A espionagem na Guerra Fria na série The Americans

Por Marco St.

The Americans: Os espiões na Guerra Fria

EUA X Rússia: Melhores Momentos.

 

Se você gosta de histórias de espionagem (ao velho estilo pré-NSA), onde os agentes só teriam chances de se aproximar dos segredos dos inimigos através do relacionamento pessoal e da manipulação e omissão de informações, os agentes duplos, traições e sexo, o seriado The Americans torna-se absolutamente obrigatório.

Lançado em 2013 pelo canal FX, a série que começou sem muito barulho, começou a cair no gosto da audiência americana e mundial a cada novo episódio. Agora, já na segunda temporada, ganha elogios e reportagens especiais da mídia especializada e vai ganhando ares de cult entre os aficcionados.

A série criada por Joe Weisberg conta a história de dois espiões da KGB, em plena guerra fria da era Ronald Reagan (anos 80), e que se fazem passar por um casal americano vivendo nos subúrbios de Washington. Tentando manter seus disfarces, a medida que o tempo passa Phillip (Matheus Rhys) e Elizabeth (Kery Russel)  precisam contrabalançar  uma postura de casal juntamente com a de  espiões. Atendendo as exigências de seu governo eles têm como missão controlar a rede de informações entre os espiões que operam no país. Enquanto isso, os filhos do casal, sem desconfiarem da verdadeira identidade dos pais, vivem como dois típicos pré-adolescentes americanos.

 

A grande sacada da série é misturar fatos que realmente aconteceram, (como a tentativa de assassinato do presidente Ronald Reagan), com histórias ficcionais extremamente bem construídas. Em The Americans, seguindo uma tradição provavelmente iniciada com The Sopranos e que ganhou o mundo com Breaking Bad, não há vilões ou mocinhos. Nenhuma lição de moral gratuíta. Os espiões russos e os agentes do FBI vivem as mesmas situações e conflitos. Cometem as mesmas arbitrariedades e acertos. A série deixa até transparecer uma certa ética entre espiões. Algo impensável nos dias de hoje, com a espionagem eletrônica e invasiva que temos.

Do ponto de vista dramático a série é de tirar o folêgo, a atuação dos espiôes e seus métodos e recursos “old school” são sensacionais,  e ainda tem como brinde uma excelente trilha sonora com ícones dos anos 80 como The Cure, Echo, Bauhaus, Sisters of Mercy e etc.

Redação

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