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Redação

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  1. OS MORALISTAS SEM MORAL

    Dilma denuncia “golpismo escancarado” e diz que tentativa de impeachment é contra Bolsa Família e salário mínimo; acusa oposição de espalhar “ódio e intolerância”

    publicado em 13 de outubro de 2015 às 22:21 – VIOMUNDO

    Captura de Tela 2015-10-13 às 22.20.53

    por Luiz Carlos Azenha

    Em seu mais agressivo discurso contra a oposição até agora, a presidenta Dilma Rousseff disse, diante do décimo segundo Congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Anhembi, em São Paulo, que o que antes era apenas “inconformismo eleitoral” da oposição, diante da derrota de 2014, se transformou agora em “golpismo escancarado”.

    “Eu sou presidenta porque fui eleita pelo povo em eleições lícitas. Eu sou presidenta para defender a Constituição e a democracia tão duramente conquistada por todos nós”, afirmou a certa altura.

    Na audiência, além de sindicalistas, estavam os ex-presidentes Lula e Pepe Mujica, do Uruguai.

    A presidenta disse que a hora é de unidade e convocou os presentes a lutar pela democracia.

    Acusou a oposição de jogar “sem nenhum pudor” no quanto pior, melhor; “pior para a população, melhor para eles”.

    Dilma disse que, através das redes sociais e da mídia, os golpistas “espalham o ódio e a intolerância”.

    A essa altura, foi interrompida pelo público, que gritou “Fora Rede Globo, o povo não é bobo”.

    Ela afirmou que a oposição quer “encurtar seu caminho ao poder” usando fórmulas artificiais.

    “A vontade de produzir um golpe é explícita”, denunciou.

    Segundo Dilma, a tentativa de golpe não é contra ela, mas contra o projeto de inclusão social do PT, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e os aumentos do salário mínimo.

    “A sociedade brasileira conhece os chamados moralistas sem moral”, disse, alegando que parte disso se deve às políticas dos governos Lula e Dilma de fortalecer os órgãos de combate à corrupção.

    Perguntou: “Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias. Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa para atacar minha honra? Quem?”

    A presidenta não fez menção explícita ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que acordou com a oposição um rito que facilitaria o impeachment de Dilma. Cunha é acusado de ter abastecido contas secretas na Suiça com dinheiro de corrupção no esquema investigado pela Operação Lava Jato.

    Dilma lembrou que não há acusação formal contra ela e que as chamadas “pedaladas fiscais” foram atos administrativos utilizados por todos os governos que a antecederam.

    Ao encerrar, citou Pepe Mujica: “Esta democracia não é perfeita, porque nós não somos perfeitos. Mas, temos de defendê-la para melhorá-la, não sepultá-la”.

  2. ATÉ A XUXA EX-GLOBAL

    Xuxa critica Dilma Rousseff. A Xuxa? Aquela Xuxa?

        Data: 13 out 2015Por:   Apresentadora Xuxa, em seu programa na TV Record - Foto: Facebook

    Apresentadora Xuxa, em seu programa na TV Record – Foto: Facebook

    Na segunda-feira, a “professora” Xuxa quis dar uma “aula” para os baixinhos e desatou a falar de política. Criticou a presidente Dilma Rousseff contra a vontade, segundo ela, dos donos da TV Record, comandada pelo bispo Edir Macedo. Mas o que a apresentadora fez apenas sintetizou algo preocupante que muitos de nós, pais, estamos fazendo sem perceber: roubando a infância de nossos filhos.

    É legítimo falar mal da presidente Dilma, porque estamos numa democracia. Xuxa estaria certo, então, ao transmitir em rede nacional suas preocupações para com o Brasil, certo? Quem defende esse governo achará que não. Quem é contra não só a apoiará como dirá que ela foi leve nas críticas. Mas para quem é pai ou mãe deveria se preocupar, em primeiro lugar, em não tratar a política (ou qualquer outro assunto de adulto) de forma rasteira.

    No vídeo abaixo, produzido por alguém que capturou as imagens da televisão, vemos a apresentadora emitindo o seguinte comentário: “Estamos passando por um momento delicado, crise, mas preciso dizer, preciso colocar para fora, o povo não quer que eu fale, mas gente, pelo amor de Deus… Vento? Hello.” Nesse momento, ela estava ao lado da cantora de funk melodyLexa. Para ver o programa na íntegra, é preciso ser assinante do R7.

     

     

    Era parte do programa em comemoração ao Dia das Crianças. Xuxa apresentou um quadro que colocou crianças para dizerem o que pensam sobre assuntos da atualidade. E explicou que “reuniu um ministério particular, intelectuais, experts no assunto”. Sim, os convidados mirins se tornaram, para o bem da audiência do show, em especialistas e ministros de brincadeirinha.

    Justo a Xuxa, aquela que “nos anos 1980, com roupas mínimas, comandava o programa infantil de maior audiência da TV brasileira”, como afirmou a antropóloga Adriana Facina, da UFRJ. Se você tem filhos pequenos, veja se o que está acontecendo com eles não é muito do que a apresentadora quis reproduzir na TV aberta. Propor uma discussão sem embasamento, construída nas nossas visões ideológicas e partidárias do mundo, sem minimamente preparar as crianças para que elas entendam o que estamos querendo dizer é um desserviço. Foi assim nas eleições, tem sido assim nas manifestações contra e a favor de Dilma. Cidadãos ainda em formação passaram a reproduzir bordões sem ter a menor noção do que estão falando. Chegam da escola falando de política, de que Dilma é isso, Aécio é aquilo. São os professores? São os pais? Eles estão inventando? Como diria Xuxa: “Hellooooo”.

