“Gritaria dos descontentes” não vai impedir posse dos eleitos em outubro, diz Alexandre de Moraes

“Já sabemos como essas milícias digitais funcionam. Temos anticorpos para isso”, afirmou presidente do TSE

Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Foto: Agência Brasil

Da Rede Brasil Atual

No encerramento do X Fórum Jurídico de Lisboa, ontem (29) à noite, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que o Brasil já tem “anticorpos” de defesa da democracia. Atual vice do Tribunal Superior Eleitoral, Moraes assumirá a presidência do TSE em agosto, a dois meses das eleições.

“Hoje nós já sabemos como essas milícias digitais que atacam a democracia funcionam. Hoje nós já temos anticorpos para isso”, afirmou Moraes. “Tenho certeza de que posso garantir a vocês, falo não só em meu nome, mas no nome do meu futuro vice-presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, que o Brasil sabe como manter a sua democracia. E o Poder Judiciário vai permanecer independente, corajoso, competente e destemido”, acrescentou.

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Risco subestimado

Assim, ele observou que as eleições serão realizadas no mês em que a Constituição completa 34 anos, no que chamou de maior período de estabilidade democrática no Brasil. Mas atentou para os perigos e as tentativas de ataque a “pilares” – como liberdade de imprensa, eleições e independência do Judiciário. Um mecanismo que, segundo o ministro, ganhou força com as redes sociais, cujo crescimento teria sido subestimado. “Felizmente, o que era subestimado não é mais. Posso garantir”, afirmou, assegurando que todos os eleitos em outubro serão empossados, mesmo com a possível “gritaria dos descontentes”.

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O fórum, que durou três dias, foi organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), pelo Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (ICJP) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na segunda-feira (27), o atual presidente do TSE, ministro Edson Fachin, participou de evento em Belém e reforçou a fala. “A Justiça Eleitoral brasileira está preparada para organizar, como está a fazer, e para realizar as eleições. E, no prazo da lei, diplomar as eleitas e eleitos, com respeito irrestrito ao escrutínio do voto popular.”

Redação

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