
O entorno de Jair Bolsonaro (PL) tem se movimentado para evitar que as investigações sobre o escândalo da “Abin paralela” cheguem ao ex-presidente da República. A partir disso, a estratégia é empurrar a responsabilidade do esquema para o general Augusto Heleno, informou o Blog de Andréia Sadi, no G1.
Heleno foi intimado pela Polícia Federal (PF) a depor no inquérito que apura o caso de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a mando do então diretor do órgão Alexandre Ramagem. O depoimento deve ocorrer na próxima terça-feira (6).
O general foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante todo o governo Bolsonaro, quando a Abin era subordinada à pasta. Apesar da estratégia do entorno de Bolsonaro para culpabilizar Heleno, o cenário pode mudar.
Ouvido pela coluna de Sadi, Ramagem afirmou despachava diretamente com o ex-presidente, “às vezes sem Heleno”, com quem tinha contato quase que diário porque era seu “superior hierárquico”. O ex-chefe da Abin acredita ainda que, se o general usar isso como defesa, “ele só colocará a realidade“, o que pode comprometer o ex-presidente.
Leia também:

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.