Nos elogios ao papa Ratzinger, falecido ontem, o mais recorrente foi sua coragem de ter renunciado ao papado. É uma interpretação nova ao termo coragem. Ele renunciou devido ao fracasso da Igreja católica, iniciada por seu antecessor, João Paulo 2o.
É impossível a qualquer movimento religioso prosperar sem a bandeira da esperança. Os neopentecostais têm a bandeira do conforto religioso e da teologia da prosperidade.
Houve tempos em que a Igreja católica tinha a bandeira da aproximação com o povo, levantada por João 23.
Conheci de perto – e de militância – as duas igrejas, a de antes e a durante o papado de João 23. A de antes era a Igreja imperial, dos grandes jogos políticos, disputando com a maçonaria o poder federal e nas menores localidades. Os jovens eram convocados para serem Cruzados Marianos, umas concepção semi-militar.
Em Poços de Caldas era representada pelo Monsenhor Trajano Barroco, que usava o instituto da excomunhão como arma política. E obrigou meu pai a sair da maçonaria para poder casar na Igreja com minha mãe.
Era a Igreja também dos Irmãos Maristas e seus colégios com internatos. Já havia pedofilia, mas o temor reverencial despertado pela Igreja blindava todos os abusos. O mais abusador saiu consagrado de Poços, inclusive com militância política em favor do PSD, e morreu consagrado no Colégio Marista de Brasília, com todos seus crimes não saindo dos limites dos cochichos entre alunos.
Foi esse bolor pestilento que João 23 começou a espanar com suas encíclicas, espalhadas em Poços de Caldas pelas freirinhas maravilhosas do Colégio São Domingos.
De repente, a parte mais idealista dos jovens encontrava uma bandeira pela frente. No GGN, nosso grupo de ação católica, íamos conhecer de perto a realidade do Serrote, a favela mais pobre de Poços. Levávamos alimentos, ajudávamos nos mutirões para a construção de casas, e levávamos a mensagem de João 23 aos desassistidos.
Nas missas, os rituais em latim foram substituídos pelo português. Os celebrantes deixaram de celebrar de costas para os públicos. E renovaram-se as músicas. Cantei, cantei e cantei, em missas, casamentos, em Poços, em Santos, cantigas como “Andança”, “Morrer de Amor”, “Canção do Medo”.
De repente, tudo afundou. O Relatório Rockefeller, de 1969, apontando a Teologia da Libertação como ameaça aos Estados Unidos, o pacto infame entre João Paulo 2o e o governo Reagan, tudo isso pode ser lido no “Xadrez das insurreições bolsonaristas”. A Igreja, perto do povo, acabava com o temor reverencial e inibia a atuação dos padres pedófilos e das negociatas. Aliás, quem critica o negocismo dos pastores de hoje deveria ir atrás das histórias dos padres do começo do século 20, e os abusos de poder sobre fazendeiros e sitiantes crédulos.
Ratzinger foi uma continuação de João Paulo 2o. Morre como co-autor da maior derrota da Igreja católica, em um momento em que mudanças da mídia e dos hábitos preconizavam um mundo novo.
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Não posso concordar com isso. A entrada dos neopentecostais no Brasil começou financiada pelos militares logo a seguir da morte de Herzog e o culto ecumênico que se seguiu. O governo brasileiro, na intenção de tirar o poder da Igreja católica, patrocinou a compra de chalanas para levar os evangélicos para o MS e MT, enquanto o exército protegia a horda de pastores que invadiu as tribos da Amazônia, a ponto de haver índios que só falavam inglês. Ao mesmo tempo, João Paulo II, que foi o mais carismático papa do século XX, foi o primeiro a viajar ao Brasil e o fez várias vezes. quanto ao pacto com Reagan, é preciso considerar que ele vinha da Europa Oriental e não haveria coo não apoiar quem pudesse desfazer a Cortina de Ferro. Hassinguier não tinha mais carisma que um tijolo. Era um intelecutal, um pianista, não tinha a verve necessária. É só assistir o encontro com a juventudo no Estádio do Pacaembu, ue foi decepcionante.
