
Diante dos anúncios de fiscalização e atuação das Forças Armandas nas eleições, o Tribunal de Contas da União (TCU) questionou diretamente o Ministério da Defesa sobre a apuração paralela que os militares pretendem fazer nas 385 urnas eletrônicas nas eleições de outubro, por meio de um ofício enviado nesta quarta (21).
Os questionamentos foram enviados pela secretária-geral de Controle Externo do órgão, Dione Barbosa. Ela quer saber se ocorrerá a apuração paralela, quais serão os critérios utilizados e quais os objetivos dos militares com isso. Entre as perguntas, o TCU questiona o que as FA farão caso os dados colhidos dos 385 boletins de urnas divirjam dos resultados oficiais.
Segundo os quartéis, essa amostra garante índice de confiabilidade de 95%. Porém, a contagem do Tribunal usará aproximadamente 4650 urnas. Isso é 1% do total e o número é 10 vezes maior que a quantidade de aparelhos que serão levados em conta pelas Forças Armadas.
Notícia divulgada pela Folha de S.Paulo no início mês dava conta que militares teriam feito um “acordo” com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, para realizar a contagem própria dos votos no pleito deste ano. O Tribunal Superior Eleitoral desmentiu a existência de um acordo, mas confirmou a possibilidade de contagem parelela por qualquer cidadão ou instituição.
Planalto questiona lisura das eleições

Os quartéis se propuseram a fazer checagem paralela sob influência do presidente Jair Bolsonaro, que se acostumou a questionar a lisura do processo eleitoral de daqui duas semanas. A desconfiança do mandatário se intensificou principalmente com a rejeição pelo Congresso Nacional da PEC do Voto Impresso.
Nunca houve na história do Brasil qualquer prova de fraude nas eleições realizadas com o instrumento eletrônico. Bolsonaro nunca apresentou dados ou fatos que evidenciassem suposta insegurança das urnas.
Prazo
O TCU deu cinco dias para que o Ministério da Defesa responda aos questionamentos feitos.
LEIA: O Lula de 2023 será um upgrade do Lula de 2008, por Luis Nassif
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Deveríamos criar um movimento para mandar os militares catar coquinhos (não com essas palavras, é claro) nesse tal “teste de integridade” que pretendem fazer, sabe-se lá com quais intenções. A Resolução TSE nº 23.710/22 estabelece que a participação do eleitor é voluntária. Proponho que quem for convidado diga “Não. Eu confio nas urnas eletrônicas e no TSE”. A recusa de boa parte dos eleitores seria um recado bem dado.
Taí uma boa idéia do Edmilson: levantar a # “diga não à contagem do exército”
O voto é secreto por determinação constitucional, pô. Qual parte será que o exército não entendeu?
Talvez os milicos só tenham lido as 4 linhas da carta magna, deve ser isso.