
O presidente Lula ocupou as manchetes desta sexta-feira (28) com duas entrevistas que repercutiram no meio político e midiático. Em uma delas, o petista revelou que mandou avisar aos comandantes das Forças Armadas, através do ministro da Defesa José Múcio Monteiro, que não há, por parte do governo federal, intenção de mexer na aposentadoria dos militares.
Setores da imprensa vinham aventando a possibilidade de que o corte de gastos em planejamento pelos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet incluísse também uma revisão na aposentadoria dos militares. Mas Lula, em entrevista ao UOL, admitiu que mandou Múcio avisar aos comandantes que mexer na aposentadoria dos militares “nem passa pela minha cabeça”.
Em paralelo, nesta mesma semana, Lula comentou na rádio Itatiaia a pauta da anistia para réus e investigados pelo atentado à democracia em 8 de Janeiro. Lula disse que não é contra a anistia em si, mas que discutir o tema em relação aos bolsonaristas que participaram da invasão à Brasília é “precipitado”. Para o presidente, a discussão deve acontecer após a conclusão das investigações e julgamentos.
“Eu sou favorável à anistia, eu briguei muito pela anistia no Brasil. Mas, neste caso, a gente nem puniu todo mundo. A gente nem descobriu todo mundo, estamos procurando gente ainda, os financiadores… Nós temos 135 brasileiros na Argentina, dos quais 30 a 39 estão condenados. Estamos discutindo que essas pessoas voltem ao Brasil pra gente dar a eles a lição que eles merecem”, disse Lula.
Lula enfatizou que “não dá para precipitar essa discussão da anistia” e que é preciso “terminar de uma vez por todas de apurar todas as denúncias de 8 de Janeiro. Quando tiver tudo apurado, todos processados, livres de processo, aí tudo bem… (…) Passei muito tempo lutando por anistia, não vou ser contra. Mas, nesse caso, [os réus] nem foram condenados ainda. A gente nem sabe quem são aqueles que tentaram praticar o golpe. A gente tem que saber quem tentou dar o golpe nesse país”, pontuou.
A repercussão da fala de Lula fez com que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, fosse instado pela imprensa a comentar a declaração. “Vamos aguardar. Quem decide sobre anistia ou não é a Constituição Federal, e quem interpreta a Constituição Federal é o Supremo Tribunal Federal”, afirmou o ministro durante o 12º Fórum de Lisboa, evento organizado pelo ministro Gilmar Mendes.
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Sei…
Ainda tem por aí algum fofo achando que algum general, almirante ou brigadeiro envolvido na intentona de 8 de janeiro será indiciado, julgado e condenado?
Frouxo.
Nada mais.
Só isso.
Brizola estava certíssimo, era uma engenhoca de Golbery.
Mas nem o Bruxo teria a expectativa de que a criatura fosse tão sem brios.
Frouxo.