Parabéns, Nassif. Finalmente foi-se essa pessoa nefasta, que além do mais acobertou pedófilos.
O título deste artigo é injusto, mas vai direto na questão central. De acordo que o papa alemão foi uma continuação do polonês. Ao mesmo tempo anticomunista e antineoliberal, senão como explicar o que a ICAR fez em Cuba pós fim da URSS e às vésperas de Hugo Chavez? Totalmente isolada no cenário mundial, Fidel e sua ilha receberam uma visita papal apoteótica irritando o TioSam.
No caso brasileiro é nítido que não ocorreu uma troca de religião (cristã), todavia de instituição. A estrutura da maioria das igrejas é episcopal com um bispo chefe que mamda. Em alguns com um papa sem título de papa.
Na verdade aqui, os protestantes se parecem católicos e vice versa cada vez mais.
É culpa do alemão?
A pedofilia é marca da igreja fundada no século quarto como uma joint-venture entre o poder romano decadente e uma elite financista de um certo ramo do judaísmo desde sempre. Combinou o gosto romano pelos bacanais e o modus operandi desses rabinos que nunca se importaram com seus seguidores – a pedofilia e o incesto sempre funcionaram como armas de coerção dessa igreja e só passaram a ser vistos como uma chaga a partir da invenção da infância na Europa do século XVIII; daí a impressão de serem coisa recente ou apenas esporádica em tempos anteriores. Essa gente sabe apagar a história há muito tempo…
Não foi só ele, por ele e culpa dele. Bento XVI foi um bispo, que atuou mais como cavalo do que um rei da Igreja. Renunciou exatamente por não conseguir administrar a polarização entre o conservadorismo, que se identificava, com o progressismo necessário a qualquer instituição que queira seguir adiante, e prosperar. Ratzinger foi vítima de si mesmo, o que comprova que não basta ser um intelectual para exercer quaisquer lideranças. Seu sucessor fracassou pelo estrelismo, mais vaidoso, do que literal, um artista consagrado presbítero, que conseguiu atuar sobre o trono de São Pedro. O Atual, Francisco, o bem-intencionado, tenta reerguer a Igreja, dos seus erros e sofrimentos, mas como fazê-lo, entre os seus tangos e os gospeis saltitantes, que emergem, no meio dos discípulos e protestantes.
Bia tarde Nassif,
Assisti a uma aula sobre a origem da “ideologia de gênero” na qual o professor (infelizmente não lembro o nome) relatou que Ratzinger ocupou papel central. Com uso de imagens de propaganda, em variados países, ficou evidente tratar-se de um movimento mundial alavancado pela ala ideológica do papa emérito.O professor ressaltou que não se trata de um conceito da direita mas de um slogan, uma palavra de ordem para criminalizar e silenciar o debate sobre violência machista e seu sistema de opressão e poder,
Você tem outros artigos sobre o tema? Acho um tema fundamental já que essa discussão não termina com o fim do atual governo.Obrigada.
Também concordo que o título não contempla toda a verdade. Pois, foi com João Paulo II que a Igreja Católica freia a aproximação verdadeiramente evangélica que o Concílio Vaticano II possibilitou em Medellun e Puebla com os pobres e injustiçados através da Teologia da Libertação. Para conferir, basta olhar as estatísticas de quantos pastores para cada padre vinham para o Brasil, também quais foram os expulsos por causa da sua atuação libertária nos anos 70 e 80.
Congregados Marianos.