    O vídeo abaixo, do próprio R7 (o portal noticioso da Record), mostra que Xuxa levou as crianças convidadas para o camarim. No segundo 41, a repórter pergunta a um garoto e uma garota se eles já tiveram esse tipo de conversa com os pais. Eles negam, mas dizem que conversam entre os amigos, embora “a maioria deles não”. E depois a repórter responde por eles algo que deveria ser a lição de casa para todos nós adultos: “Vocês só brincam mesmo, né?”. Sim, crianças devem brincar e aprender brincando – e não servir de instrumento para nossas angústias, decepções e frustrações políticas ou quaisquer que sejam.

      http://farofafa.cartacapital.com.br/2015/10/13/xuxa-critica-dilma-rousseff-a-xuxa-aquela-xuxa/?utm_content=buffer516e6&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer  VIDEO %5Bvideo:https://www.youtube.com/watch?v=RGJu8an8nCk%5D

  3. Dilma no 12º Congresso Nacional da CUT:”é golpismo escancarado”.

     

    Dilma e o Golpe: a oposição não tem pudor

     Dilma: publicado 13/10/2015  Fonte: Conversa Afiada  Para Dilma, oposição envenena a opinião públicadilma___.jpg

    Dilma: Quem tem a biografia limpa o suficiente para atacar a minha honra?

     

    Nesta terça-feira (13), a Presidenta Dilma Rousseff fez duras críticas aos opositores do seu governo que, segundo ela, querem dar um Golpe para tirá-la do poder. Para a petista, “querem criar uma onda para encurtar o mandato sem fato jurídico nenhum”.

    “Essa tentativa [de Golpe] começou no dia seguinte à nossa vitória. O artificialismo dos argumentos é absoluto. Jogam sem nenhum pudor no quanto pior melhor. Há busca incessante da oposição de encurtar seu caminho ao poder. Querem construir e dar um Golpe”, afirmou Dilma.

    Para continuar: “É Golpismo escancarado. Eles votam contra medidas que eles aprovaram no passado. Nessa política [ do quanto pior melhor] não há limite nem pudor. Envenenam a população pelas redes sociais e na mídia. Espalham ódio e intolerância. O que era inconformismo por terem perdido a eleição transformou-se em desejo de retrocesso e ruptura institucional em Golpismo “, reforçou a Presidenta.

    Ao lado do Presidente Lula e do ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, Dilma participou da abertura do 12º Congresso Nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), que acontece em São Paulo.

    “Precisamos de estabilidade política porque hoje nós vivemos uma crise política séria, que nesse extato momento se expressa no terceiro turno dos nossos opositores”, reiterou a petista.

    Segundo ela, o discurso da oposição é contra o que a esquerda representa. “Querem chegar ao poder dando um Golpe com impedimento de um governo eleito pelo voto direto de 54 milhões de pessoas. O Golpe dos inconformados é contra o povo”.

    E finalizou: “Tenho a legitimidade das urnas, que me protege e a qual tenho o dever de proteger. Sou presidenta porque fui eleita pelo povo, em eleições lícitas. A sociedade brasileira conhece os chamados moralistas sem moral”

    Abaixo, outras frases da Presidenta:

    Vivemos um momento de dificuldades, de crise. Nos últimos seis anos o Brasil lutou para que a crise internacional (Não) tivesse um impacto terrível aqui.

    Usamos de todos os instrumentos para continuar gerando emprego. E atingimos o nosso limite orçamentário e tivemos que agora atingir o equilibrio fiscal.

    Apesar dos cortes, prezervamos políticas que contemplam os que mais precisam.

    Governamos para continuar gerando oportunidades.

    O Brasil vive um momento de transição em que as escolhas que faremos vão condicionar o nosso futuro.

    Estamos criando 1 milhão e 500 mil vagas no Pronatec. Mantivemos a política de valorização do salário mínimo.

    Represento a soberania nacional do pré-sal, o conteúdo nacional, o mais longo período de distribuição de renda.

  4. Proer deu R$ 1,25 bi para banco da família de Aécio que já estav

    Rede Brasil Atual

    Proer deu R$ 1,25 bi para banco da família de Aécio que já estava para falir

     

      

     

     

    Além de suspeitas de beneficiamento indevido de programa de FHC para favorecer o banco Bandeirantes, uma investigação sobre contas da família em Lichtenstein aguarda para sair da gaveta há oito ano        por Helena Sthephanowitz, para a RBA publicado 12/10/2015 16:02, última modificação 13/10/2015 00:02                 Além de suspeitas de beneficiamento indevido de programa de FHC para favorecer o banco Bandeirantes, uma investigação sobre contas da família em Lichtenstein aguarda para sair da gaveta há oito anos                 Waldemir Barreto-Ag. Senado /Banco Central-Divulgação / Tânia Rêgo – ABrproer.jpg

    FHC, Banco Central e Aécio Neves: papel do Proer no favorecimento a “amigos” ainda é nebuloso

    O ramo materno da família do senador Aécio Neves (PSDB-MG) beneficiou-se de dois rombos no sistema financeiro brasileiro, que o levaram a consumir R$ 1,25 bilhão de recursos do Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional), parte coberta pelos cofres públicos. Ocorreu entre 1996 e 1998, período em que o país era governado por Fernando Henrique Cardoso.

    Antes da história, uma explicação rápida: o Proer foi criado por FHC, sob o argumento de sanear o sistema financeiro, transferindo a parte boa de bancos quebrados para outros bancos considerados saudáveis, enquanto o Banco Central ficava com a parte podre, ou seja, o que levasse ao rombo e à quebra do banco. Digamos assim: foi um jeito encontrado para privatizar os lucros e socializar os prejuízos.

