Gravação de esposa de Ribeiro aumenta suspeita de vazamento de operação da PF

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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“No fundo ele não queria acreditar, mas ele tava sabendo”, disse Myrian Ribeiro a interlocutor em ligação interceptada pela PF

O presidente Jair Bolsonaro, e o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasil

A esposa do ex-ministro Milton Ribeiro confirmou a um interlocutor que ele sabia com antecedência de uma operação que seria feita pela Polícia Federal, mas não queria acreditar.

“No fundo ele não queria acreditar, mas ele tava sabendo. Falei: pra ter rumores do alto, a coisa… é porque o negócio já tava certo”, disse Myrian Ribeiro, em telefonema realizado no dia da prisão do ex-ministro e interceptado pela Polícia Federal.

Na visão de investigadores, o telefonema de Myrian com o familiar reforça as suspeitas de que as informações sobre a investigação foram vazadas ao ex-ministro.

Relatório elaborado pela PF apontou que Ribeiro tinha conhecimento de uma operação policial contra ele.

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Segundo trecho do documento divulgado pelo jornal O Globo, o ex-ministro da Educação demonstra “sua preocupação em sofrer um mandado de busca apreensão, bem como cita uma conversa que teria tido com o Presidente da República com este mesmo teor”.

A gravação da esposa de Ribeiro aumenta as suspeitas de vazamento da investigação, uma vez que a gravação de uma ligação do ex-ministro com a filha mostra que ele conversou com o presidente Jair Bolsonaro e ele teria dito que o pastor evangélico seria alvo de buscas.

Por conta dessa possível “interferência ilícita” de Bolsonaro, o caso que tramitava na primeira instância da Justiça Federal levou o Ministério Público Federal a pedir que o processo voltasse para o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. Quando o presidente bandido quer dar uma força ao comparsa, mas este não entende e põe tudo a perder, inclusive o presidente bandido.

    Em filme sobre máfia esse comparsa seria morto pela própria ORCRIM.

    Será que ele e a família correm risco de vida?

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