Nova proposta do marco civil da internet agrada empresas de telefonia

Da Folha

Nova proposta de regras para internet agrada teles

Texto permite que empresas continuem vendendo pacotes de acesso diferenciados

DE BRASÍLIA

Uma nova proposta para o Marco Civil da Internet foi apresentada ontem no Congresso Nacional e, desta vez, conseguiu agradar as empresas de telefonia, que se opuseram a praticamente todas as versões anteriores.

Após muita pressão e com a votação adiada para 2014, o relator do texto, Alessandro Molon (PT-RJ), incluiu uma cláusula que altera item sobre a neutralidade da rede.

Esse princípio define que o acesso para qualquer site deve ser feito com a mesma velocidade, sem que acordos comerciais possam beneficiar ou prejudicar a navegação em sites. Esse ponto também trata da venda de pacotes para o consumidor.

Pela nova redação está explicito que as teles poderão adotar o modelo de negócio que quiserem, desde que não descumpram outros pontos da lei. Isso significa que as empresas poderão continuar vendendo pacotes de acesso à internet que variam de preço conforme a velocidade e o volume de consumo.

Para as teles, a vantagem do texto é que ele abre espaço para a venda de pacotes personalizados. Assim, elas poderiam cobrar, por exemplo, preços diferentes para quem usa a internet apenas para ver emails ou somente para assistir vídeos online.

O novo texto muda também alguns pontos que afetam as gigantes da internet, como Google e Facebook.

A proposta diz que essas empresas terão de guardar por seis meses dados de acesso de usuários. Antes, essa obrigação se limitava a provedores de acesso.

(JULIA BORBA E MÁRCIO FALCÃO)

 

15 Comentários

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  1. maco civil

    todos nós sabemos que o que  desagrada  as teles  é justamente  o que  é justo  para o marco civil e para os internautas que nao podem ter  o seu direito de  expressao  de liberdade  reprimido  na internet.  SE  A PRESIDENTE  DILMA  SEMPRE  FALOU QUE  NAO  IRIA  CENRURAR  MIDIA  ALGUMA  ENTAO  PORQUE  ELA  DEVE ACEITAR  QUE  AS  TELES  CENSURE  OS INTERNAUTAS.  porque  o que  as teles  estao querendo é poder  tirar  qualquer  assunto  que  a desagrade, que venha  contra os interesses americanos, que  mostrem ao povo  a  verdade.  e o que  vai a contecer? O que  vai acontecer é elas  bisbilhotarem  blogs  e sites  de esquerda  retirando  seus   posters, e  permitir  que  sites de  direita  e pro  americanos  façam a lavagem  do povo  brasileiro.  ou  seja   a  internet  passa  a  ser  seletiva. em beneficios  dos propositos  das  teles. Nao é preciso  se apresentar nenhuma propósta  e  a meu ver  eles  estao querendo dar um golpe  agora no final de ano  aprovando  nas  escondidas, (na moita)  e quando  se ver  estaremos  sendo  reprimidos  como se nao bastasse o que o google  ja vem fazendo  com os  blogueiros  e sites  na internet.  A PRESIDENTE  DEVE   VETAR  ESSA PROPOSTA  POIS  NAO PRECISAMOS  MAIS DE OUTRA  JA  QUE TEMOS  UMA PROPOSTA  QUE  DEVE SER VOTADA E  APROVADA  SEM   RETIRAR NADA  DO  PROJETO. 

  2. Eh uma cilada, Bino!

    Sou contra! isso de vender pacote pra ver isso, acessar aquilo, Isso eh FURADA!

    Eles devem ter o direito de vender velocidades diferentes (1, 5, 10 mega) mas nao de limitar a velocidade ao tipo de conteudo. Isso vai contra uma das propostas principais do Marco Civil, a neutralidade da rede.

    Toda a informacao deve ser tratada como igual! Essa eh a maior garantia de uma internet democratica que nos podemos ter. Isso garante o livre acesso a informacao.

    Colocar as prioridades das grandes corporacoes acima das prioridades da populacao eh inadmicivel em um governo democratico e popular.

    Quero o texto antigo do Marco Civil de volta!

  3. Pelo  que  eu  li  em  outros

    Pelo  que  eu  li  em  outros veículos  a abertura  dada é apenas  para  cobrar diferenciadamente  as velocidades  oferecidas,  coisa que  já é feita,  foi somente  explicitada.  Não abriria oportunidades  para pacotes diversificados com cobranças diferenciadas.

     

    Não  seria  isso ?

