeitas contra o deputado André Vargas, do PT, quando falar da operação Lava-Jato. Ignore que Luiz Argolo, de um partido que se aliou a Aécio, é o único parlamentar apanhado quando negociava pagamento em $$$ com o doleiro Yousseff. 

          10. Quando lamentar o crescimento brasileiro de 2,3%, evite mencionar que o México cresceu 1,1% e que a celebrada recuperação americana ficou em 1,9%.  A Espanha enfrentou uma recessão de 1,2 negativos, a Italia ficou em 1,9 negativos também. O melhor crescimento europeu foi a Inglaterra, 1,8%. Elogie Angela Merkel sem mencionar que a  Alemanha parou em 0,5%.

               

           

      1. Aumento real do salário mínimo insustentável

        De real e palpável do governo do PT temos duas coisas:

        1) A continuidade dos lucros astrônomicos da banca com a manutenção das taxas de juros pornográficas;

        2) O aumento real do salário mínimo, que é insustentável em duas pontas: a) pela falta de ganhos na produtividade média das empresas brasileiras, b) pelo aumento do DESEMPREGO.

        Nada do que se orgulhar, pois a nova classe média é a resposta do PT ao PMDB do estelionato eleitoral do Real.

        O PT não conseguiu produzir o pacto social necessário para alinhar corações e mentes dos brasileiros em um projeto de Brasil com NORTE, ESTRELA e RUMO, de forma CRÍVEL e EXEQUÍVEL.

        A Dilma não reune as condições mínimas e necessárias para o cargo de Presidênta do Brasil.

        Simples assim.

  6. De uma ingenuidade que chega

    De uma ingenuidade que chega a doer. Compartilho a opinião de Osvaldo Ferreira, esses meninos das manifestações de julho passado tem, sim, ideologia. Pena que a ideologia da casa grande e eu não gastaria um tostão furado no empenho de tentar convencê-los, de arrastá-los para a causa petista.

  7. apartidários de junho 2013 e de hoje…

    na minha modesta opinião, nada mais que pessoas movidas pelo desejo de aparecer na tv ou nas redes sociais que sem querer ou sem que percebessem se juntaram a outras que, além do mesmo desejo de aparecer, se manifestavam de acordo ódios e interesses comuns………….

    sem a necessária educação política, seguirão como gado, exatamente como a mídia, e certos políticos, sempre fizeram com a outra parte pobre e ignorante

    sem educação política seguirão se manifestando a respito do que não entendem e, consequentemente, permanecendo absurda e peigosamente vulneráveis para os que desejam apenas a troca do governo para implantarem mudanças em um sistema que já exploram financeiramente ao máximo

  8. As manifestações são

    As manifestações são fenomenos derivados dos “”movimentos sociais ” do PT. O fato de não obedecerem aos movimentos tem a mesma narrativa de Joaquim Barbosa,  não obedecer ao PT que o inventou.

    A criatura se revolta contra o criador e ganha vida propria, mas o DNA está lá. Joaquim Barbosa jamais seria indicado ao STF por um governo conservador, os manifestantes não existiriam sem o caminho aberto pelo MST e pelos Sem Teto, dos quais são descendentes pelo biotipo psicologico, fisico e cultural. Não tem mochilento no PSDB.

    Mas a “”ordem social” , a garantia de que se voce comprar uma casa ninguem vai invadi-la, tampouco vão invadir sua fazenda, saquea-la, matar o gado e fazer churrasco na beira da sua piscina, essa “”ordem social” tem um imenso valor politico, economico, social, cultural formado por séculos de sedimentação de usos e costumes.

    Significa que um Pais é seguro, que voce pode ir ao trabalho e voltar para casa sem ser assaltado na porta da garagem, sem sua mulher ser sequetrada nacalçada de um banco, sem seu filho levar uma bala perdida.

    Essa “”ordem”” tem um valor de trilhões de dolares, significa uma avaliação economica e politica que forma um extraordinario capital politico, é essa ordem que permita um Pais crescer, sem ela é a estagnação e miseria.

    Uma sociedade de 200 milhões de habitantes pode perder imenso valor internacional para dar “”direitos”” de fazer arruaças e praticar vandalismos para 100.000 desocupados, essa sociedade precisa avaliar se vale a pena esse

    salvo conduto para “”passes livres””, “black blocs” ,  fechadores de avenidas, invasores de predios e terrenos.

    Que a imensa maioria da sociedade brasileira NÃO TEM ENHUM INTERESSE em desrodens é auto evidente, os pobres não querem bagunça, não há sociedade mais conservadora que a brasileira.