Ao afastar a Igreja Católica da Opção Preferencial pelos Pobres e da Teologia da Libertação, João Paulo II, empurrou a massa mais pobre ,mais desinformada, massa perfeita para a demagogia criminosa dos falsos “Pastores Neopetencostais ” e provocou o crescimento ds “crentes”, dis “protestantes” dos Neopetencostais no Brasil”. Essa massa foi guiada cm facilidade para engrossar as fileiras do bolsonarismo. O Papa Francisco, tem uma visão cristã da Igreja e procura levar a Igreja Católica para o lado dos pobres, dos necesstados, condenanco com acidez e coragem, mas de forma delicada, a Exploração Capitalista. Como nos ensina a Bíblia não se serve a dois senhores, ou se serve a Deus, ou se serve ao Capitalismo sem regras e sem controle.
Bento XVI, ou Ratzinger, como queiram, foi apenas a continuação de João Paulo II, aquele que encheu praças mas esvaziou as paróquias, pela reação velada ao Vaticano II e a tudo o que significasse, na prática religiosa, Opção Preferencial Pelos Pobres. No Brasil, por isso mesmo, no mínimo os dois desestimularam as Comunidades Eclesiais de Base,fortemente presentes nas periferias pobres. Como consequência, abriram caminho, como alerta Nassif, para os neo-pentecostais. Como os cultos se realizam nos templos mas se vive do lado de fora o resultado está aí.
COMENTÁRIO FINAL RETIFICADO (DESCARTE OS ANTERIORES AQUI PUBLICADOS)
Ratzinger, o papa que entregou o 3º mundo aos neopentecostais, por Luis Nassif
“Ratzinger foi uma continuação de João Paulo 2o. Morre como co-autor da maior derrota da Igreja católica, em um momento em que mudanças da mídia e dos hábitos preconizavam um mundo novo”. – luis Nassif – [email protected] – Publicado em 31 de dezembro de 2022, 11:39
Minha opinião!
Não foi só ele, por ele e/ou culpa dele. Bento XVI foi um bispo, que atuou mais como cavalo, do que como um rei da Igreja. Renunciou exatamente por não conseguir administrar a polarização entre o conservadorismo, que se identificava, com o progressismo necessário a qualquer instituição que queira seguir adiante, e prosperar. Ratzinger foi vítima de si mesmo, o que comprova que não basta ser um intelectual para exercer quaisquer lideranças. Seu antecessor já havia fracassado pelo estrelismo, mais vaidoso, do que literal, um artista consagrado presbítero, que conseguiu atuar sobre o trono de São Pedro. O Atual, Francisco, o bem-intencionado, que foi eleito ao papado, após a renúncia de Bento, tentava reerguer a Igreja, dos seus erros e sofrimentos, a sombra do emérito, mas como fazê-lo, entre os seus tangos e os gospeis saltitantes, que emergem, no meio dos discípulos e protestantes, e de todo um clero de contradições.. Quiçá agora, baixada a sombra à sepultura, o Sol brilhe, sobre o Vaticano, ilumine a Igreja, esquente os espíritos, e o Papa Francisco consiga avançar, com a sua missão renovadora e revigorante, em Jesus Cristo.
Paz e Bem!
Marco Paulo Valeriano de Brito
Missionário Católico Franciscano – O.F.M. – Teólogo da Teologia da Libertação
Ainda bem que temos o Francisco. Espero que ele consiga dar conta do prejuízo causado pelos seus antecessores.
Para mim, leigo no assunto, Ratzinger foi claramente isso. Mas minha surpresa é sobre Paulo II. Também não podemos atribuir somente a líderes o andar das coisas. Uma cultura de domínio tão gigante e antiga como a igreja católica carece de muitas gerações para modificar-se.
Grande análise Luis Nassif, finalmente um pouco de oxigeno, depois de um dia inteiro, aqui em Itália, de elogios e propaganda em favour deste Papa que inspirou o Papa polonês na perseguição dos teologos da libertação. Quanta ignorância nesta Europa e no Atlantico Norte. Feliz 2023.
