Lula espera retomar o volume de transações comerciais após visita de Maduro ao País

Em 2015, o fluxo de transações comerciais era de US$ 6,6 bilhões, valor que hoje não chega a US$ 2 bilhões

Maduro visita o Brasil após hiato de oito anos. Crédito: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta segunda-feira (29), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto, que está no Brasil para participar da cúpula de líderes da América do Sul, realizada nesta terça-feira (30).

Maduro visita o País pela primeira vez após um hiato de oito anos, fato que foi comemorado por Lula, tendo em vista que o vizinho foi descrito como um “parceiro excepcional”.

Até 2015, ainda no mandato de Dilma Rousseff (PT), o fluxo de transações comerciais era de US$ 6,6 bilhões, valor que hoje não chega a US$ 2 bilhões, segundo o presidente brasileiro.

Declarações

“Depois de oito anos, o presidente Maduro volta a visitar o Brasil e nós recuperamos o direito de fazer política de relações internacionais com a seriedade que sempre fizemos, sobretudo com os países que fazem fronteira com o Brasil”, observou Lula.

Já Maduro afirmou que os líderes tiveram uma “boa, proveitosa e larga conversa” com Lula e toda a equipe, em que relembraram a época de ouro das relações Brasil-Venezuela, além de agradecer a recepção.

“Estamos preparados para que retomemos as relações virtuosas com os empresários brasileiros. A Venezuela está de portas abertas, com plenas garantias para todo o empresariado para que voltemos ao trabalho conjunto. Acredito ser muito positivo. Nós amamos a história do povo brasileiro, a força e alegria espiritual. Que nunca mais ninguém feche a porta. Brasil e Venezuela tem que estar unidos, daqui para frente e para sempre”, afirmou o presidente venezuelano.

Integração

Lula aproveitou a oportunidade ainda para defender a Venezuela das sanções impostas pela comunidade internacional, porque “é inexplicável um país ter 900 sanções porque outro país não gosta dele” e que os “nossos adversários vão ter que pedir desculpas pelo estrago que ele fizeram na Venezuela”.

“Briguei muito com companheiros social-democratas europeus, com governos, com pessoas dos Estados Unidos. Achava a coisa mais absurda do mundo, para as pessoas que defendem democracia, negarem que você era presidente da Venezuela, tendo sido eleito pelo povo. E o cidadão que foi eleito para ser deputado ser reconhecido como presidente”, continuou o chefe de Estado brasileiro.

Diante deste cenário, Lula afirmou que o governo buscará integração plena entre os dois países, que a América do Sul tem de trabalhar como um bloco, já que nenhum país vai resolver sozinho os problemas que perduram há mais de 500 anos.

Lula também é favorável à entrada da Venezuela ao grupo dos Brics, atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O petista se dispôs a levar a solicitação formal da Venezuela ao grupo, se houver solicitação formal.

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Camila Bezerra

Jornalista

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