    O PT foi aceito em 2002 porque prometia e fez o balanceamento entre o conservadorismo e a melhoria da distribuição de renda MAS o PT erra imensamente na aposta de radicalização que está implicita na campanha Dilma-2014. O povo brasileiro não quer isso, a aposta no bolivarianismo é um enorme equivoco. No trimeiro trimestre de 2014, o Consulado Geral americano em São Paulo bateu o recorde mundial em qualquer consulado dos EUA bo mundo ao emitir 186.000 vistos, não é só classe rica ou média, esse numero indica tambem que pobres querem visitar os EUA, esse é o caminho do Brasil, não é Havana, para onde pouquissimos pedem visto.

    O PT-radical de 2014 pegou o bonde errado, nenhum Estado que brigou com os EUA sobreviveu no longo prazo, nem a poderosa URSS. Fora da ordem global não há caminho alternativo, não chegam a lugar nenhum os que tentaram.

    1. Sim, nobre senhor, a culpa somos nós pode me chicotear.

      Pára com essa ladainha, AA.

      “o PT erra imensamente na aposta de radicalização que está implicita na campanha Dilma-2014.”

      O governo é massacrado diariamente pela mídia e seus asseclas do congresso e o radicalismo é do PT?

      Devemos, senhor, continuar abaixando a cabeça quando entramos em seus salões?

      1. A radicalização a que me

        A radicalização a que me refiro é ideologica. Estou fazendo um comentario A FAVOR do PT, lembrando que a estartegia da eleição de 2002 foi mais inteligente e estrategicamente correta do que a que se vislumbra agora. Porque não repetir o caminho de 2002?

        O grande diferencial era José Dirceu, o  estrategista do caminho ideologico de centro esquerda que estava consubstanciada na Carta aos Brasileiros. O PT se apresentava com um projeto equilibrado que gerou boa receptividade

        externa e interna, ganhando a confiança do empresariado. Hoje esse ambiente positivo e criador de confiança não existe mais. O PT está se posicionando com uma postura hostil ao empresariado, aos EUA e contestador da ordem global.

        É um caminho que não leva a lugar nenhum, nem ao progresso e nem ao crescimento, pode ate ganhar mas a vitoria não trará soluções para os complexos desafios de 2015 em diante.

         

         

        1. Você não viu e leu a grande mídia.

          O governo Dilma propõe estatizar alguma empresa? 

          Não, ao contrário, abriu concessões em vários serviços estatais como aeroportos, portos, estradas, usinas, etc.

          O governo Dilma vai realizar a reforma agrária?

          Não, ao contrário, até Kátia Abreu está satisfeita com o governo Dilma.

          O governo Dilma fechou as portas aos americanos?

          Ao contrário, os EUA são o segundo maior exportador para o Brasil.

          O governo Dilma diminuiu os lucros dos rentistas internacionais?

          Não, ao contrário, o Brasil é o quarto país que mais recebe IED

          1. Verdade, mas…

            Assis, tudo que você escreveuté verdade, porém existe um descontentamento claríssimo da classe empresarial com o governo Dilma, isso é inegável.

            Esse descontentamento com certeza não será resolvido na base dos brados do Primeiro de Maio, onde a Dilma pareceu incentivar a luta de classes muito mais do que outra coisa.

            Pode garantir a vitória nas eleições, mas como fechar um acordo com a classe empresarial depois disso? E sem eles não há economia que resista. É triste mas é verdade…

      2. Assi, eu tenho que concordar

        Assi, eu tenho que concordar com o Motta. Há muito vejo pessoas aqui sedentas para que o PT se torne tudo aquilo que eles sempre quiseram: um partido radical de lunáticos igual ao PCO ou PSOL, por exemplo. Esse seria o fim do partido, na minha opinião. É claro que ele deve revidar, até porque o brasileiro hoje já sabe mais das M da mídia do que antes e pode enxergar nas cutucadas d PT apenas uma resposta e não um atentado a liberdade de imprensa. Eu sou da opinião de que o PT deveria ir para cadeia Nacional explicar temas básicos para a população: 1) como funciona essa tal de SELIC; explicar o que houve toda vez que a desinformação é propagada. Isso não seria ser anti democrático, é apenas o Governo dando satisfação a população. Se a imprensa berrar ela que se F.

        1. Eu quero saber qual o PT que está querendo radicalizar?

          O de Lula? O de Dilma? Serão esses dois as maiores vozes do PT?

          Em outro comentário, logo abaixo, mostro ações de governo que não estão na linha do radicalismo apontado por AA

          O que diz Lula:

          Ex-presidente pede à militância para “enfrentar o debate sobre tudo, inclusive a corrupção”; ele procura acordar o partido para a campanha eleitoral e, ainda, animar uma renovação interna; “Ao invés de negar a política, faça política. É o Lula que não presta? Tira o Lula, tente você”,

          O que o PT, Lula, Dilma e a militância estão pedindo é apenas para não se acovardar.

