Há inúmeras dúvidas que surgem da decisão do procurador Deltan Dallagnol de não entregar seu celular para perícia. Há as questões processuais, os arranjos com Sérgio Moro e com outras instâncias. Mas há uma série de dúvidas extra-processuais.
Razão 1 – poderia conter as negociações para palestras, envolvendo cachês milionários bancados por instituições de mercado, associações e empresas em geral.
Para um inimigo de Deltan que se dispusesse a utilizar o ferramental desenvolvido pela Lava Jato, bastaria levantar o nome de uma empresa, eventualmente beneficiada por decisão sua, e relacionar com algum evento que gerou cachê para ele. Mesmo que não houvesse nenhuma relação de causalidade.
Afinal, até hoje Deltan jamais divulgou a relação de palestras pagas, menos ainda a tal fundação que, segundo ele, seria financiada por suas palestras para combater a corrupção. Até agora, o único dinheiro que tentou direcionar para a fundação foi o da Petrobras.
Razão 2 – as conversas em torno das delações premiadas.
Até hoje, a Lava Jato não se viu com a obrigação de esclarecer as negociações entre o advogado Carlos Zucolotto e Tacla Duran, na qual se diz que o acordo passaria pelo DD. O único nome que se adaptaria à sigla era o de Deltan. Há boa probabilidade de Zucolotto ter se valido disso em conhecimento de Deltan. Mas, já se diz sobre a mulher de César, que não devem pairar dúvidas. O celular seria uma boa maneira de espanar as dúvidas sobre a conduta de Deltan.
De qualquer modo, se todo o conteúdo do celular estiver no dossiê Intercept, resta aguardar as próximas publicações do site.
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Há também a hipótese de que esses vazamentos sejam fogo amigo, e que essa historia de hacker seja somente mais uma mentira desse pessoal, dessa feita para tentar conter o “tsunami”.
Um amigo que gosta de filme francês ja sugeriu: cherchez la femme!
Intimado pela PF para entregar meu celular por causa da investigação iniciada contra mim a pedido dos vagabundos da Embaixada dos EUA não fiz o mesmo que Deltan Dellagnol e Sérgio Moro. Eu não tinha nada a esconder. O que eles querem impedir a PF de descobrir?
Ninguem jamais TE imaginou corrupto, Fabio.
O conteúdo integral do celular do Deltan Dallagnol não pode estar no dossiê Intercept pois o dossiê só há informações de 2015 a 2018.
Perguntaram ao Marco Aurélio se ele não estava com medo de ter sido hackeado. Ele respondeu:
“Não, eu sou um cidadão, sou homem público, devo contas aos contribuintes. Não tenho nada a esconder. E não mantenho diálogos fora do processo com as partes”.
O celular do Deltan já condenou o Moro, o Fux e agora vai condenar o Dallagnol.
Uma possível explicação pode estar escondida em uma pequena nota da coluna de Lauro Jardim, no Globo e publicada em 13 de junho de 2019.
De autoria de Gabriel Mascarenhas, a nota tinha como título:
“Hacker ficou pelo menos 48 horas com livre acesso a arquivos de Deltan”
https://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/hacker-ficou-pelo-menos-48-horas-com-livre-acesso-arquivos-de-deltan.html
Nela, constava o seguinte:
“Deltan Dallagnol contou a amigos que o hacker responsável pela invasão ao seu Telegram ficou pelo menos dois dias com livre acesso à conta sem que o procurador soubesse.
No momento em que descobriu a violação, Deltan identificou que o invasor estava terminando de baixar seus arquivos. Na tela, uma mensagem informava que um download estava sendo finalizado.”
A nota, acima, plantada na coluna de Lauro Jardim pode explicar muito coisa, menos aquilo que ela pretende que é a atribuição dos vazamentos dos diálogos entre Dallagnol e Sérgio Moro, e divulgados pelo The Intercept, a pretensos hackers.
Qualquer um que possua um celular, um tablet ou um computador já se deparou inúmeras vezes com a mensagem que Dallagnol atribui a uma ação oculta de hacker. O download é um processo de transferência de informações que vem do exterior para o interior do dispositivo em questão. É uma das coisas mais comuns em qualquer um desses dispositivos. Muitas vezes, mas nem sempre, um download é executado por iniciativa do próprio portador do dispositivo. Outras vezes, entretanto, downloads de atualização são concluídos por iniciativa dos programas ou aplicativos instalados no dispositivo.
Dallagonl para ter a suspeita de que seus arquivos estivessem sendo surrupiados de seu celular precisaria ler a palavra “upload” e não a palavra “download”.
Assim, nada mais lógico, além das possíveis motivações citadas pelo Nassif, o porquê do receio expresso por Dallagnoll para a submissão seu dispositivo a alguma forma de perícia. Ainda que perícia amiga, realizada pela PF, subordinada ao seu amigo Sergio Moro.
A nota plantada na coluna tem, e tinha, a função de confundir e não de esclarecimento. Dallagnoll se mostra um bom aluno do Chacrinha.
Antes de sair atrás de qualquer trio-elétrico que vai passando, seria bom considerar algumas coisas.