Nassif, me desculpe, as coisas não são assim na história do mundo. São forças sociais e econômicas imensas que empurram o curso do mundo para um lado ou outro. É impossível achar um culpado pela queda do Império Romano. São processos de longa duração, com vastas quantidades de energia social, econômica e política empregadas aqui e ali. Se a Igreja Católica perdeu a África, o que ainda não está definido, não foi por causa desse cardeal alemão conservador. Forças imensas movem o mundo e delas só temos nuances minúsculas, no nosso sempre limitado campo de visão. O eixo do PODER no mundo está se movendo para o Pacífico, na verdade está apenas voltando para lá, depois de 500 anos de domínio europeu-americano. A força mais poderosa em ação na África agora não é nem católica, nem pentecostal, nem sequer é cristã, é muçulmana. O cardeal Ratzinger mais pareceu um importante funcionário do palácio imperial romano, tentando impedir o colapso final da estrutura, que já desmoronava havia 200 anos.
Opus Dei: a reentronização da arrogância e prepotência do velhíssima nobreza espanhola mediante o uso da fé. Wojtyla e Ratzinger foram os expoentes.
“Ele renunciou devido ao fracasso da Igreja católica, iniciada por seu antecessor, João Paulo 2º.”
Absolutamente correta essa conclusão!
Não creio, porém, como creem alguns, que a sua renúncia tenha sido tão somente por motivo de “saúde” (debilitada em razão da idade avançada), eis que outros papas mesmo com sérios problemas de saúde permaneceram no cargo até a morte.
Há forte razões para crer que a abdicação de Bento XVI
se deu sob forte pressão interna e internacional diante do mar de lama em que se encontrava mergulhada a Igreja, agravada pela decadência moral, ética e disciplinar de membros do clero.
Excelente artigo, que ajuda a quem não é cristão a entender o movimento histórico da Igreja. Falta contar a história do GGN e de outros grupos semelhantes, seria muito interessante.
Não creio que seja a CIA.
Os neopentecostais cresceram pois a Igreja passou a tratar de política e vão perder espaço pois entraram na mesma enrascada.
Fora isto nas Igrejas neopentecostais os pastores tem a cara do povo e não são homens brancos da elite.
Outro fatorvé que a maior parte das pessoas não concorda com a agenda de costumes da esquerda e não me culpe , eles não concordam , simples assim, e por isto também a mídia tradicional perde espaço. .
Mas não frequento igreja digo isto pelas pessoas que conheço, gente real não teses de mestrado… 🙂
Não consigo entender este fonte “bold” e maior que o do artigo deste site …
a velha falacia de que existiria uma ideologia catolica “do bem” e outra ideologia catolica “do mal”. Toda e qualquer ideologia crista eh reacionaria e incompatível com a vida em sociedade. Nenhum ser humano seria cristão se nao tivesse sofrido uma lavagem cerebral ao longo da infancia, quando era incapaz de distinguir realidade de ficcao. Afirmar que em algum momento da história teria existido um “cristianismo do bem” equivale a dizer que pode existir um “nazismo do bem” ou um “racismo do bem”.
Li aqui que a igreja católica deixou de estar próxima aos mais pobres. Não acredito que se deva apenas a esse fator. As próprias igrejas pentecostais não perceberam os males que essa teoria da prosperidade, que apregoa ser possível viver nessa vida com todas as riquezas materiais e não com o “tesouro no céu” conforme ensinado por Jesus. Em que a prosperidade envolve valores e ações celestiais e, portanto, eternos. Muitos dos pastores que estão atrelados ao bolsonarismo não vieram do catolicismo, mas vieram, sim de um desvio dos evangélicos pentecostes, que não fazem do dinheiro cavalo de batalha para o crescimento de suas denominações. Esses ainda crêem no evangelho que salva, cura, liberta e leva para o céu. Os neopentecostais transformaram a fé protestante em balcão de negócios. E isso não é só porque o catolicismo falhou. Pastores pentecostais também falharam por não combater o neo-pentecostalismo no nascedouro, isto é, quando começaram a aparecer dentro de suas fileiras.