          O radicalismo que estão tentando clocar no colo do PT tem vários aspectos, um deles é o de AA:

          O PT-radical de 2014 pegou o bonde errado, nenhum Estado que brigou com os EUA sobreviveu no longo prazo, nem a poderosa URSS. Fora da ordem global não há caminho alternativo, não chegam a lugar nenhum os que tentaram.

          Francy, me diga, por favor, se a política do PT está fora da ordem global?

  9. Canja de galinha…

    Não acho de todo ruim os argumentos de Monier (sei que faço parte dos ingênuos, às vezes eufemismo para bobos). Mas acho que a “pauta”, mesmo que difusa das manifestações recentes, são questões sociais as quais o PT não é obrigado a  tomar como suas, mas que poderia sim trazer para o debate. Pelo menos amorteceria as criticas de que o governo federal é imobolista. Sabemos que as manifestações foram instumentalizadas e que terminaram na marcha com Deus e o Diabo, pouco importa, desde que seja contra o PT – mas isto não diminui sua importância, ja que o impacto foi forte e eles ainda podem voltar com força apos a Copa.

    Em ano de eleição é sempre bom ouvir o que as ruas estão dizendo.  

  10. O fim das manifestações

    Quando estavam acontecendo as manifestações em junho de 2013 me perguntavam quando as manifestações iriam terminar. E eu sempre respondia sem titubear: Elas vão terminar quando começarem as férias de julho. Dito e feito, foi só a meninada entrar de férias e tudo se esvaziou, virando só pauta para PIG falar mal do governo.

    Ou será que alguém acreditava que uma manisfestação arregimentada pelo Facebook e Twitter tem algum valor como manifestação política ?? (deixem de ser ingênuos, nada que nasce em Facebook e Twitter pode ter qualquer valor !!)

    E se engana quem acha que primavera árabe e outros movimentos foram baseados me Facebook , isso é o que diz o PIG que quer de toda maneira que todos sejam bobocas viciados em Facebook (que é um lixo inútil).

  11. O discurso de alguns

    O discurso de alguns governistas dá a impressão que eles querem transformar o PT numa espécie de PRI brasileiro. Espancar a oposição que “só atrapalha” até a morte e se, por acaso, alguém levantar a voz contra qualquer feito, ou não feito, deste governo, deve ser tratado como apoiador desta oposição demoníaca, seja ela de direita ou de esquerda, e portanto, ser espancado também.

    Seu discurso é : Só nós temos a solução para os seus problemas porque já demonstramos com nossa política de desarollo estabilizador, ops, com nossa política desenvolvimentista, que vocês só ganham se o milionário ganhar também, e que sob nosso governo ganham todos.

    Perigoso. Deus nos ajude. 

    1. Pachecão.

      Você teria razão, não fosse a intenção da mídia e da oposição de exterminar o PT. Isso é evidente, caso o partido dos trabalhadores perda essa eleição, a mídia que é a verdadeira oposição fará de tudo para o partido nunca mais voltar ao poder. Seria tranquilo, o PT perde, o povo exprementa outro governo, faz a devida comparação e o PT se coloca de novo como opção, isso é o que a mídia não quer permitir. A mídia  não permite que o país evolua.

      1. Bem, aí é questão de onde se

        Bem, aí é questão de onde se está colocado para avistar a luta.

        A mídia também tem, então, o direito de dizer que se coloca frontalmente contra o PT justamente para evitar que ele se hegemonize no país. Estaria, nesse caso, fazendo um grande favor a nação.

        Eu, particularmente acho que nenhum dos dois são tão anjos ou ou tão demonios. Não entro em maniqueísmos.

  12. “Abrir as portas do partido”?

    “Abrir as portas do partido”? Como assim?

    Não acho que as pessoas queiram entrar num partido, elas querem suas reivindicações atendidas, simples assim.

  13. O que ocorreu de sério mesmo

    O que ocorreu de sério mesmo em junho de 2013???  Aff……desde quando quebra quebra sem pauta é coisa séria??  Só falta emular  os hooligans ….  Esses tais movimentos de junho, nem legítimos eram…… 

    1. Bem, os médicos cubanos estão

      Bem, os médicos cubanos estão aí por causa dos movimentos de junho de 2013. 

      Cultivar a verdade, de vez em quando, é bom. Não se pode viver na absoluta mentira.

      1. Os médicos cubanos estão entre nós há muito mais tempo

        Há uns cinco anos atrás viajei para o Panamá com uma médica Cubana que tinha vindo trabalhar aqui no Brasil.

          1. É só o q faltava, 1 troll chamar d troll participante histórico

            Ivan está aqui desde sempre, participa de todos os assuntos. Pachecao nao passa de um troll. 