    Pois bem. Em seu segundo casamento, Inês Maria Neves de Faria, mãe do senador, uniu-se ao banqueiro Gilberto de Andrade Faria, já falecido, que à época era dono do extinto Banco Bandeirantes. Muito mais que limitar-se a ser a “primeira-dama” do banco, Inês foi acionista da empresa e fez parte do seu Conselho de Administração entre 1992 e 1998. Chegou mesmo a responder a processo administrativo, aberto pelo Banco Central por irregularidades e até a ser multada.

    O banco da família de Aécio foi um dos primeiros da fila a se dar bem com o Proer criado pelo governo tucano: ganhou – sem licitação – a parte “saudável” do Banorte, liquidado extrajudicialmente em maio de 1996. Resultado disso: o Bandeirantes ficou com 81 agências a mais e toda a clientela boa do Banorte, enquanto os cofres públicos ficaram com o rombo a pagar – o Proer de FHC liberou módicos R$ 1,256 bilhão para dar um “empurrãozinho” na operação e, assim, “garantir a reestruturação do sistema financeiro”.

    A aquisição do Banorte pelo Bandeirantes foi polêmica desde sempre. Em 2002, o juiz da 10ª Vara Cível do Recife, Luiz Gomes da Rocha Neto, anulou a venda, alegando em seu voto ter detectado sinais de favorecimento ao banco da mamãe Neves.

    Na sentença, reproduzida aqui de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, diz o juiz : “Em 24 horas decretou-se a intervenção do Banorte (…) estabeleceram-se bases e diretrizes da operação; preparou-se contrato (…) reuniu-se a diretoria do Banco Central; encaminhou-se o voto favorável do Bacen ao Conselho Monetário Nacional; que se reuniu na mesma data, apenas com os integrantes constantes da ata, que concedeu instantaneamente seu Aprovo; e celebrou-se o contrato; tudo, repito, em 24 horas (…) Essa assombrosa e questionável operação contratual representou desprezo pelo patrimônio, nome e fundo de comércio do Banorte e foi uma carta branca ao Bandeirantes (…) Houve muita pressa na celebração do pacto, tanto que cláusulas e condições totalmente em aberto foram incorporadas e inexplicavelmente mantidas nos instrumentos contratuais”.

    O que tomaria ares de escândalo maior, se não tivesse sido abafado pela mídia tradicional é que, menos de dois anos depois de ter adquirido o Banorte sem esforço, o próprio Banco Bandeirantes anunciou estar quebrado – que levou ao famoso caso de intervenção do Banco Central para que a empresa fosse vendida pelo valor de R$ 1 (sim, um real e nada mais) para o banco português Caixa Geral de Depósitos.

    A falência do Bandeirantes em tão curto prazo após ter adquirido o Banorte demonstra que o Banco Central deixou de aplicar o devido rigor técnico em 1996. Se o tivesse feito, constataria a falta de condição de assumir o Banorte, pois já tinha problemas de alavancagem e de falhas de gestão que se agravaram logo depois.

    Mesmo vendido à R$ 1 e deixando rombos para os cofres públicos e o povão cobrir, os antigos controladores do Bandeirantes mantiveram suas fortunas. Um jatinho avaliado em R$ 24 milhões com prefixo PT-GAF, que pertenceu a Gilberto Faria, era usado pelo senador Aécio Neves em 2011.

    Paraísos

    Junte-se a este escândalo nunca devidamente abordado pela nossa mídia tradicional a notícia divulgada pelo jornalista Luis Nassif em janeiro deste ano de que a Operação Norbert da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro de 2007, encontrou na mesa da casal de doleiros Christiane Puchmann e Norbert Muller uma procuração em alemão aguardando a assinatura de Inês Maria, uma das sócias da holding Fundação Bogart & Taylor – que abriu uma offshore no Ducado de Lichtenstein, conhecido paraíso fiscal.

    Segundo Nassif “os procuradores avançaram as investigações e constataram que a holding estava em nome de parentes de Aécio Neves: a mãe Inês Maria, a irmã Andréa, a esposa e a filha”. Como o caso envolvia um senador da República, os três procuradores o desmembraram do inquérito principal e encaminharam o caso ao então Procurador Geral da República, Roberto Gurgel. Foi no mesmo período em que Gurgel engavetou uma representação contra o então senador Demóstenes Torres. O caso parou na gaveta de Gurgel. No próximo mês deverá ser apreciado pelo atual PGR, Rodrigo Janot. Há uma tendência para que seja arquivado. Alega-se que Aécio não seria titular da conta – que está em nome de familiares – mas apenas beneficiário (…)”.

    Como a notícia de Nassif foi publicada em janeiro, o “próximo mês” foi fevereiro passado. Não há notícias do andamento desta investigação, que já completa oito anos na gaveta, nem nas cortes superiores no caso de Aécio, nem sobre o desmembramento para seus parentes serem investigados na Justiça Federal do Rio de Janeiro.

    Os casos envolvendo Aécio Neves vão se acumulando e lotando gavetas: lista de Furnas, bafômetro e carros de luxo pessoais em nome de rádio, Proer, primo tesoureiro de campanha na diretoria da Cemig, Mineirão sem licitação, negócios ruins para a Cemig e bons para a Andrade Gutierrez, construção de aeroporto em fazenda de tio etc.

    Será que para o Ministério Público Federal abrir essa gaveta será preciso esperar que o MP de Lichtenstein ou da Suíça aja primeiro? Assim como ocorreu com Cunha, cuja investigação veio da Suíça, enquanto no Brasil o processo contra o deputado estava na gaveta desde 2006.

