Com Temer, investimentos do governo federal caem 78% em janeiro

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Foto: Marcos Corrêa/PR – Fotos Públicas 

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do Vermelho

Com Temer, investimentos do governo federal caem 78% em janeiro

Segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (23), os investimentos do governo federal sob o comando de Michel Temer (PMDB) somaram R$ 1,198 bilhão em janeiro, representando um queda de 78,15%, em termos nominais, ante o total de R$ 5,487 bilhões registrado em janeiro de 2016, quando a presidenta legitimamente eleita Dilma Rousseff governava. 

Os números dão um sinal do que está por vir, já que a PEC 55 (agora transformada em Emenda Constitucional 95), congela os investimentos públicos por 20 anos. Com a medida, a execução de gasto deve reduzir ao longo do ano por conta do ajuste fiscal. 
As despesas de investimentos fazem parte das discricionárias, que somaram R$ 12,11 bilhões em janeiro, o que, segundo o órgão, representa uma “execução inferior ao padrão histórico”.

Segundo a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, o governo pretende mudar esse quadro ampliando as privatizações e concessões, além de melhoria nos marcos regulatórios para reativar os investimentos no Brasil pela via do setor privado.

“O esforço do governo está sendo organizar frentes de concessões, de melhoria em marcos regulatórios para que a gente possa, de fato, reativar o investimento no Brasil pela via que é a mais relevante do ponto de vista do agregado das contas nacionais”, afirmou. 
 

Do Portal Vermelho, com informações de agências

 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. PSDB obrando milagre com o chapéu alheio

    Exceto governos progressistas, os regressistas não sabem o que é investimento em infra-estrutura. FHC nunca construiu sequer uma faculdade. Tudo o que tinhamos até antes do golpe do Estado foram obras do governo Lula e Dilma. Mas o Alckimin foi ontem fazer sua propaganda na transposição do São Francisco como se fosse obra do PSDB. Um escárnio e uma falta de vergonha sem paralelo na nossa história

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2017/02/no-nordeste-alckmin-tenta-se-cacifar-para-disputar-eleicoes-diz-eno-verri

  2. Tudo ao mercado sanguinário e

    Tudo ao mercado sanguinário e as multinacionais que apoiaram o golpe de Estado: terras, petróleo, educação, previdência, saúde…

  3. Além da imbecilidade

    Além da imbecilidade crônica,marca dos golpistas,temos,também,que eles ainda estão sonhando com 2018.

    Assim,é obvio,não irão investie neste momento mas,já há sinais de liberação de verbas para continuidade de diversos empreendimentos do governo Dilma que foram abruptamente paralisados para que possam ser usurpados pelos gângster de plantão,principlamente obras na região Nordeste como a transposição do São Francisco,duplicação da BR101,Canal do Sertão,entre outras.

    Quem roubou 54 milhões de votos não terá nenhum escrúpulo em roubar a autoria dos grandes projetos do presidente Lula e presidenta Dilma.

    Golpistas!

  4. Estratégias factíveis ou tragédias anunciadas?

    A queda na taxa de investimento não vem de agora, mas se acentuou, como mostra o dado de janeiro. Forçosamente, concluo que a estratégia do governo de, ao passo em que diminui seu orçamento de custeio e de investimento, tentar tranferir para a iniciativa privada, via concessões e provatizações, a mola do crescimento, irá trazer decepção. O desemprego em alta, os juros reais nas alturas, a demanda pública e privada reprimida não irão desembocar em expansão da taxa de investimentos. Os investimentos estrangeiros trazidos pelo binômio câmbio baixo/juros altos e o grande espaço para arbitragem deixado pelo cenário de instabilidade, não trarão o efeito esperado pelo “economic dream team” (que Deus nos acuda) de Temer/PSDB. Sequer o trarão os investidores nacionais, estes por falta de capacidade financeira e por custos de oportunidade desestimuladores à formação de capital fixo. Talvez a taxa de investimento pare de cair, assim como o PIB e o desemprego, mas por um efeito inevitável, quase físico e com base na segunda lei de Newton, o que se dará quando baterem no piso. Nesse momento, encontrarão uma força equivalente e irão parar, por absoluta impossibilidade de continuar caindo.

    A questão aqui não é parar de cair, é quando irão parar, quanto cairão até lá e como se recuperarão. O cenário será aterrador, retratanto em termos sociais e econômicos o equivalente a um corpo espatifado na calçada após cair do alto de um prédio.

    Eu sempre destaco o fato de não ser econimista. Faço análises da economia apoiado em um tripé formado por parcos conceitos, dados disponíveis e observação dos fatos, logo, tecnicamente minhas conclusões são frágeis. Entretanto, em que se releve essa fragilidade, parece o desenrolar óbvio esperado ao pormos de lado a convicção que ao fim e ao cabo tudo dará certo. Logo, tragédia anunciada, once again.

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