    2. Existiu um teste de controle social por matrizes matemáticas

      Já postei sobre isto aqui no blog. O artigo que embasa o controle social por poucos elementos específicos e situações favoráveis. Ciência complexa, mas quem falou que é fácil expoliar, boicotar e manietar um país continental como o Brasil.

       

  14. Mudanças

    Em 20 anos, simpatizante típico do PT ‘envelhece’ e ‘migra’ para o Nordeste

    Nas últimas duas décadas, os simpatizantes do PT envelheceram e ficaram menos concentrados no Sul e no Sudeste, as regiões mais ricas do País. Desde 1995, o partido se interiorizou e ganhou influência no Nordeste, segundo revelam pesquisas do Ibope feitas naquele ano, em 2002 e em 2014.

    http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,em-20-anos-simpatizante-tipico-do-pt-envelhece-e-migra-para-o-nordeste,1168198,0.htm

  15. Ontem fiz um comentário aqui

    Ontem fiz um comentário aqui acerca da entrevista do Wagner Moura no Estadão dizendo que perdeu o tesão de morar no Brasil e que gerou uma postagem num blog que, repostadoaqui, virou motivo de regozijo para os governistas acríticos.

    O Wagner está indo prá Colombia, onde diz que irá passar 3 anos gravando um documentário sobre Pablo Escobar, que inclui obviamente muita pesquisa e onde terá oportunidade de conhecer outra realidade.

    Os níveis de IDH, GINI e outros indicadores da Colombia crescem tão ou mais que os brasileiros. Se compararmos  crescimento econômico, é covardia, 5 a 2 prá eles. E se formos pro lado da violência urbana e rural então, a surra é maior ainda. 

    Claro que são realidades distintas, mas eles tinham ( ou tem ) uma guerrilha e um narcotráfico que mandava no país. Pelo texto abaixo, parece que andaram mais rápido que nós e por caminhos mais pedregosos.

    Medellín, de urbe más peligrosa del mundo a nuevo Silicon Valley

    Publicado: 18 may 2014 | 13:57 GMT Última actualización: 18 may 2014 | 14:06 GMT189  © rutanmedellin.org

    La ciudad colombiana de Medellín, de ser una de las urbes más peligrosas del mundo hace pocas décadas, ha pasado a ser un centro floreciente de innovación y tecnología que espera convertirse en el Silicon Valley de América Latina.

    Medellín, capital del Departamento de Antioquia, era en el pasado el centro de un imperio ilícito dirigido por el ‘señor de las drogas’ Pablo Escobar. Sin embargo, una nueva ciudad florece desde las cenizas de esa jungla de asfalto infernal, informa el diario británico ‘The Telegraph‘.

    “Hemos tocado el fondo, pero hemos sido capaces de empezar nuevamente desde cero”, dijo Juan Esteban Sosa Posada, consultor de una agencia de promoción de inversiones de la ciudad. Si hay algo de lo que los medellinenses se enorgullecen, es que son buenos para los negocios, agrega el rotativo.

    Medellín, la segunda ciudad más poblada de Colombia, empieza a posicionarse como un Silicon Valley de América del Sur gracias a Ruta N, un complejo en el que están instaladas varias empresas tecnológicas.
    Esta es la década de América Latina. El futuro es nuestro
    Este centro nació en 2009, impulsado por la Alcaldía de Medellín y otras empresas, para promover el desarrollo de negocios innovadores basados en tecnología. Para ello las autoridades de la ciudad y del país impulsaron una serie de incentivos para atraer inversión, con programas de incentivos fiscales, apoyo logístico, entre otros.

    Y parece estar dando frutos, señala ‘The Telegraph’. Es así que la tecnológica Hewlett-Packard, la corporación Kimberly-Clark, una de las líderes mundiales de productos de higiene, o la empresa canadiense de animación Pipeline Studios se encuentran entre los grandes nombres que han elegido Medellín como su sede latinoamericana.

    “Iniciamos como una apuesta para la ciudad. Ahora somos una organización con independencia jurídica que busca fortalecer y afianzar los campos de la ciencia, la tecnología y la innovación desde el talento humano, a partir de fondos de inversión para proyectos de emprendimiento”, explicaron directores de Ruta N. “Esta es la década de América Latina. El futuro es nuestro”, agregaron.

    Este complejo, en el norte de la ciudad, una vez terminado ocupará 115 hectáreas y será uno de los mayores centros tecnológicos de América Latina.

    Además, en 2013 Medellín fue elegida como la ciudad más innovadora del mundo en el marco del concurso City of the Year, que organizan ‘The Wall Street Journal’ y Citigroup, superando en la final a Nueva York y Tel Aviv.