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2015/10/familia-de-aecio-beneficiou-se-de-r-1-25-bi-do-proer-para-manter-banco-a-beira-da-falencia-104.html

     

  5. cinismo cafajeste da oposição e o Jim Jones da Câmara

    Do Tijolaço

    cinismo cafajeste da oposição e o Jim Jones da Câmara

     

    dusek

     

    O colunista Bernardo de Mello Franco, na Folha de hoje, é muito gentil ao dizer que “a nota em que a oposição defende o afastamento de Eduardo Cunha merece o prêmio Me engana que eu gosto de 2015.

    É pior que isso: o prêmio é o da cafajestada do ano.

    Assinar uma nota defendendo o afastamento de Cunha da  presidência da Câmara, mandar distribuir à imprensa e sair dali direto para a casa dele e “combinar” a votação da abertura da ação de impeachment contra Dilma é algo que só se pode esperar de gente cínica.

    Não foi um telefonema, um contato por terceiros, não. Foi o “Estado-Menor” da oposição em peso, em embaixada, dizer o contrário do que disse publicamente horas antes.

    Foram lá cuidar de prometer-lhe o que para livra-lo – como diz FHC – de suas “trapalhadas”?

    Por sorte, o fotógrafo André Dusek, do Estadão, estava de plantão, escaldando sob o sol de Brasília, e cumpriu o dever cívico de registrar para a eternidade o sepultamento moral da comitiva demo-tucana ao pântano onde está atolado Cunha.

    E de onde não pode ser salvo por ninguém que o quisesse fazer.

    É por isso que ele vai ao desespero e já acabou de anunciar que “a decisão  sobre a tramitação na Câmara de pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff não o impede de deferir ou indeferir o pedido.”

    Ele exige o impossível e vai se atirar ao imponderável, conduzindo a democracia  à morte, como um Jim Jones enlouquecido.

    É preciso barra-lo, custe o que custar, porque tornou-se de uma loucura perigosa, achando que enfeixa o poder de decidir se derrubará ou não a Presidenta eleita pelas urnas.

    Não terá a maioria de 2/3 necessária para o processo, porque hoje nem mesmo a maioria simples tem, mesmo com o cínico esquadrão demo-tucano a seu lado.

    Cunha se dissolve, mas num caldo corrosivo que pode destruir tudo o que está em volta dele: os deputados, o parlamento, as instituições: mesmo a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal se o deixarem fazer a fatítica Jonestown.

    Aí está ao que a canalhice de uma oposição capaz de tudo nos levou. Seu líder está á beira de levar o país ao completo caos.

    http://tijolaco.com.br/blog/o-cinismo-cafajeste-da-oposicao-e-o-jim-jones-da-camara/

     

  6. Lavrov explica reação dos EUA aos ataques da Rússia contra EI

    Lavrov explica reação dos EUA aos ataques da Rússia contra EI na Síria

    do Sputnik
     

    O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, concedeu nesta terça-feira, 13, uma entrevista ao canal de TV russo NTV, em que abordou o tema dos ataques aéreos russos contra o Estado Islâmico na Síria e da reação dos EUA a esta operação antiterrorista. A seguir, alguns trechos da entrevista.

     

    Sobre a indisposição do Ocidente em formar uma coalizão antiterrorista com a Rússia

    Sergei Lavrov: Não deve ser muito agradável de observar a eficiência com que trabalham os nossos militares frente a uma operação da coalizão liderada pelos EUA que já dura há mais de um ano, e que, se não me engano, já realizou cerca de 60 mil voos, dos quais a metade deve ter sido de voos militares, e que não surtiu resultados visíveis em terra. Pelo contrário, o Estado Islâmico e outras organizações terroristas apenas ampliaram a sua influência e expandiram seus territórios, nos quais eles criam o seu real califado, organizando a vida das pessoas segundo suas leis. E, em geral, este já é um tipo totalmente novo de terrorismo.

    Se os nossos parceiros estão sem jeito pelo fato de não terem alcançado resultados significativos, é preciso, ao menos, passar por cima de si e, enfim, decidir o que é mais importante: o equivocado sentimento de orgulho ou a libertação do mundo da pior ameaça das últimas décadas…

     

    Ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov© AP PHOTO/ PAVEL GOLOVKINLavrov: resolução do conflito sírio e combate ao terrorismo são coisas diferentesQuem sabe, o problema esteja no fato de o objetivo declarado não ser totalmente sincero? Quem sabe no fim das contas o objetivo seja a troca de regime? Afinal, eles não abrem mão da sua postura de que a regulação final do conflito na Síria só pode ser alcançado após a saída de Assad…

     

    Nós lembramos como se deu a derrubada de Saddam Hussein, e como em seguida o Iraque se transformou em um lugar onde reinava o caos, e onde até hoje tudo é muito difícil. Nós lembramos como em nome da derrubada de Kaddafi os nossos parceiro ocidentais e os países da região interagiram com os mais notórios extremistas, que, em seguida, como um gênio da garrafa, se espalharam por todo o Norte da África, e até mesmo pela África Subsaariana…

    Nós oferecemos aos nossos colegas norte-americanos não apenas uma interação em termos de Pentágono e Ministério da Defesa da Rússia, para evitar incidente aéreos, mas também uma interação no sentido de coordenar as nossas ações. Por enquanto, eles estão se esquivando disso…

     

    O ministro das Relações exteriroes da Rússia, Sergei Lavrov, durante o encontro com a vice-presidente da Comissão Europeia, Kristalina Georgieva, em 8 de setembro de 2015© SPUTNIK/ MAKSIM BLINOVLavrov: Rússia está disposta a cooperar com a ‘oposição patriótica’ da SíriaComo eles criticam a nossa operação militar, declaram que nós estamos desferindo ataques não com o objetivo de enfraquecer os terroristas, mas para enfraquecer as posições da oposição síria moderada, nós pedimos para que eles compartilhassem as suas análises: onde estão os alvos corretos, onde estão os alvos que levarão maiores prejuízos aos terroristas na Síria? Eles fugiram da resposta.