    1. Tomara

      Tomara que seja isso mesmo.

      O texto antigo ja garantia que os provedores pudessem oferecer diferentes pacotes de velocidade mas aparentemente os artigos sobre a neutralidade da rede nao foram bem entendidos e alguns comecaram a achar que iria limitar as empresas a oferecer um unico tipo de pacote.

      Nao ten nada de mais oferecer  diferentes velocidades de conexao, o que nao podemos permitir eh que controlem a velocidade com base no tipo de conteudo.

      Conheco quem assine 10 mega pela NET e tem problemas para acessar o Youtube. Os videos travam mesmo em resolucao mais baixa enquanto em outros sites de compartilhamento de video, como o Vimeo, com qualidade ate melhor os videos rodam ininterruptamente.

  4. Maracutaia!!!

    O sinal é bem claro e inequívoco, se todas as outras propostas foram recusadas e a atual  agrada as empresas de telefonia, já temos motivos suficientes para desconfiar, pois se é bom para eles, significa que a sociedade mais  – 

    uma vez vai ficar no prejuizo. 

     

     

  5. Empresa de telefonia não tem

    Empresa de telefonia não tem de ser agradada, mas sim enquadrada. Leis devem guiar-se para o benefício da população, não de empresa.

  6. “Assim, elas poderiam cobrar,

    “Assim, elas poderiam cobrar, por exemplo, preços diferentes para quem usa a internet apenas para ver emails ou somente para assistir vídeos online.”

    Isso vai justamente de encontro ao previsto no marco original, ao diferenciar os tipos de consumo. Teremos gente com acesso a uma Internet capenga. Isso precisa ser vetado.

    Qualquer coisa que seja vista como sendo positiva para as teles, certamente será prejudicial aos consumidores.

     

     

  7. Eu não li esta interpretação

    Eu não li esta interpretação mas…

    Me parece claro que o MArco Civil NÃO foi votado agora simplesmente porque a neutralidade iria passar. Deixaram para o ANO DE ELEIÇÕES porque o Congresso, nestes anos específicos, tende a ser mais “sensível” aos argumentos de empresas.

     

    Se a neutralidade NÃO passar o PT perderá meu voto!!!

    Simples assim!

  8. Aqui da para ver as mudanças

    Aqui da para ver as mudanças em amarelo.

    http://www.molon1313.com.br/confira-o-novo-texto-do-marco-civil-da-internet/

    O objetivo das operadoras não é que a neutralidade caia na Lei. Tem que ser muito idiota para acreditar nisso.

    O objetivo é que a Lei fique OBTUSA para que assim a JUSTIÇA resolva a parada. O Barbosa, o GM  e etc.. Ou seja, a galera de sempre.

    Ou seja, eles querem relativisar a neutralidade.

     

    EDITADO:

    Eu acho que “captei” a pegadinha.

    A pegadinha é a seguinte. Considerar NEUTRALIDADE  apenas se vc não reprimir o tráfego. Ou seja, vc poderia vender um pacote apenas para emails e NÃO restringir o tráfego de velocidade nos emails.

     

    ISSO É RIDÍCULO!

     

    Esta preparado para ser resolvido na JUSTIÇA e lá, O Povo sempre perde!

    1. mudei de opinião

      vou concordar contigo, a neutralidade subiu no telhado!!!

      é proibida, mas pode fazer  somente se usarem as desculpas mais esdruxulas do mundo. entortaram o projeto, tava bom demais para ser verdade!!!

  9. se as operadoras gostaram, não é bom

    mas não sei é preciso exagerar, mas este texto da uma explicação um pouco melhor, eu creio. a lamentação das operadoras de que a neutralidade é balela, pois já é base do modelo de negócios, embora não sendo proibido em lei ainda, o ‘traffic shaping’ é muito utilizado. se meu provedor assumir que faz isso eu troco, se eu desconfiar que ele faz eu troco. e a net então não aceito nem que me paguem. 

    “Traffic shaping é um termo da língua inglesa (modelagem do tráfego), utilizado para definir a prática de priorização do tráfego de dados, através do condicionamento do débito de redes, a fim de otimizar o uso da largura de banda disponível.

    O termo passou a ser mais conhecido e utilizado após a popularização do uso de tecnologias “voz sobre ip” (VoIP), que permitem a conversação telefônica através da internet. O uso desta tecnologia permite que a comunicação entre localidades distintas tenham seus custos drasticamente reduzidos, substituindo o uso das conexões comuns.