    Texto completo en: http://actualidad.rt.com/actualidad/view/128473-colombia-medellin-silicon-valley-tecnologia

     

     

     

  16. De uns tempos prá cá

    só da Weber e Pachecão!! Esses dois estão com a corda toda…. Impossíveis rsrs!! 

    Parecem tomados de uma ansiedade mórbida pré Copa e pré eleição. Ambos apresentam uma espécie de transtorno de hiperatividade e défict de atenção.. O famoso TDAH…

    O nosso jurista Argollo também tem vindo aqui amiúde .. Ainda convencido de que existiu o mensalão e voando nas asas da quimera….

    O AA saiu das catacumbas… rebatizado de  Motta Araújo tem dado sua contribuição embasada.

    Até o Ney Mtogrosso resolveu dar piti em terras lusitanas…. Se o cazuza fosse vivo, o Ney ia ouvir tanto…

    Ano eleitoral….

  17. Sapo de fora não pia.

    Na minha época de calouro do PT, no fim da década de 80, na campanha do Gabeira (argh!), havia sim um movimento simpatizante capaz de oxigenar o partido, e que, de certa forma, era “monitorado” para que houvesse chance de aborvê-los assim que desejassem. Outros tantos se afastaram ou forma cooptados por outros movimentos partidários.

    Este processo se dava tanto nas estruturas orgânicas do partido como nos movimentos de base, que aquela época eram hegemonizados na sua quase totalidade pelas tendências do PT.

    A análise do comentário do texto embora aparentemente correta despreza um ingrediente fundamental: a escalada de despolitização aguda do estamento político brasileiro que transformou estes movimentos não-partidários em movimentos anti-política.

    Está aí, talvez, a dificuldade do PT, e de tantos outros partidos, já que o PSOL, o PSTU e outras siglas de se julgam detentoras do santo graal da política e da moral, de lidar com estes contingentes, haja vista que portam uma mensagem autoritária que extrapola até a burocratização imobilista dos partidos.

    Veja que nenhum partido absorveu os descontentes. Nunca farão.

    Não se trata de contrapor real politik e “carta de princípios”. Só ingênuos, os idiotas ou os cínicos argumentem nesta plataforma.

    Muito menos de defender que a ação de governar engessa partidos: São instâncias distintas e complementares, portanto, não estão passíveis de contaminação ou interdição mútua.

    O PT de hoje não pode ser cobrado para fazer uma política partidária dos anos 80 e 90, reinventar uma volta ao passado.

    Mesmo assim, na década de 80 ou 90, quando a cobrança dos simpatizantes chegava a determinados limites da “desconstrução”, sempre perguntávamos: “Ué, você quer mudar o PT por fora? Filie-se e a gente conversa!”.

    Um partido que dá sustentação a um governo, que vem desde 2002 sofrendo os mais baixos ataques de todos os lados, inclusive da chamada “esquerda”, governo este que promoveu a mudança de direção das políticas públicas sociais, não pode ser chamado de fracassado.

    O ciclo está se esgotando? É possível, e o novo ciclo será dirigido pelo PT, gostem ou não os companheiros “não-partidários”.

    E vale ao companheiro Monier a dica: As coisas têm o seu tempo. Uma parte deste pessoal da rua entra no PT, outra não, e por aí vamos… 

    Toda campanha eleitoral é a mesma coisa: Primeiro tentam desconstruir a candidata(o), depois o partido.

  18. Sou de oposição.

    Sou de oposição. Sempre fui. Mas por favor, não me confundam com esse PSDB tristemente fascista ou com os covardes coxinhas, que não protestavam quando Serra em 2005 aumentou a tarifa de transporte público no município de SP em mais de 17%, para uma inflação de uns 5%. E quando completou um ano como “prefeito”, deu mais uma porrada de 15% (inflação de 3,5%). Com essa lambança toda, foi eleito governador em 2006.

    Mas com o reajustamento do Haddad nas tarifas de transporte público, de 7,5%, para uma inflação de 6% (2 anos sem reajustamento), o povo foi para as ruas contestar nossa Educação e Saúde, ambas deploráveis. Também prometeram que não haveria Copa. Entre 1994 e 2002 não houve Copa nem Olimpíadas, e nossa Educação e Saúde também não prestavam,  mas por que não protestavam? Elementar, meu caro candidato Cheirador de Cocaína. O peso dos meios de comunicação na formação da opinião pública é cruel. Uma classe média boçal tem ejaculação sob as calças, quando uma “notícia”, falsa ou verdadeira contra o PT ganha contornos de escândalo a partir da Revista do Esgoto. Outros, simpatizantes do governo federal, ficam decepcionados e vão para o voto nulo ou se apaixonam pelas Marinas paradas em cada esquina da Rua Aurora em SP ou no calçadão de Copacabana, no Rio.