     

    Então nós dissemos: tudo bem, se vocês acham que nós enfraquecemos àqueles que vocês consideram como um reforço para a oposição, inclusive para a luta contra o EI, então mostrem para nós onde não se deve desferir ataques, onde devemos ter cuidado com as forças terrestres. Tampouco tivemos resposta.

    Sobre a luta contra o EU como uma oportunidade de melhorar as relações entre Moscou e o Ocidente

     

    Caça russo Su-24 aterrissa na base aérea de Khmeimim na Síria.© SPUTNIK/ DMITRIY VINOGRADOVRússia envia aos EUA proposta de segurança aérea na SíriaSergei Lavrov: “O presidente [Vladimir Putin] falou sobre isso ao discursar na Assembleia Geral da ONU. Na verdade, ele traçou exatamente esse paralelo com relação ao período de criação da coalizão antinazista, enquanto a União Soviética era considerado um mal do ponto de vista do Ocidente. Mas com o surgimento do nazismo, com o aparecimento de Hitler e sua nova ordem, não havia mais tempo para diferenças ideológicas… E se àquela altura dois sistemas opostos compreenderam estar em perigo mortal e se uniram contra um inimigo comum muito poderoso, então agora, com base em toda a experiência da nossa cooperação conjunta em muitas questões, com base na experiência da Guerra Fria, provavelmente, seria possível tirar a conclusão certa e criar essa coalizão, apesar das diferenças sobre vários assuntos. Estas, são secundárias”.

     

    Sobre o armamento da oposição síria pelos EUA

     

    Presidente russo Vladimir Putin durante fórum Rússia apela!© SPUTNIK/ VLADIMIR ASTAPKOVICHPutin questiona onde estão as armas americanas fornecidas à ‘oposição moderada’ síriaEntrevistador: O Pentágono forneceu à chamada oposição síria 50 toneladas de armamentos. Junto a isso, destacou-se ter sido realizada uma suposta verificação dessa oposição para garantir que a mesma não coopera com o EI. Apesar disso, existe a preocupação de essas armas e munições acabarem nas mãos de terroristas?

     

    Sergei Lavrov: Serei bem sincero: nós não temos dúvidas de que ao menos uma parcela significativa desses armamentos irá parar exatamente nas mãos de terroristas.

    Essa preocupação existe inclusive por parte dos EUA, onde a sociedade e o congresso já estão começando a fazer perguntas sobre tentativas prévias de apoiar a oposição moderada. Em particular, ali acabou de eclodir um escândalo sobre algumas centenas de jipes que os norte-americanos compraram da Toyota e que foram enviados ao Exército Livre Sírio e a outras forças da oposição. Todos os terroristas do EI estão usando esses jipes. Aparafusaram metralhadoras pesadas neles e estão “trabalhando” com eles, levando suas ideias destrutivas às massas…

    Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20151013/2423451/lavrov-reacao-eua-ataques-russia-ei-siria.html#ixzz3oWrEyLGE

  7. Tweets – Carta Capital –

    Tweets – Carta Capital – Congresso da CUT -13out2015

     

    A 3ª feira q desmascarou o golpe tem fecho de ouro na CUT: Dilma, Lula, Vagner, Mujica resgatam a garra, o orgulho e a esperança progressista

               

    Dilma, na CUT:’ Esse processo não é apenas contra mim. É contra o projeto que fez do Brasil um país que superou a miséria’.

                


     

    
Dilma, na  CUT: ‘Querem criar uma onda que leve de qquer jeito ao encurtamento do meu mandato […]. Isto é um golpismo escancarado’

                


     

    
Dilma em noite histórica na CUT afronta o golpismo:’Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa,p/ atacar a minha honra?Quem?’

                


    
Lula  faz discurso desabafo no Congresso da CUT, expõe seu inconformismo com o arrocho e saúda o reencontro c/ a ‘Dilminha que nós elegemos’

               

    
Lula: ‘Nós ganhamos c/ um discurso; nossos adversarios perderam com um outro; e a impressão é que nos adotamos o deles e eles, o nosso’

                


    
Lula: ‘Hoje veio p/ cá uma outra Dilma;ela disse, eu sei de onde eu vim, sei p/ onde vou. E ela não foi eleita p/ fazer o Bradesco feliz’

                


    
Lula, na CUT saúda a virada do discurso de Dilma: ‘O mercado não votou nela; quem votou nela foi a peãozada’.

               

    
Lula, na CUT saúda a nova Dilma: ‘Neste dia 13 de outubro,Dilma disse:  eu vim p/ governar para as pessos mais pobres deste país’

                


    
Lula: ‘O paradigma é o discurso da Dilma hoje; é essa Dilminha que nos elegemos; não é aquele discurso que parece o Aécio e o Serra falando’

                


    
Lula, na CUT, p/  Rossetto: ‘está difícil para essa  liderança aqui defender a nossa política em nossas bases; está muito difícil’

               

    
Lula, na CUT: ‘Não podemos assumir o discurso da direita, construir um Brasil só para 35% da pop.Não podemos nem um dia mais falar em corte’

                


    
Lula, na CUT: ‘Hoje, a coisa mais importante que aconteceu aqui é que deixamos de ter apenas uma Presidenta para ter uma líder política’

                


    
Mujica, na CUT: ‘Os trabalhadores não podem se  nivelar à cultura burguesa de acumular em acumular, acumular…’

               

    
Mujica, na CUT: ‘Essa não é uma luta por um país, mas por um planeta, por  uma espécie, que apesar de muito inteligente,pode ir contra si’