Feliz 2023 para todos…
A análise feita aqui por Nassif, de modo bem suscinto, está muito próxima daquelas feitas por especialistas no assunto… o que falta aos nossos comentaristas aqui que divergem é a falta de conhecimento da Teologia da Libertação ou seu conhecimento menos raso… Amados Irmãos, cá entre nós, a infalibilidade papal é apenas uma questão técnica… não passa disso…
Esse, o Francisco não fará santo, às pressas…
Qual é o nome do “mais abusador”?
Vixe!
Excelente artigo. Pungente, fundamentado e construtivo. A Igreja Católica precisa ter a capacidade de resgatar a efetiva comunhão com a mensagem essencial do cristianismo, que é a dedicação à filosofia humanista. Creio que o caminho real é o renascimento da Teologia da Libertação, associado à fraternidade universal e à sinergia ecumênica.
Este artigo é a prova de que nossas experiências constroem a visão de mundo que temos. Surpreende que Nassif, tão crítico dos linchamentos públicos, atire para o lixo da história a figura gentil e humilde (cf disse ontem papa Francisco) de Bento XVI, um dos maiores pensadores do século XX (cf testemunho do próprio Leonardo Boff). Não tenho a pretensão de me contrapor a uma figura do porte de Nassif, atiro meu comentário a um universo cósmico apenas para desafogar o enorme sentimento de injustiça que me invade. Acreditar que a igreja católica perdeu terreno para o pentecostalismo por culpa de Ratzinger e João Paulo II é o mesmo que acreditar que o incompetente Bolsonaro chegou e se manteve no poder por conta própria. Lembro ainda na década de 90 de uma agência da Caixa Econômica próxima a um grande templo da igreja universal que precisava chamar o carro forte para recolher os depósitos que os pastores levavam após os grandes cultos. Mais tarde, construída a catedral da fé na hj avenida Dom Helder Câmara (sic), o dinheiro era recolhido de helicóptero… e assim cresceu o pentecostalismo, muito mais um projeto de ambição e poder do que uma religião. Do outro lado da avenida Dom Helder (que só por isso já não mereceria o seu nome) jazem corpos de seres humanos transformados em zumbis pelo vício do crack. Nas ruas é cada vez maior o número de pessoas que se abrigam sob as marquises. Nisso as igrejas pentecostais não têm mais sucesso do que a católica ou as tradicionais igrejas evangélicas. O sucesso se deve, para mim, a essa mistura de projeto de poder com uma moral mais do que flexível e por que não dizer hipócrita que é aliás o apanágio da sociedade brasileira e forjou o bolsonarismo cujo líder sai do governo com ofensivos 39% de aprovação. Sim, João Paulo II combateu o comunismo o que é perfeitamente compreensível vindo ele de um país comunista no qual a liberdade de religião era conspurcada e os direitos humanos vilipendiados (vale lembrar que o cardeal primaz da Polônia ficou anos em prisão domiciliar e o próprio Wojtyla era vigiado de perto). A crítica à teologia da libertação era em função de desvios conceituais e sempre se fez a ressalva de que a intenção era não só válida como necessária. Em contrapartida João Paulo II foi o Papa do compêndio da doutrina social da igreja o que lhe vale críticas acerbas por parte da extrema direita. Ratzinger não se considerava preparado para assumir o papado e isso ele sempre declarou desde o primeiro discurso quando se colocou como um humilde trabalhador na vinha e disse que confiava em Deus para suprir suas deficiências. Ele se considerava pequeno vindo após o “grande papa João Paulo II” e de fato talvez não tivesse esse carisma mas isso não invalida a grandiosidade do seu legado mais do que reconhecido como um dos maiores teólogos do século XX. Li vários livros sobre Ratzinger, ninguém é perfeito, mas a grande lição que me fica dele é a da humildade e gentileza, não vista da maneira vulgar como as pessoas invariavelmente observam, a roupa que usa, o sapato, mas a da atitude de respeito é consideração pelo outro. Você pode ser prepotente e arrogante usando uma simples caneta Bic
Deus é uma nota de 100, ops, bozo criou a de 200, pra facilitar o transporte!