    Que fique bem claro, o PT nunca foi situação. Situação são o STF, o Congresso Nacional, a Procuradoria Geral da República e seus procuradores que arquivam processos contra o PSDB em “pasta errada”, não é, Dr. De Grandis? Situação são os jornais da Globo, batendo no Haddad todo dia na hora do almoço, até o JN desancando Dilma e todo o governo federal. Situação são os grandes empresários e banqueiros, como aqueles que se postaram contra a CPMF, apenas quando o presidente era o Lula. Quando era FHC, a CPMF para eleger Serra presidente era “democrática”. Situação são os “especialistas” que passaram 2013 dizendo que haveria racionamento de energia elétrica em 2014. Mas tudo que se viu é o vergonhoso racionamento de…água! Não por causa da seca, mas por falta de planejamento e investimento antecipados. Com o crescimento econômico do governo Lula e os altos níveis de emprego do governo Dilma, estava na cara que o consumo de tudo iria aumentar. Inclusive de água. E que o metrô não estava pronto para acompanhar o crescimento econômico. O Metrô em São Paulo era motivo de orgulho dos paulistanos, hoje é uma vergonha, decadente, defasado, lotado, loteado entre apoiadores do PSDB, muitos sem a menor condição técnica para o trabalho.

    Quando o avião da TAM caiu no bairro do Jabaquara, SP, em 1998, ninguém culpou FHC, seria ridículo. Mas quando outro avião da TAM espatifou-se contra um edifício em Congonhas, o Lula era culpado. Claro, o último bastião da classe média, os aeroportos, estavam lotados de gente “diferenciada” e isso tirava o conforto de nossos doutores formados em faculdades fajutas. Sentar-se ao lado de uma doméstica negra que voava pela primeira vez em dez suaves prestações era uma agressão insuportável para as viúvas de 1964. Então,entendam: Situação são os que têm poder e mandam e sempre mandaram. Oposição são aqueles que esperneiam e eventualmente, ocupam o principal cargo político da Nação. E nós, eleitores, somos como os torcedores de futebol naquela definitiva definição de Plínio Marcos: “O torcedor da geral é aquele que berra do lado de fora sem interferir no resultado”.

    1. Muito interessante!

       

      Muito interessante Álvaro!

       

      Destaco esta parte:

       

      “Que fique bem claro, o PT nunca foi situação. Situação são o STF, o Congresso Nacional, a Procuradoria Geral da República e seus procuradores que arquivam processos contra o PSDB em “pasta errada”, não é, Dr. De Grandis? Situação são os jornais da Globo, batendo no Haddad todo dia na hora do almoço, até o JN desancando Dilma e todo o governo federal. Situação são os grandes empresários e banqueiros, como aqueles que se postaram contra a CPMF, apenas quando o presidente era o Lula.”

  19. Meu Deus

    Quanta asneira junta.

    O sujeito sequer sabe diferenciar um partido político de um governo eleito minoritariamente por este partido.

    As elocubrações dele fariam sentido se o PT tivesse o presidente, maioria da cãmara e do senado federal.

    Não se trata de aplicar o programa de um partido, mas sim de um governo. O post é um tremendo desrespeito à estratégia escolhida por José Dirceu e aceita por Lula para assumir o poder. É o simplório: a política é arte do possível.

    O resto é conversa prá boi dormir.

    1. A questão é ser oposição ou situação.

      Será melhor para o Brasil sabermos que as manifestação reflete o desespero do PIG, colocando seus pagos ou manipulados na rua, pois a agenda hoje é a regulamentação da midia, e a reforma politica, o PIG perderá sua força e lobby, esta é a intenção do PIG eleger Aecio ou Eduardo Campos, assim como fez com Collor.

  20. Desespero do PIG.

    As manifestação reflete o desespero do PIG, colocando seus pagos ou manipulados na rua, pois a agenda hoje é a regulamentação da midia, e a reforma politica, o PIG perderá sua força e lobby, esta é a intenção do PIG eleger Aecio ou Eduardo Campos, assim como fez com Collor.

  21. O trecho final parece

    O trecho final parece coincidir com o entendimento do lula de “ir pro debate”, seja com manipulação da “ditadura” ou não.

    Mas, pra mim, um trecho me chama a atenção:  “Sabe-se lá por que razão o PT, que nem era o comandante da polícia que bateu, resolveu assumir a reação ideológica, fazendo discurso contra as ruas enquanto o Alckimin se fez de planta e conseguiu passar ileso. O partido assumiu amplamente o ônus político para aqueles que já são contra, e deixou sem entender aqueles que não são contra nem a favor.”

    Pra mim o tal “pragamatismo” do pt significa o controle remoto!

    Pra mim é muito claro que O “grande salto”  das manifestações ocorreu depois de a polícia castigar adoidado qualquer um – e a imprensa sentir a dor nos seus calos também e repercutir à torto e direito (os reacionários da imprensa jamais vão se conformar de terem relaxado na censura disso) que a polícia errou!