                

    
              Mujica, no Congresso da CUT: ‘Quando vc põe a mão no bolso (deles) para    cobrar impostos, você ganha um inimigo de classe’

  8. Senado envia a Dilma MP que muda aposentadoria
    14/10/2015 00:11:33 – Atualizada às 14/10/2015 01:03:51

    Senado envia a Dilma MP que muda aposentadoria

    Fórmula 85/95 progressiva traz vantagens aos trabalhadores que pretendem se aposentar antes da idade mínima sem ter a incidência do fator previdenciário

    PALOMA SAVEDRA

    Rio– O Senado encaminhou ensta terça-feira à presidenta Dilma Rousseff a Medida Provisória (MP) 676/15 que cria novo calculo  para a aposentadoria, a Fórmula 85/95. A regra funciona em sistema de pontos e permite que o trabalhador se aposente sem a incidência do fator previdenciário — cálculo que reduz o benefício. Também foi incluída no texto a desaposentação, medida que define o recálculo da aposentadoria para segurados do INSS que voltaram a contribuir para a Previdência Social há pelo menos cinco anos. Atualmente, esse grupo já soma cerca de 480 mil pessoas.

    O plenário do Senado aprovou a MP 676 há uma semana. A presidenta tem até 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto. O governo já sinalizou que a Fórmula 85/95 será aprovada. Já a emenda que trata da desaposentação não deve passar, mas o Congresso pode derrubar o veto presidencial.

    Medida Provisória também trata da desaposentação, que permite a revisão do benefício por segurados que voltaram a contribuir pro INSSFoto: André Mourão/Agência O Dia

    Com o advento da 85/95, os trabalhadores que não alcançaram a idade mínima para a aposentadoria — de 60 anos para mulher e 65 para homem — e quiserem fugir do fator previdenciário levam vantagem. Para isso, a soma da idade do trabalhador com o tempo de contribuição, de no mínimo 30 anos para mulher e 35 para homem, deve alcançar 85 e 95 pontos, respectivamente.

    Mas a regra é progressiva, já que a soma de pontos aumenta com os anos, exigindo mais tempo de contribuição do trabalhador. Atualmente, para se aposentar sem o fator previdenciário, até 30 de dezembro de 2018, a mulher deve atingir 85 pontos e o homem 95. A partir de 31 de dezembro do mesmo ano até 30 de dezembro de 2020, a soma do tempo de contribuição com a idade deverá alcançar 86 pontos para a mulher e 96 para o homem. 

    A desaposentação também traz vantagens aos segurados que foram afetados pelo fator. O governo alega que a medida gerararia prejuízo de R$ 70 bilhões aos cofres públicos em 20 anos. 

     

     

  9. STF sinaliza rejeição a impeachment por via política

    STF sinaliza rejeição a impeachment por via política

    Discurso duro da presidente foi pensado para caso de derrota no Supremo

    KENNEDY ALENCAR 
    BRASÍLIA

     

    A principal leitura política das recentes decisões do Supremo Tribunal Federal sobre impeachment é que a corte deverá exigir mais do que argumentos políticos para avalizar uma eventual queda da presidente Dilma Rousseff.

    As decisões desta terça dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber mostram uma atuação institucional correta e atenta à necessidade de um eventual impeachment obedecer a critérios jurídicos rigorosos.

    Nesse sentido, o Supremo deixou claro que não aceitará um impeachment a jato, como a manobra política e jurídica feita em 2012 no Paraguai contra Fernando Lugo.

    Ontem, deputados da oposição falavam em decisão bolivariana, no sentido de que os ministros Teori Zavascki e Rosa Weber protegeram politicamente o governo que os indicou para o Supremo.

    Ora, Zavascki é um ministro técnico, que tem feito um excelente trabalho na relatoria dos casos da Operação Lava Jato. A ministra Rosa Weber votou inúmeras vezes contra petistas, como fez no julgamento do mensalão.

    É frágil e pouco inteligente esse argumento de ação bolivariana. Pelo contrário. Houve uma ação de proteção institucional. O Supremo é um exemplo do bom funcionamento das instituições no país.*

    Fora de hora

    Depois de preparar duas versões, Dilma optou por fazer um discurso duro ontem à noite, falando em “moralistas sem moral” e acusando a oposição de tentar um golpe porque perdeu as eleições de 2014.

    Esse discurso foi discutido ontem de manhã. O governo avaliava que era alta a chance de Eduardo Cunha recusar um pedido de impeachment e de a oposição apresentar um recurso, viabilizando a manobra combinada para acelerar o processo.

    O governo tinha dúvida se teria êxito no Supremo porque uma semana antes havia perdido no tribunal ao tentar sustar o julgamento das contas de 2014 pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Era um discurso para ser feito em caso de derrota.

    Mas o Supremo deu uma grande vitória política ao governo, surpreendendo o Palácio do Planalto. Fez-se, então, uma segunda versão do discurso, mais branda. Logo após essa reunião matinal, o ministro Edinho Silva, da Comunicação Social, falou em dialogar até com a oposição.

    Mas, ao final do dia, sentindo-se fortalecida, a presidente optou por usar a versão mais dura. Foi a um evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e pregou para convertidos. Voltou a repetir o discurso de que está sob ataque porque representa as conquistas do governo Lula e porque tentou adiar os efeitos da crise econômica internacional sobre o Brasil. Isso é falso.

    Há risco de retrocesso em relação a conquistas do governo Lula.

    Dilma está sob ataque porque perdeu popularidade com os erros que cometeu na política e na economia. Na política, entre seus muitos equívocos, fez um discurso na campanha e está governando com outro.

