PF prende Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa, por suspeita de aliciamento violento de eleitores

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Lauremília é suspeita de indicar pessoas para cargos na prefeitura em troca de acesso a bairros periféricos da capital controlados pelo crime organizado

Lauremília e Cícero Lucena. | Foto: Reprodução/Instagram

A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi presa na manhã deste sábado (28) pela Polícia Federal (PF), na 3ª fase da Operação Território Livre. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Eleitoral, a partir de uma investigação que apura o aliciamento violento de eleitores e organização criminosa na disputa municipal.

Lauremília é chefe de gabinete do seu marido e atual prefeito da cidade, Cícero Lucena (Progressistas), que busca a reeleição. Além da primeira-dama, sua secretária Tereza Cristina Barbosa Albuquerque também foi presa. Outros dois mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos na Operação, que conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO).

De acordo com a PF, Lauremília é suspeita de indicar pessoas para cargos na prefeitura em troca de acesso a bairros periféricos da capital. Para isso, a primeira-dama teria contatos com pessoas ligadas ao crime organizado que detém o controle dessas áreas.

Em nota, o prefeito Cícero Lucena se manifestou sobre o caso. Segundo ele, sua esposa foi vítima de uma “prisão política” é uma “vítima de injustiça”.

Família na mira

No último dia 19, na 2º fase da Operação Território Livre, a PF prendeu a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), então candidata à reeleição, suspeita de integrar um esquema criminoso para coagir moradores a votarem em determinados candidatos.

Este último fato, implica ainda a filha de Cícero e Lauremília, a secretária de Saúde da cidade Janine Lucena, que passou a ser investigada por suposto elo com lideranças da facção Okaida. Essa apuração, no entanto, é de outra Operação, a Mandare, também da PF.

No dia 19, o portal Uol divulgou trechos de uma conversa interceptada, atribuída ao líder da facção e a Janine, sobre um suposto acordo de troca de cargos por acesso aos bairros da capital comandados pelo crime.

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