    Eles queriam e querem é “melar o jogo” que não estão ganhando. Qualquer um entende isso.

    Mas os adolescentes, que cresceram ouvindo os mais próximos dizendo “não gosto de política”, ficaram animados.

    Não por coincidência o “direito de protestar”, em o oposição ao ditreito dos outros de irem, sei lá, trabalhar; ou irem e virem na via pública deixou em parafuso os supostos liberais (estou falando com quem realmente tem idade para entender questões cruciais do liberalismo de verdade, pô. Criança liberal e Leônidas, por exemplo, vão deitar!).

    Essa “ponderação de direitos os deixou “de bobeira” até agora. Há quem acredita que eles são os “mestres da manipulação”. Errado! Eles estão desesperados porque estão falando cada vez mais sozinhos.

    Uma evidencia: Um ou outro (isso tem muito, sim) comete um arroubo ou outro contra o pt, pt, pt… Tenho notado que sempre tem um que … “IIIIIhhhh…..”

    Já ouvi um gritar no bar (na hora do JN): “Desliga a matrix! Desliga a matrix!”.

    Eu fiz coro, hehe: É isso “mermo”! haha

    Vi os alérgicos respirarem fundo, haha!

  22. Pt, velha mídia, classes sociais, manifestações de 2013 e eleiçã

    PT, VELHA MÍDIA, CLASSES SOCIAIS, MANIFESTAÇÕES DE 2013 E ELEIÇÃO.

    Toda uma gritaria da velha mídia e forças sócio-políticas conservadoras vai até outubro. Discursam e discursarão sobre o “fabricado caos” do Governo DILMA, sobre o “fabricado caos do Brasil governado pelos petistas”, para chegarmos lá e acontecer o óbvio: DILMA reeleita e sociedade dividida em pró-PT e anti-PT.

    É preciso dizer o mais importante. 

    Vivemos um tempo Político onde a Ideologia no Brasil não é mais ser de esquerda: socialista, comunista, etc. ou ser de direita e seu capitalismo ou a radicalização das desigualdades sociais entre os homens via neoliberalismo.

    O tempo de hoje no Brasil é o tempo da defesa de classe social. Quem tem um pouco mais ou muito mais dinheiro não quer dividir e faz de tudo para se livrar do PT; quem não tem ou tem pouco dinheiro vota no PT. Isto de modo mais grosseiro. Existem situações de votos que não confirmam a regra.

    Neste espaço de batalha há a velha mídia. Ela faz o jogo de acirrar a disputa, toma partido e fica do lado mais fraco (no sentido do voto). Então, se alimenta um caos midiático para deslegitimar a vitória do PT e conduzir a opinião do grupo mais fraco (com menos votos) que a velha mídia defende.

    PT e velha mídia estão em lados opostos, porém, os dois são os favorecidos do resultado desta batalha violenta das notícias caóticas: um fica com o Poder e o outro com o monopólio dos meios de comunicação e as verbas de publicidade governamental, que crescem na velha mídia, conforme o grau de violência jornalística que ela pratica. Quanto mais violência, mais o Governo Federal anuncia nos meios de comunicação hegemônicos para contrapor a informação dada por estes grupos de mídia.

    LULA e PT parecem querer sair deste jogo a partir de 2015. Tomara que seja contemplada a Lei de Médios. Seria um avanço para que nossa soberania econômica e nossos avanços sociais dos últimos 12 anos sejam preservados e aumentados, acima de pensar num realocamento das forças de classes sociais distintas, onde a parte mais fraca se caracteriza com mais força por seus interesses particulares acima do coletivo. 

    Oposição no Brasil que preste, praticamente, não existe. Os dois candidatos com chances que nela se abrigam querem importar um modelo já sepultado por aqui em 2002. Não cabe mais, porque o povo já experimentou a inclusão e ascensão social. Todo Governo eleito no Brasil não tem mais legitimidade se abdicar deste entendimento, se retroceder.

    Um aparte sobre as manifestações de junho de 2013.

    Não tem durabilidade um Governo que não está preparado e não se coloca como a ponte para a solução dos problemas reais que eclodiram das manifestações de 2013: principalmente, moradia e bairro digno de se morar, Saúde de qualidade, Educação de qualidade, meios de transporte eficientes e Polícia civilizada. Lembrando que a conquista do trabalho e do consumo não foram pautas das manifestações, porque já se incorporaram a estes grupos sociais (advindos da periferia) ou já faziam parte da vida dos universitários das classes sociais médias tradicionais.

    Um aparte do aparte.

