Minas Gerais, o termômetro eleitoral do Brasil

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Por ‘estar no meio do caminho’, observador diz que estado reflete um pouco do pensamento de um país; Kalil e Zema devem disputar governo

Foto: Nathalia Segato on Unsplash

O cenário político em Minas Gerais acaba por ser um reflexo do que é o Brasil e, por estar no meio do caminho entre os principais centros, acaba por refletir inclusive as percepções nas pesquisas eleitorais.

“Acho que o cenário é um pouco a repetição do cenário nacional”, diz o observador Felipe Torres, em entrevista à TV GGN 20 horas desta sexta-feira (06/05). “Você tem, pelo menos o que as pesquisas dizem, uma liderança até então folgada do Lula – por mais que haja uma variação entre uma pesquisa e outra, todas elas dão alguma folga”.

Segundo Torres, “tem aquela velha história de (Minas Gerais) traduzir um pouco o mixo do sentimento nacional por estar no meio do caminho” – no caso, a região Norte de Minas apresenta uma predominância no apoio a Lula, enquanto a região Sul é mais partidária ao presidente Jair Bolsonaro, e o centro acaba sendo uma mistura de percepções.

Na visão de Torres, a grande questão talvez seja o próprio partido do presidente “não manter aquela sede de querer dominar todas as discussões e querer ser o centro de tudo, e colocar as alianças e os interesses maiores em risco”.

Rejeição deve ser fator decisivo

No espectro estadual, Torres diz que Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito  de Belo Horizonte, parece ser o único candidato competitivo e capaz de derrotar o atual governador, Romeu Zema. E ainda existe a disputa pela indicação da cadeira ao Senado.

“Se o PT não conseguir acomodar esses interesses, pensando em uma aliança nacional, por exemplo com o PSD ou uma aliança mesmo que só em MG, você começa a construir alguns pontos frágeis, alguns elos que podem se romper e, eventualmente, essas pessoas, esses movimentos podem migrar para o outro lado”, diz o observador.

Sobre a atuação do PT em Minas, Felipe Torres que a operação Lava-Jato e a perseguição a Fernando Pimentel “foi uma coisa horrorosa, foram momentos muito difíceis, um jogo muito sujo acontecendo nos bastidores”

“Eu fui vítima de perseguição, tive minha vida inteira devassada, exposta em mídia nacional, e é evidente que nunca acharam nada porque não existia. Mas o ex-governador, nem se fala, teve a vida da família, a própria vida pessoal dele e, agora, acabou absolvido”, lembra Felipe.

Tudo leva a crer que o fator de definição da eleição será a rejeição. “Eu acho que nada supera a rejeição à pessoa do atual presidente da República atualmente”, diz Torres. “Desde que não aconteça nenhum evento imponderável, como a fatídica facada, não vejo grandes possibilidades de mudança no cenário”

“O Bolsonaro tem aquela parcela que o segue (…) Só que, assim, o ódio à figura, o desprezo à figura dele cresce todo dia. Eu acompanho as pesquisas muito de perto, entro nas minúcias dessas pesquisas e nos detalhes, e esse dado não muda – e se ele muda, ele só avança”, finaliza Felipe Torres.

Veja mais a respeito do tema na íntegra da TV GGN 20 horas. Clique abaixo e confira!

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. Minas não pode falhar. Na História, sempre que Minas falhou em ser o freio, ou a menos o contrapeso, o Brasil todo incluindo Minas pagou o preço.

  2. Kalil? Mais um Parasita que encostou em Bolsonaro para poder ganhar a eleição e o Talão de Cheques e logo depois mostrar toda sua traição?? Conhecemos o tipo: Dória, Alexandre Frota, Witzel, Moro, Joice,…Tem como esconder o pelo mas não o vício. Kalil dos Repasses Milionários para Empresas de Ônibus de Transporte Público de BH, que já tinham Dívidas Milionárias com a Prefeitura. Algo semelhante aos Subsidios Bilionários de Haddad às Empresas de Ônibus Paulistanas. A Ditadura da Liberdade e Locomoção dos Brasileiros escravizados entre Nepotismo de Famílias Donas do Transporte Metropolitano. Ou já esquecemos do Monopólio Fluminen e se de Baratas e Lavouras, cumpliciado por Sérgio Cabral Filho (daquele Sérgio Cabral do PASQUIM. Tão AntiCapitalista e tão Socialista!!) e liberdao pelo “cumpadre” Ministro do STF Gilmar Mendes. Eita Mundinho Pequeno este dos 92 anos de Cleptocracia Tupiniquim!!!! Não é àtoa que Kalil já se cumplicia com PT !!!!

  3. Olha.. não sei bem se esse negocio de Minas e pra valer. Eu teria que voltar la atras e ver isso na pratica. Mas tem lugar que é facilimo ver o que não presta e é vazio politicamente Curitiba especificamente e o Paraná todo por exemplo. O que acontece la na Politica geralmente é o oposto do que acontece no Brasil.
    Já a cidade do Rio de janeiro é o contrário. è o maior termômetro que temos para avaliar a febre da Democracia e da Economia. No Rio o paciente ja morreu. Foi enterrado em cova rasa e sem identificação. A tendenca e o Rio eleger o Lula sem titubear. Bozo vai ficar naquela percentagem de votos ridicula da extrema-direita patrimonialista.

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