Em visita ao Brasil, a presidente da Comissão Europeia Ursula Von Der Leyen prometeu diversos investimentos no País e afirmou que chegou a hora de concluir acordo bilateral entre União Europeia e Mercosul, o que deve acontecer até o fim do ano.
Von Der Leyen foi recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, nesta segunda-feira (12). Esta é a primeira visita de um chefe do Executivo da União Europeia nos últimos 10 anos.
Em seu discurso à imprensa, a presidente do bloco europeu afirmou que a parceria com o País é natural e opcional, mas que a intenção da visita é “levar a parceria estratégica a outro nível”.
Investimentos
A líder comentou que a União Europeia já é o principal investidor da América Latina e que, por meio do Global Gateway, projeto criado por Ursula para impulsionar a infraestrutura em países em desenvolvimento, vai destinar 10 bilhões de euros à América Latina e Caribe, fora os investimentos privados e de países membros do bloco econômico.
Ursula elogiou ainda a liderança de Lula, pois reconhece os compromissos do líder brsileiro com as questões climáticas e na proteção da biodiversidade. Assim, anunciou a doação de 20 milhões de euros ao Fundo Amazônico e um projeto de 430 milhões de euros para o combate do desmatamento e promoção do uso sustentável da terra.
Protecionismo
Lula, no entanto, ressaltou a insatisfação em relação às negociações para o acordo entre Mercosul e União Europeia. “Expus à presidente Von Der Leyen as preocupações do Brasil com o instrumento adicional ao acordo, apresentado pela União Europeia em março, que amplia as obrigações do Brasil e as torna objeto de sanções em caso de descumprimento.”
Para o chefe do Executivo, a premissa que deve existir em parceiros estratégicos é a da confiança mútua, não de desconfiança e sanções. “Em paralelo, a União Europeia aprovou leis próprias, com efeitos extraterritoriais, modificando o equilíbrio do acordo. Essas iniciativas representam restrições às exportações agrícolas e industriais do Brasil”, continuou Lula.
O presidente espera ainda firmar uma parceria digital com os países do velho continente, para impulsionar as áreas de tecnologia da informação, regulação do espaço digital, 5G e semicondutores.
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