O presidente Lula afirmou que a troca do comandante do Exército, diante da insegurança com parte da ala militar após os atos golpistas do dia 8, ocorre porque “as Forças Armadas não servem a um político”, mas “para garantir a soberania do nosso país” e “tranquilidade ao povo brasileiro”.
As declarações do presidente foram feitas durante agenda internacional, na Argentina, na tarde desta segunda (23). Lula restringiu-se a resumir que a retirada do general Júlio César de Arruda, no último sábado, ocorreu porque “não foi possível dar certo”.
Arruda foi confirmado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, no dia 6 de janeiro, e os atos do dia 8 de janeiro mostraram que os serviços de inteligência do Exército e das Forças Armadas “falharam”.
Em entrevista à GloboNews, Lula também mostrou indicativos de que o comandante do Exército detinha postura “politizada”. Ao anunciar a troca, o ministro da Defesa disse que “as relações no Comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança”.
Hoje, Lula voltou a comentar o caso: “Eu escolhi o comandante do Exército [Arruda] e não foi possível dar certo”, afirmou, completando que ao escolher o general Tomás Ribeiro Miguel Paiva para o posto, teve uma “boa conversa” sobre a visão do militar para o comando das Forças Armadas.
“Ele pensa exatamente [como] tudo o que eu tenho falado com a questão das Forças Armadas. As Forças Armadas não servem a um político, ela não existe para servir a um político. Ela existe para garantir a soberania do nosso país, sobretudo contra possíveis inimigos externos e para garantir tranquilidade ao povo brasileiro”, disse.
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