    Na economia, apesar da crise internacional ter prejudicado o Brasil, a presidente destruiu a credibilidade fiscal do país, agravando o problema. Dilma fez o discurso errado para o dia de ontem, porque só acirra o ambiente de guerra política. E o governo está sem força para comprar briga.*

    Quem dá mais?

    Até ontem de manhã, a oposição tinha mais chance de chegar a um entendimento com o presidente da Câmara a fim de ajuda-lo a tentar sobreviver politicamente, apesar das graves acusações que surgiram recentemente.

    Havia o acordo de bastidor para Cunha ajudar a viabilizar o impeachment. Com as decisões do Supremo, o governo voltou a ter o que negociar com Cunha.

    O governo não pode protegê-lo na Procuradoria Geral da República. Mas pode ajudá-lo a adiar a tramitação do processo de cassação de mandato no Conselho de Ética e uma votação no plenário da Casa.

    O governo está sob fogo cerrado na Lava Jato e já sofre dano por conta de casos de corrupção. A oposição terá mais dificuldade para entregar essa proteção política de forma escancarada. Ontem, a oposição jogou a favor do presidente da Câmara. Nenhum deputado do PSDB ou DEM, os principais partidos de oposição, assinou o pedido de cassação de mandato de Cunha.

    Dos 62 deputados do PT, 32 assinaram, mais da metade da bancada. Isso evidencia a hipocrisia política e o discurso ético seletivo da oposição. É duro pedir o impeachment de Dilma e se recusar a assinar o pedido de cassação do mandato de Cunha, diante das graves revelações suíças.

    Mas Cunha sabe que, na hora em que ajudar a viabilizar o impeachment de Dilma, virará alvo da oposição.

    Adiar uma decisão sobre o impeachment de Dilma ou ajudá-la a se segurar no poder pode significar a manutenção do mandato de deputado federal e o estratégico foro privilegiado para responder a acusações no Supremo. Cunha deverá se aliar ao lado que lhe oferecer essa comodidade, digamos assim, com maior segurança.

  10. Será que nossa Presidente

    Será que nossa Presidente acordou? Será que vai fazer valer o que prometeu na campanha, pelo menos em relação aos programas sociais e ao SUS? Mesmo tendo tomado decisões com as quais não concordo e que descumpriram o prometido na campanha, afirmo que, se a eleição fosse hoje,  votaria em Dilma Roussef novamente. Espero que a quadrilha de golpistas acabe mesmo é na cadeia. O lugar de Cunha, Aécio e cia ltda é atrás das grades. Com tantas indícios de ilícitos, como é que o Procurador Geral da República continua se fingindo de morto em relação co psdb e seus asseclas? Andei muito deprimida. Melhorei com as liminares do Ministro Teori Zavascki e da Ministra Rosa Weber. Espero que o plenário do STF aja com isenção ao julgar o mérito das ações. 

  11. Por que o Brasil é o que é
    EL PAÍS

    Por que o Brasil é o melhor país do mundo

    http://brasil.elpais.com/m/brasil/2015/10/13/opinion/1444737066_408985.html

    Luiz Ruffato 14 OCT 2015 – 10:06 BRT

    Há uma fábula de origem hindu, conhecida em inúmeras versões, que relata a seguinte história: certa feita, um príncipe convocou cinco cegos e colocando cada um deles para apalpar partes específicas do corpo de um elefante pediu que discorressem sobre o aspecto do animal que tinham à sua frente. O que examinou a barriga disse que se tratava de algo como uma grande panela; o que investigou as patas falou que parecia o tronco de uma árvore; o que tocou as orelhas vislumbrou um imenso leque; o que tateou o rabo descreveu uma vassoura; o que sondou a tromba, uma enorme cobra, perigosa e destruidora.

    Cataguases, minha cidade-natal, embora fique a apenas 300 quilômetros do Rio de Janeiro, só conheceu um oriental em 1976. Naquele ano, instalou-se na Praça Rui Barbosa, a mais importante do lugar, um nissei vendendo churros –algo bem brasileiro, um descendente de japoneses negociando doce de procedência espanhola…. Em pouco tempo, ambos, o homem e o doce, tornaram-se a atração da cidade. Havia filas durante todo o dia de pessoas interessadas menos em comprar churros que em observar de perto aquele ser humano de olhos puxados, cabelos escorridos, pele amarelada. O vendedor de churros ganhou tanto dinheiro que logo passou à frente a carrocinha e deslocou-se para longe.

    Na segunda metade da década de 1980, meu amigo J. T. L. transferiu-se com a família (mulher e duas filhas) para Bangor, País de Gales, onde por seis anos desenvolveu sua tese de doutorado na área de engenharia florestal. Em 1989, encontramo-nos em Londres para matar a saudade, num pub perto da ponte de Westminster, onde se localiza o Big Ben. Sorvendo uma caneca de cerveja, perguntei a ele como era viver em uma ilha. Ele respondeu: Ilha? Se quiser, em pouco tempo estou na França, Espanha, Portugal, Itália ou Alemanha. Alguns quilômetros e muda tudo, o idioma, a cultura, a comida, os hábitos, os costumes. Ilha é o Brasil, prosseguiu, onde pode-se passar uma existência inteira sem nunca ouvir uma língua estrangeira; onde pode-se cortar o território de leste a oeste, de norte a sul, mais de quatro mil quilômetros em ambas as direções, sem anotar praticamente nenhuma variação significativa de nada.

