Saúde terá R$ 42 bilhões com programa de reindustrialização

Programa almeja reduzir a importação de medicamentos e insumos, que custa aproximadamente R$ 100 bilhões por ano aos cofres públicos.

O presidente Lula, no lançamento da estratégia para o desenvolvimento industrial da saúde. Crédito: Ricardo Stuckert.

O Governo Federal lançou, nesta terça-feira (26), a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, programa que prevê R$ 42,1 bilhões de investimento no setor até 2023 e tem como principais pilares a ampliação de acesso aos serviços e redução da vulnerabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o SUS conta com 4% de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) para atender 75% da população brasileira.

Mas, a partir da política de “neoindustrialização baseada na inovação”, nas palavras de Alckmin, o setor vai contrar com o investimento de R$ 42,1 bilhões, dos quais R$ 9 bilhões estão previstos no Novo PAC, R$ 6 bilhões virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 4 bilhões serão encaminhados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 23 bilhões são previstos como aportes da iniciativa privada.

Fim da era antivacina

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que, entre os investimentos prioritários, o governo vai destinar R$ 2 bilhões ao Complexo Biotecnológico de Santa Cruz, a fim de quadruplicar o investimento em vacinas e tornar o Brasil autônomo também na preparação de soros e hemoderivados.

De acordo com o Planalto, o setor da saúde representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB), garante a geração de 20 milhões de empregos diretos e indiretos e responde por 1/3 das pesquisas científicas no país. No entanto, o País gasta US$ 20 bilhões (aproximadamente R$ 100 bilhões) por ano com a importação de insumos e medicamentos.

“Temos o SUS que é uma fonte de garantia da nossa produção no sistema de saúde. Portanto, quem tem mercado, não tem que ter problema. A gente vai consumir grande parte daquilo que a gente produz aqui mesmo. E Deus queira que a gente produza mais, porque a gente vai construir uma aliança forte na América do Sul, na América Latina, com o continente africano e a gente pode repartir, vendendo isso a preços acessíveis para os países que ajudarem a gente a produzir. É esse o país que nós queremos construir”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante o lançamento da estratégia.

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