Alguém pode afirmar, com segurança, quem é realmente esse Glenn Greenwald? Não dizem que toda unanimidade é burra? Mais que burra é perigosa. Que tal perguntarem ao Pepe Escobar o que ele sabe sobre o cara? Parece que ele não pensa que o GG seja o Batman da esquerda.
Dizem que do material entregue pelo Snowden, o GG vazou 5% e sentou em cima dos outros 95%.
Fará o mesmo com a lava-jato?
A proposta de parceria com a Globo é muito estranha. O que ele pretendia, de fato?
¡Ojo!
Poderia o TIB encurralar a globo ao escolher passar para ela trechos que direta ou indiretamente a comprometessem. Como ela ficaria se fosse colocada nesta situação? Iria o TIB lhe soltando trechos e a globo se animando (viu como o Reinaldo Azevedo ficou contente por ser um divulgador?) e destacando em seus telejornais e quando chegasse na hora de soltar trechos comprometedores a ela, a platinada travasse. A coisa iria ficar assombrosa para ela. O TIB não disse que tem revelações que mostram a globo como parceira da LJ?
Agora se for fazer isto através do UOL/FSP, como parece que o TIB está se arranjando para inclusive dar maior abrangência às mensagens, a globo vai fazer o que? A novela só começou.
A demora também, é muita entrevista e pouca ação, ou ele abre os arquivos e manda a privacidade, que essa turma não respeitou dos investigados, inclusive da d. Marisa, as favas e mostra tudo, ou vai ficar esse suspeita, lembram dos Panamá papers?
Acho que no momento Pepe Escobar está contribuindo para dividir e não para somar.
Se você não sabe quem é Glenn Greenwald, deve saber quem é a Globo, quem são os Marinhos, quem é Moro, quem é Dallagnoll, quem é Bolsonaro.
Se Greenwald vier, no futuro, a pisar no tomate, mudem-se as atitudes.
Greenwald não é um revolucionário esquerdista. No momento, Greenwald encontra-se em uma batalha contra a Globo que já demonstrou ter sentido a pancada e está revidando forte, inclusive com ameaças, nas entrelinhas, de dedurar um suposto crime de Greenwald junto a autoridades americanas. Crime este supostamente encoberto pela Globo que o teria assumido para si.
Neste momento, os questionamentos de Pepe Escobar só ajudam à Globo, Moro e CIA.
Essa esquerda que na hora H resolve questionar a lealdade de um aliado, para mim, já deu.
É conceituado jornalista, ganhador do prestigiado prêmio Pulitzer e, até prova em contrário, um homem honesto. Greenwald está mostrando q é um verdadeiro jornalista do mesmo nivel de Bob Woodward e Carl Bernstein do caso watergate. Os q se arvoram em ser jornalistas no Brasil nunca foram, não passam de uim bando de puxa saco do patrão.
Najila não apresentou o tablet e Dallagnol não apresentou o celular… mas o tablet do neto falecido do Presidente Lula eles levaram. Já devolveram? Devolveram consertado e íntegro, pelo menos?
Detalhe é que a PF que o investiga está sob o controle de seu comparsa. Imagino que ambos não confiem na instituição.
Tem as negociações entre um tal de DD e o Tacla Duran, reduzindo a VENDA de sentenças na farsa jato de 15 para 5 milhões
As ameças que ele fez a família da advogada Cata Preta, e que ocasionaram a saída dela dos acordos e se refugiar com a família nos EUA
As ameças que ele fez a família do Tacla Duran, e que ocasionaram a saída dele e família para a Espanha.
As negociações para a venda de outras sentenças da farsa jato, ao menos 7 penas reduzidas.
e inúmeros outros crimes
Sérgio Moro é um caso de internamento, ou prisão. Ele dizer que um juiz mandar o Ministério Público forjar uma denúncia é normal se assemelha a um molestador de crianças que dissesse não ver nada de anormal nos atos criminosos que pratica. Como alguém já disse, o poder corrompe, mas o poder absoluto corrompe absolutamente!
Algo me diz que esse celular vai sumir…
nada melhor do que culpar um mão leve… e é o que não falta neste pais.
Eugênio Aragão destrói tese de violação de privacidade: São de celulares funcionais!
O ex-Ministro da Justiça e membro do Ministério Público Federal de 1987 até 2017 explica que as conversas de procuradores e juízes via iPhones funcionais passam por servidor institucional e devem, com exceções, ser transparentes ao público.
Então Dallagnol tem de entregar o celular público, ainda que encontrem nele os detalhes de seus contatos/contratos de palestras para empresas, contatos com advogados da indústria de delação ou consultas a bancos para abrir a conta da fundação criança esperança da lava jato.
https://jornalistaslivres.org/eugenio-aragao-destroi-tese-de-violacao-de-privacidade-sao-de-celulares-funcionais/
Resumão, pra quem ainda não entendeu:
– Moro só poderia garantir a prisão de Lula, se Teori saísse de cena.
– Teori, ministro do Supremo, era crítico da Lava Jato. Ele poderia reconhecer a inocência de Lula, mas sofreu o único ‘acidente’ de avião em 2017.