    É interessante separar as manifestações de junho de 2013 pré e pós-interferência da velha mídia. Anterior ao apossamento e cobertura das manifestações pela velha mídia estavam nas ruas manifestantes de alguma maneira organizados e com reivindicações suas. MPL, juventude da periferia (precariado) e juventude universitária estão no tempo pré-interferência midiática. Agitadores profissionais, black blocks e classes médias e altas conservadoras vieram depois, algumas manifestações após, tendo ai importância a mídia, bem como, a extrema-direita em leva-los para as ruas, também, e com pautas mais generalistas como abaixo à Corrupção, fora PT e até pauta que mais interessava as elites naquele momento: a PEC 37.  

    Continuando.

    Os jovens das manifestações pré-interferência midiática têm uma visão meio nublada da realidade brasileira, ficam entre a ideia da necessidade e cobrança de mudanças estruturais urbanas profundas e que são legítimas e a ausência de maior noção de quem pode realizar tal intento. É uma geração nascida e criada dentro do radicalismo midiático, que associa Política, partido político, governos à corrupção, cobrança de altos impostos e má-gestão dos recursos públicos. Eles tinham 5, 6, 8, 12 anos de idade no máximo quando o PT chegou ao poder. Mal sabem dos tempos de neoliberalismo de FHC. Sabem do hoje, do aqui agora.

    Eles têm boas intenções, mas não sabem, precisamente, qual a importância da luta via Política e partidos políticos em arregimentar forças para alcançar seus objetivos e reinvindicações. Talvez, e com grande chance de acerto, a velha mídia os colocou no campo de batalha hierarquizando os inimigos das suas reinvindicações, apesar de todos os partidos políticos serem, o PT, por ser demonizado diariamente pela velha mídia, se tornou o inimigo número 1.

    É a juventude nascida do processo continuado de negação da Política por parte da mídia hegemônica a mando do Sistema. Podem estar ai grupos inteiros de jovens apolíticos. O MPL e assemelhados são a manifestação concreta deste modelo de noticiário, onde a Política, os políticos e os partidos políticos são associados, como disse: à corrupção, cobrança de altos impostos e má-gestão dos recursos públicos acima de tudo. Estes jovens descontentes com a Política e o Brasil de hoje foram sendo produzidos no decorrer, principalmente, da Era PT e se materializaram. O quadro desta juventude apartidária é resultado de uma ação intencional do Sistema e da mídia que o representa, não vamos nos esquecer disto.

    Repassando a ideia inicial.

    Vivemos uma situação de enfrentamento que pode ser bem delineada, indo pelo caminho da justificação do caos como remédio para a derrota que está se configurando nas últimas eleições e nesta se configurará de novo para as classes média e média alta urbana das grandes e médias cidades, que se informam, majoritariamente, pela velha mídia. 

    O que isto significa?

    Perdem a eleição, mas acreditam que a culpa é do povão que não sabe votar, dos programas de transferência de renda e voto de “cabresto”, etc. e se mantêm o poder da velha mídia de influenciar essas classes sociais. Os votantes destas classes sociais perdem a eleição, mas acreditam que a culpa é da ignorância do povão, não da desinformação cotidiana praticada pela velha mídia, nem da alienação diária a que estão submetidos no desfile das futilidades e etiquetas sociais. 

    A velha mídia se sustenta ai. Se for pelo lado da informação precisa seu cacife pode ser menor, pode ser que o Governo nem precise dar sua contribuição financeira via propaganda governamental e pode até alertar muita gente do que o Governo faz de bom para o Brasil. E, até gerar consciência política maior. O que pode romper a sua defesa do neoliberalismo e até criar um descaso (diminuição de credibilidade) para com ela, de boa parte de seus seguidores. E, não por uma questão de afinidade no modelo de economia ideal para o Brasil, mas, pela falta de uma visão soberana e de inserção do Brasil como potência, mesmo que fosse imperialista.

    A compreensão de um Governo Petista, Capitalismo desenvolvimentista com inclusão social seria a pá de cal do Sistema financeiro e do neoliberalismo e de seus representantes aqui dentro de nossas fronteiras. O caos propagandeado pela velha mídia é o engessamento das nossas pernas e o impedimento delas caminharem por si. É embaralhar o meio de campo, para a gente não progredir, mesmo que seja ainda utópica a chegada de um de seus representantes ao Governo central. Pode ser um sonho demorado, mas não pode mudar por completo o conhecimento do novo País, do Governo do PT, para que a utopia neoliberal esteja viva, sempre e possa pôr suas garras hoje e no futuro, mesmo que se avance em sentido oposto.

    Tudo está dentro deste pacote de evitar ao máximo uma Lei de Médios, uma Reforma Política, uma luta pela defesa de nossa soberania econômica, o que enfraqueceria a sanha neoliberal, a sanha dos mercados de nos colonizar outra vez. 

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