Maria Cecilia Louzada, parabens!!, compartilho com seu pensamento, e acrescento minha admiração na postura de Ratzinger, como defensor da igreja catolica. Ele nao remunciou ao papado por escolha, mas por opção forçada motivada por forças ocultas divergentes as mudanças que ele pretendia. Algo bem conservador que contradizia a uma frente ideologica liberal financiada afim de destruir o cristianismo no mundo. Nassif tem uma visão pequena e regional , é incapaz de entender de forma global quem esta por tras de um momento historico importante no mundo. Ate sua origem levanta suspeita ao falar de teologia cristã.
https://agencia-brasil.jusbrasil.com.br/noticias/100338679/para-leonardo-boff-ambiguidades-marcam-a-historia-de-ratzinger
Quem defendeu Ratzinger e criticou a Teologia da Libertação foi o irmão do Leonardo Boff, em 2013, numa entrevista à Folha.
Muito prolixo; falou muito e não falou nada; o conteúdo distoa do prometido no título.
Quem matou o catolicismo na América Latina foi João Paulo II
O q se esperar de um papa que fora da juventude hitlerista? E o q se esperar de uma igreja que apoiou movimentos de direita pelo mundo afora? Como tradição e cultura, jamais deveríamos abominar as religiões, mas não podemos esperar delas atitudes q lhes coloquem em risco seus dogmas. Isso é burrice. A atitude cristã na sua essência carrega em si a indignação com as injustiças e o não conformismo com o estabelecido por determinações religiosas que se distanciem do humano. Quem levou alto o nome das grandes religiões pelo mundo foram aqueles q jamais se afastaram do caráter humano que cada religião ou crença deve carregar. Cristo usou o açoite no templo para afugentar os infiéis não se preocupando se seria defenestrado pelos fariseus ou mesmo por eles levado á cruz. Se assim não o fizesse, não seria Jesus lembrado até hoje.
Me parece o texto, mais o conto de uma experiência pessoal e muito particular, do que o relato de uma realidade que transcende o tempo. Evidente que a igreja católica permitiu o avanço da teologia da prosperidade imposta pela Cia nos continente s americanos, para combater a Teologia da Libertação. Mas a idéia do texto parece deixar e faz pensar que a culpa de todo esse retrocesso recaia sobre a fé católica e não sobre os criminosos, travestidos de “igreja”…
Nassif, objetivo e pedagógico.
Meio tarde e resumindo o que disse a amigo: experimentem ouvir uma missa e um culto. A quem vcs acham que o populacho vai ouvir?
Maria Cecilia Louzada, compreendo seu comentário, desde que já li THE NEW PAGANISM – FR JOSEPH RATZINGER (1958). Sim, o maior teólogo de nosso tempo e concordo planamente.
Ótimo artigo. Precisava ser esclarecido quem foi Ratzinger.
A fé verdadeira é mais um tipo de sentimento do que uma crença determinada — o sentimento de pertença a algo maior do que o mundo do qual temos consciência. Sentimento que as religiões oficiais distorcem. A degradação do cristianismo teve início quando um determinado imperador romano, necessitado de maior apoio político, percebeu que poderia conseguir o que pretendia adotando e oficializando o cristianismo como religião do Império (uma jogada de mestre!). E os líderes cristãos aceitaram o “acordão”… Um Sacro Império (sempre se atualizando)!
Capturar a história é uma mistificação
Des-mistificá-la é sinônimo de razão em sincretismo com emoção.
O ser Cristo fez revolução de mentes e corações, com a razão.
Era a essência da liberdade.
Sem a tal da social ou da democracia, pura prática da vida.
A técnica ou a emoção foi substituída por um ser incompreensível e cosmopolita.
Não houve machismo, capitalismo, socialismo, comunismo, qualquer que fosse a teoria.
Então, pervertido por dogmismos, a compreensão do ser livre em Cristo se esvai nos mortais.
