O ex-presidente Jair Bolsonaro já está articulando estratégias para utilizar as reportagens da Folha de S.Paulo e Uol, que acusam o ministro Alexandre de Moraes de ter “fugido do rito” para inquéritos em período eleitoral contra bolsonaristas, a seu favor nos inquéritos contra ele e aliados na Suprema Corte.
“Tenho reuniões, hoje ainda. Estou acompanhando tudo isso”, afirmou rapidamente Bolsonaro à TV Band, nesta quarta (14). Segundo o veículo, que conversou com o ex-mandatário, Bolsonaro também informou que tinha “reuniões hoje ainda” com partidários do PL para definir as estratégias de reação.
Na noite de ontem (13), reportagem de Glenn Greewald e Fabio Serapião, na Folha, expôs mensagens trocadas por assessores de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Alegando ter tido acesso a mais de 6 GB de mensagens, o jornal apontava suposta ilegalidade com o ministro solicitando demandas aos seus assessores diretos, para inquéritos nas Cortes dos quais ele têm competência.
Os pedidos envolveram levantamento de informações da Justiça para inquéritos que miraram bolsonaristas e aliados do ex-presidente, incluindo o das Fake News e o das milícias digitais. Apesar de o feito não ter conotação ilegal, uma vez que os pedidos tramitaram dentro dos protocolos naturais dos gabinetes de Justiça, a manchete do jornal detonou que haveria algum tipo de abuso nos atos.
“Poucas coisas são surpresas para mim. Poucas”, disse Jair Bolsonaro, sobre o ministro Alexandre de Moraes, do qual constantemente criticava, ainda durante o seu governo. Seguno o ex-mandatário, se a notícia tivesse se tornado público “na época” dos mesmos inquéritos, haveria “problemas”, afimou.
Além de Jair Bolsonaro, que deve adotar medidas legais junto ao PL a favor dos réus bolsonaristas, parlamentares aliados chegaram a entrar com um pedido de impeachment contra Moraes.
Os deputados esperam que novas reportagens da “série” informada por Glenn sejam tornadas públicas para reunirem argumentos para o pedido de afastamento contra o ministro. Eles também iniciaram uma coleta de assinaturas públicas, para obter aval de pressão da população aliada a Jair Bolsonaro.
“Decidimos lançar uma campanha nacional de apoiamento para dar entrada [no pedido de impeachment] após o dia 7 de setembro. E no dia 9 de setembro a gente entrega ao presidente do Senado”, disse o senador Eduardo Girão (Novo-CE) à CNN.
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Essa reviravolta para salvar o capitão vampiro deveria impulsionar a discussão sobre o GENOCÍDIO PANDEMICO. Ninguém pode ou deve perdoar Bolsonaro por ter ajudado o vírus a causar centenas de milhares de mortes.
A mente criminosa é um assombro. O Bolsonaro e seus “acepipes” (na linguagem do Weintraub) para tentar livrar o mito da responsabilidade pelos seus crimes, cometem mais crimes buscando viabilizar a sua defesa. Espionar os ministros do STF não seria crime? Insinuações vazias, insultos e xingamentos também não seriam crimes contra as instituições? Pra ser advogado de bandido há que se ter um mínimo de compatibilidade com ele e as suas práticas, parece.
A Falha de Sampa tá de brinca con migo ao afirmar que “A troca de informações entre o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o STF (Supremo Tribunal Federal) de maneira informal em caso envolvendo bolsonaristas no inquérito das fake news ABRE BRECHA PARA A SOLICITAÇÃO de nulidade de provas, segundo especialistas ouvidos pela Folha”.
Phala céru