Moro sobre vitória de Lula na ONU: “extraída do STF”

Johnny Negreiros
Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.
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Para Sergio Moro, Comitê de Direitos Humanos da ONU foi "influenciado" por um "erro" do Supremo Tribunal Federal

O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (28), Sergio Moro posicionou-se contrário ao relatório do Comitê de Direitos Humanos da ONU que admitiu que os direitos políticos e individuais do ex-presidente Lula foram violados em 2018, quando o petista foi impedido de participar da corrida presidencial por causa da Lava Jato.

O documento considerou Moro como parcial ao condenar Lula no caso triplex e citou o vazamento de áudios e grampos no escritório da defesa de Lula, entre outros abusos.

Para o ex-ministro de Bolsonaro, não se trata de uma decisão de um “dos órgãos centrais das Nações Unidas”, mas de conclusões “extraídas da decisão do Supremo Tribunal Federal do ano passado”.

Em 2021, o STF considerou que o Moro foi “parcial” na condenação contra o petista no caso triplex, que foi anulada. A Corte também decidiu que os processos não deveriam ter acontecido na 13ª Vara de Curitiba, mas sim na Justiça Eleitoral, em Brasília.

“Considero a decisão do STF um grande erro judiciário e que infelizmente influenciou indevidamente o Comitê da ONU, declarou Moro em nota oficial.

Suposto “trabalho legítimo”

Em referência aos dois únicos juristas do Comitê da ONU que votaram contrariamente ao relatório final, Moro disse: “Também é possível constatar, no relatório do Comitê da ONU, robustos votos vencidos que não deixam dúvidas de que a minha atuação foi legítima na aplicação da lei, no combate à corrupção e que não houve qualquer tipo de perseguição política”.

O Comitê de Direitos Humanos da ONU é composto por 18 especialistas independentes.

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Johnny Negreiros

Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.

4 Comentários

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  1. Lembro-me de uma cena de um dos filmes Monty Python,se não me falha a memória,”em busca do cálice sagrado” em que um dos cavaleiros após ter os braços e as pernas cortadas continuava a bradar: “volte aqui seu covarde,lute como um homem”.
    É o próprio camisa preta do Paraná só que,ao invés de comédia,em tragédia.

  2. Robustos votos vencidos deram ao moro a certeza de que ele agiu dentro da lei. Que pena que foram votos vencidos.
    No mais, só falta mídia traduzir essa vitória do Lula para um idioma que o povo entenda. A Globo com grande estardalhaço primeiro nomeou todas as acusações que pesaram sobre o Lula e depois a grande atuação do Moro na Lava Jato para depois dizer com todas as letras que houve um “desfavor” à defesa do Lula e que ele deveria ser JULGADO por seus acusadores observando-se o devido processo legal. Ninguém aliviou pro Lula não. A pecha permanece, não obstante todo o calvário que ele passou.

  3. Como pode tanta empáfia, soberba e arrogância num sujeito tão diminuto e irrelevante? O cara foi um juizinho corrupto de primeira instância, mas se acredita capaz de criticar decisões da suprema corte do seu país e do próprio comitê de Direitos Humanos da ONU como se a opinião dele a respeito valesse alguma coisa… É um canalha. Megalomaníaco. Precisa de uma avaliação psiquiátrica. Não parece alguém na plenitude de suas faculdades mentais e penal e civilmente imputável.

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