– O delegado da PF que investigava a morte de Teori foi assassinado por um frequentador do Clube de Tiro .38, o mesmo clube que os Bolsonaro frequentam.
– Adélio, autor da facada, foi a este mesmo clube no mesmo dia que Carlos Bolsonaro foi.
– Adélio estava desempregado, mas teve dinheiro para pagar 600 reais por uma hora no Club, ficar hospedado por vários dias em Florianópolis, viajar para Juiz de Fora e também pagar 400 reais em dinheiro vivo para se hospedar numa pensão.
– Após estar no mesmo local de Adélio, Carlos Bolsonaro também foi para Juiz de Fora acompanhar uma passeata do pai, coisa que ele nunca fazia.
– Uma semana depois da facada, a dona da pensão morreu e também um outro antigo hóspede foi encontrado morto.
– O Assassino de Marielle é vizinho de Bolsonaro, na Barra.
– Os filhos de Bolsonaro já prestaram inúmeras homenagens a policiais milicianos, condenados pela Justiça, acusados de matarem a Juíza Patricia Acioli, em São Gonçalo, que era rigorosa com a milícia.
– A família Bolsonaro contratou vários desses milicianos e seus familiares como assessores.
– Moro prende Lula em segunda instância, em acordo com os desembargadores do TRF4 em tempo recorde e sem provas, inviabilizando a sua candidatura. A prisão é ilegal, mas Moro atropela a Constituição e faz valer o interesse político.
– A seis dias do segundo turno das eleições, Moro divulga o conteúdo de parte da delação de Palocci, que foi desprezada pelo MP por falta de consistência e provas, com acusações contra Lula, interferindo no andamento da eleições.
– Moro torna-se Ministro do governo Bolsonaro.
– Moro recebe promessa de indicação de Bolsonaro à próxima cadeira do STF, ainda no exercício do cargo de juiz.
As informações acima foram amplamente publicadas na mídia e reunidas nesta postagem.
Por Tulio Norte
Deixa ele pensar que sem entregar o celular fica invisível…
já é tempo de se atualizar os dicionários online
O celular do Deltan é público, ou seja, é do estado brasileiro, foi nós que compramos, de modo que ele não tem o direito de não entregá-lo a perícia.
Toma na marra.
É problema no sistema operacional Android.
Meu taratátá avô, índio da tribo dos Cariús, já ensinava: quem não deve não teme.
Provavelmente neste final de semana teremos a segunda leva de vazamentos pelo Intercept. Deixa entrever o Glenn Greenwald que de tão carregada, deixará as demais ociosas. Ou seja: a porca torcerá o rabo se não for bicó.
Os estoques de Rivotril e Imosec já estão em falta.
é o autoproduzir-se caso se modifique por descuido os parâmetros de recebimento, envio e troca de informações…
o que os fabricantes dessas miudezas valiosas, mas em desordem, mais querem é a visibilidade total, insegurança, calça arriada
aí fode a privacidade de todo mundo automaticamente, sem que percebam, na ida e na volta
todo cuidado é pouco ao digitar uma senha, por exemplo, pois é no desacordo que se ativa e, pasmem, visando proteger o usuário, o ser “chipado”, um crente consciente feliz por invisível para outros
mas vamos em frente, pois o aprendizado de todas as partes dessa nova era nunca deixará de ser bom para todos
no fundo, são muitas as respostas…
mais a ver com a funda ou com funda?
(melhor reler o belo resumão
que postou o waldeci)
Dallagnol fez muito bem em não entregar o celular para a polícia.
Com isso ele permite que a polícia e a justiça quebrem o sigilo de suas comunicações. A desculpa que ele dá para justificar suas patranhas alegando a ocorrência de vazamentos, hackers, invasores ou tentativa de forjar-se prova ilícita contra ele, cai por terra.
As provas contra ele se farão espontaneamente e de forma legal.
Acho que a pergunta correta é: “porque a perícia ainda não tomou o celular de Dallagnol para investigar”?
Hacker, aqui. É verdade este bilete.
Bom dia Nassif,
Como funciona a aquisição, entrega e devolução dos aparelhos corporativos?
Pelo que sei até o momento o material do The Intercept vai de 2015 a 2017.
Houve troca ou descarte de aparelho de algum envolvido?
E se houve é possivel que alguém tenha sido descuidado e deixado tudo lá.
Se isso ocorreu e alguém teve acesso e repassou é crime? E se caso isso aconteceu esse material pode ser utilizado como prova
Acho que a razão pela qual ele não entrega o celular para perícia é a possibilidade de formalizar as provas contra si, confirmando o material vazado. Em um eventual processo contra ele, vazamentos são provas ilícitas, material obtido em perícia não! Tá numa enrascada, para provar que houve hackeamento, acaba produzindo as provas contra si mesmo.
Pelo que sei o dinheiro das palestras é doado ao hospital infantil de Curitiba. Deve ter comprovantes até para justificar entrada e saída no imposto de renda.
E se um juiz do supremo, provocado pelas noticias e algum advogado, abrisse o inquérito contra o ministro e aolicitasse ao telegram e ao WhatsApp a integra das contas?