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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), admitiu pela primeira vez abrir mão de sua candidatura à Presidência da República para apoiar um nome de “terceira via” que tenha mais potencial de romper com a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, que lideram as pesquisas de opinião com vistas às eleições de 2022. A informação foi divulgada pelo site UOL na noite de segunda (22).
Doria argumentou que não colocaria seu “projeto pessoal” à frente da necessidade de derrotar o bolsonarismo, mas impedindo que Lula retorne ao poder. O ex-presidente petista é o favorito na corrida presidencial e vence todos os candidatos em segundo turno. Segundo pesquisa CNT/MDA, Bolsonaro, por sua vez, só teria chances de vencer concorrendo contra Doria ou Moro.
Tanto Doria quanto a senadora Simone Tebet, pré-candidata à Presidência do País pelo MDB, afirmam que podem desistir de suas candidaturas em breve, a depender das pesquisas de opinião. Moro, por sua vez, afirmou que não vai abrir mão da disputa porque está em terceiro nas sondagens. Tebet ressalvou que não é apenas a intenção de voto que conta, mas também o grau de rejeição de cada candidato.
Apesar de aparecer em situação de empate técnico ou apenas numericamente à frente de Ciro Gomes (PDT) em algumas pesquisas, Moro tem a maior rejeição entre todos os postulantes à Presidência. Conforme o GGN analisou nesta matéria aqui, Moro tem rejeição maior do que a de Lula e Bolsonaro na última pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta semana.
O potencial de crescimento do ex-juiz da Lava Jato é inferior ao de Tebet, por exemplo, porque Moro já é bem conhecido pelo eleitorado, ao contrário da senadora, que ganhou mais destaque na mídia a partir da CPI da Pandemia.
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