Por mais que se queira aperfeiçoar repetições civilizatórias, a simplicidade cristiana (a partir de Cristo) se esvaiu no universo humano.
Será que uma simples religião católica conseguirá entender, refletir, reproduzir ou mesmo explicar este fenômeno incompreensível?
Cristo deixou um legado , que confundi-se com milagre…
Bom dia! Com todo o respeito, texto extremamente raso. No muito mostrou a raiva que existe do autor com a Instituição, pareceu mais um blog de opinião pessoal.
interessante
No dia 11/02/2013, Bento XVI anunciou sua renúncia, exatamente 84 anos após a assinatura do tratado de latrão. Se dividirmos 84 anos por 2 teremos 42 anos para cada testemunha, porém o animal não pisa no templo na vacância, então temos: Entre Pios 20 dias + 19 dias para João + 18 para Paulo + 20 Para João Paulo I + 18 Para JP II + 17 Para Bento XVI – Total = 112 Dias.
Se considerarmos João XXIII e João Paulo I como átrios então temos mais 1679 + 33 dias que o animal não pisa no templo.
Total = 1679 + 33 + 112 = 1824.
Bento XVI, para cumprir os 84 anos, precisaria de mais 1824 dias como Papa, porém como ele passou a ser meio Papa, precisaria do dobro destes dias.
1824 * 2 = 3648 dias.
31/12/2022 – 11/02/2013 = 3610 dias. (Data morte – data anúncio da renúncia)
Diferença de 38 dias (Levaria a data de 07/02/2023).
Conclusão: Bento XVI não quis fazer sua jogada pois sabia que levaria cheque-mate. Acabou perdendo por tempo – “Fim dos tempos”.
Impressionante. O Nassif fala com precisão sobre vários temas. Uma ou outra resposta. Só. Aí ele fala sobre uma doutrina tóxica e, olhem, o monte de gente discutindo uma lenda!😉🤣🤣🤣
Muito obrigada, Nassif. Como você, não o parabenizo, mas agradeço por sua análise cristalina sobre esse período da Igreja.
Vivi uma experiência rica em meio às CEBs no final dos anos 1980, mas que foi destruída por um bispo filo João Paulo II. Parabéns, Luis Nassif. Quem viveu esse tempo alviçareiro compreende com clareza seu texto.
A bandeira da aproximação com o povo, anteriormente empunhada pela Igreja Católica, seria suficiente para evitar o triunfo neopentecostal, com a sua bandeira do conforto religioso e da teologia da prosperidade?
A Teologia da Libertação seria suficiente para impedir o triunfo da Teologia da Prosperidade?
A condição para a continuidade do triunfo da igreja católica seria a não restauração do temor reverencial, o qual foi restaurado, dando fim à teologia da libertação (e à supremacia da igreja católica). O temor reverencial é cultivado nas seitas neopentecostais, havendo nelas negociatas e pedofilia? Se positivo, porque o que fez os pentecostais triunfarem fez os católicos sucumbirem?
Criou outra excrescência: os carismáticos católicos…
A igreja católica findou-se quando eliminou a teologia da libertação e abraçou a seita carismática. Vejo como uma seita o que acompanhei no meu entorno. As míssas com algum conteúdo foram substituídas pelas cantorias. Os jovens cantores ficaram mais relevantes que a palavra de Jesus. Este Jesus foi escanteio. Sai o novo testamento, o testamento Cristão e entra o velho testamento. Rapidamente a esperança e o amor ao próximo que está no novo testamento é substituída pelo horror e pelo medo do velho testamento. Volta o medo como diretriz religiosa. Vimos recentemente o governo das trevas, com armas sendo defendidas dentro das igrejas. Genocídios relativizados pelos “católicos e evangélicos”. E a boiada passando no que se refere a meio ambiente. Destruição rápida da mãe Terra.
Ps: Aqui onde moro, a prefeitura de rio das ostras, rj, em tempo recorde aprovou um resort. É o resort passando a boiada! O resort da prosperidade…