    No Brasil, suspeita-se que a prática passou a ser adotada pelas empresas de telefonia que adotaram, em algum trecho de sua rede, tecnologias de voz sobre o protocolo IP, apesar de condenada por algumas instituições protetoras dos direitos do consumidor. Estas empresas utilizam programas de gestão de dados que acompanham e analisam a utilização e priorizam o tráfego digital (pacotes), bloqueando, retardando ou diminuindo o tráfego de dados VoIP que contenham determinados atributos não desejados pelo gestor da rede, assim prejudicando a qualidade do uso deste tipo de serviço. A prática também é comumente adotada para outros tipos de serviços, conhecidos por demandar grande utilização da largura de banda, como os de transferência de arquivosP2P e FTP por exemplo, ou de “streaming” de portais de internet que transmitem video etc.

    Os programas de traffic shaping poderão ainda fazer logs dos tipos de utilizadores, pegar informações sobre IPs acedidos, ativar gravações automáticas a partir de determinadas condutas, reduzir ou interferir na transferência de dados de cada utilizador, bloqueando redes peer-to-peer (P2P) ou FTP. (wikipedia)”

    http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/12/novo-relatorio-do-marco-civil-da-internet-mantem-pontos-polemicos.html

    11/12/2013 13p8 – Atualizado em 11/12/2013 15p0

    Novo relatório do Marco Civil da Internet mantém pontos polêmicos

    Relator, deputado Alessandro Molon, divulgou novo texto nesta quarta.
    Sem acordo, projeto ‘tranca’ pauta, mas só deve ser votado em 2014.

     

    Felipe NériDo G1, em Brasília

    O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto de lei que cria o Marco Civil da Internet, divulgou nesta quarta-feira (11) uma nova versão de seu relatório. Apesar das pressões da própria base aliada e das empresas de telecomunicações, o parlamentar fez poucas mudanças no texto, sem retirar pontos polêmicos como os princípios de privacidade, liberdade de expressão e a chamada “neutralidade da rede”.

    O Marco Civil da Internet é uma espécie de Constituição para a rede de computadores, que estabelece normas gerais de utilização, como direitos dos usuários e deveres de provedores, por exemplo. Como tramita em regime de urgência, a matéria está “trancando” a pauta de votações da Câmara desde outubro. Mesmo assim, devido à falta de acordo, a previsão de líderes dos partidos é que a matéria só seja analisada no plenário no ano que vem.

    O relator decidiu incluir nas “disposições preliminares” que a disciplina da internet segue “a liberdade dos modelos de negócios […] desde que não conflitem com os demais princípios estabelecidos nesta Lei”.Entre as alterações feitas por Molon, o novo relatório procura deixar claro que os modelos de negócio das empresas não sofrerão interferência desde que sigam os princípios do regulamento, como a chamada “neutralidade da rede”.  A neutralidade impede que provedoras de internet façam distinção de conteúdo, origem e destino ou serviço, oferecendo planos que permitam aos usuários utilizar, por exemplo, somente acesso ao e-mail ou a redes sociais.

    “Esse trecho desmonta o argumento falacioso de que o Marco Civil proibiria a venda de velocidades diferentes de acesso à internet. O Marco Civil nunca proibiu isso, e esse trecho deixa isso claro. Pode vender pacote de velocidade diferente”, afirmou Molon.

    Segundo o deputado, o trecho é resultado de acordo com as empresas de telecomunicações, que estariam argumentando que a neutralidade da rede acabaria com a atual venda de pacotes com velocidades diferentes. A neutralidade também tem sido criticada, principalmente, pelo líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ).

    O novo texto também mantém trecho criticado por Cunha que estabelece que o Poder Executivo poderá editar decreto que determine a obrigatoriedade de que empresas de internet instalem datacenters no Brasil para o armazenamento de dados dos internautas. O armazenamento de dados no Brasil era um pedido do governo federal após as denúncias de espionagem por parte dos Estados Unidos.

    Honra
    Segundo relator, o novo texto também garante que conteúdos publicados na internet que possam ferir a honra de indivíduos poderão ser levados a juizados especiais a fim de que possam ser retirados do ar com mais celeridade.

    O texto anterior estabelecia apenas que as empresas que oferecem conexão ou sites de aplicações só seriam responsabilizados por conteúdo publicado por terceiros caso se recusassem a retirar o material a rede.

    Pelo novo relatório, também fica garantido  que, mesmo sem determinação judicial, sites sejam obrigados a retirar do ar conteúdo de nudez ou sexo feitos sem a devida autorização de uma das partes envolvidas.

     

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