    A ausência de experiências divergentes, ou, em outras palavras, a carência de contato com o outro, com o estranho – o que é de fora, o que nos é desconhecido – acaba estimulando comportamentos tacanhos. Por isso, nós, brasileiros, temos uma descomunal dificuldade de lidar com aquilo que não se parece conosco –podemos agir pateticamente como os cataguasenses frente ao nissei vendedor de churros (quando nos sentimos inferiores) ou bestialmente como em relação aos imigrantes haitianos (quando nos sentimos superiores). E é por isso, também, que, ao invés de olharmo-nos no espelho e admitirmos o quanto somos intolerantes, xenófobos, hipócritas e ufanistas, preferimos nos esconder por detrás da dissimulada máscara de cordialidade que nos assenta bem ao rosto.

    Continuamos a repetir clichês inventados por uma elite predatória, interessada no pastoreio de um povo dócil e submisso. “Nosso céu tem mais estrelas / Nossas várzeas têm mais flores / Nossos bosques têm mais vida / Nossa vida mais amores”, cantava o poeta Gonçalves Dias em 1847. Nossa natureza é a mais exuberante, nossas mulheres as mais belas, nossos homens os mais viris, repetimos no século XXI. Somos os cegos da fábula hindu que, incapazes de perceber o elefante como um todo, nos contentamos em deduzi-lo por suas partes, com resultados evidentemente desastrosos.

    O superlativo sempre transporta um dado absoluto, impermeável, na maioria das vezes, à comprovação. Deveríamos, ao invés de continuar reforçando lugares-comuns, pensar em termos de comparação. Uma coisa somente é em relação a outra. Temos pois que, antes, escutar o discurso discordante, mirar os olhos de quem não se assemelha a nós, nos colocar na pele do vizinho. Talvez até descobríssemos, afinal, que nosso céu tem mais estrelas, mas não as vemos por causa da poluição; que as flores estão morrendo nas várzeas contaminadas; que estamos destruindo nossos bosques; que estamos oprimindo as mulheres, e os negros, e os índios, e os homossexuais, que estamos dizimando os jovens nas guerras do trânsito e do tráfico; que, portanto, nossa vida poderia sim até ter mais amores, mas no momento tudo encontra-se envenenado pela peçonha da ignorância.

  12. Nassif, das boas

    Nassif, das boas antigas

     RELEMBRAR É VIVER!  > Briguinha meio fraca no interior…MAS BAH VIVENTE….>> O começo da briga>> O Delegado fala ao depoente:> – O senhor foi intimado para depor sobre a violenta briga acontecida> ontem no seu armazém lá no interior de Vacaria.> Cinco mortos, oito feridos, uma barbaridade…> – No meu bolicho, seu delegado ?> Quem sou eu para ter armazém?> Armazém é do turco Salim, que foi mascate. Por sinal que…> – Não desvie do assunto.> Como e porque começou a briga?> – Bueno, pos entonces, historiemo a cosa.> Domingo, como o senhor sabe, o meu bolicho fica de gente que nem corvo em> carniça de vaca atolada.> O doutor entende: Peonada no más, loucos por um trago, por uma charla> sobre china.> A minha canha é da pura, não batizo com água de poço como o turco Salim.> Que por sinal…> – Continue, continue, deixe o turco em paz.> – Pos então bamo reto que nem goela de joão-grande.> Tavam uns trinta home tomando umas que outras, uns mascando salame pra> enganar o bucho, quando chegou o Taio Feio.> O senhor sabe, o índio é mais metido que dedo em nariz de piá, deu um> planchaço de adaga no balcão e perguntou se havia home no bolicho.> Todo mundo coçou as bolas. Home tem bola, o senhor sabe.> O Lautério – que não é flor de cheirar com pouca venta – disse que era com> ele mesmo, deu de mão numa tranca e rachou a cabeça do Taio Feio.> Um contraparente do Taio Feio não gostou do brinquedo e sentou a argola> do mango no Lautério.> Pegou no olho – lá nele – e o Lautério saiu ganiçando como cusco que> levou água fervendo pelo lombo, um amigo do Lautério se botou no> contraparente do Taio – que já tava batendo a perninha – e enfiou palmo e> meio de ferro branco no sovaco do cujo, que lhe chamam Pé de Sarna.> Um irmão do Sarna acho que chateado com aquilo pegou um peso de cinco> quilos da balança e achatou a cabeça do homem que faqueou o Sarna. Os óio> saltaram, seu doutor. E eu só olhando, achando tudo aquilo um tempo> perdido.> Um primo do homem do ferro branco rebuscou um machado no galpão e golpeou> o irmão do Sarna. Errou a cabeça, só conseguiu atorar o braço do vivente.> Aí eu fui ficando nervoso, puxei meu berro pro mole da barriga, pronto> pra um quero, meu bolicho é casa de respeito, seu delegado, e a> brincadeira já tava ficando pesada.> Mas bueno, foi entonces que o Miguelão se alevantou do banco, palmeou uma> carneadeira, chegou por trás do homem do machado, pé que te pé, grudou> ele pelas melena e degolou o vivente num talho, a coisa mais linda.> O sangue jorrou longe como mijada de cuiúdo.> Aí eu e mais uns outros – tudo home de respeito – se arrevoltemo com> aquilo.> Brinquedo tem hora, o senhor não acha?> – Acho, sim. Mas e ai?> – Pois, como lhe disse, nós se arrevoltemo.> Saquemo os talher.> E foi aí que começou a briga…>> (Apparício da Silva Rillo – Raspa de Tacho)

     

  13. Benesses do capitalismo selvagem (existe outro?)
    Desigualdade Econômica e Social

    http://brasil.elpais.com/m/brasil/2015/10/13/economia/1444760736_267255.html

    1% da população mundial concentra metade de toda a riqueza do planeta
    Desigualdade aumentou desde da crise de 2008 e chega ao ápice em 2015

    GRÁFICO Distribuição da riqueza mundial
    DOWNLOAD Leia aqui o relatório completo (em inglês)

    Ignacio Fariza Madri 14 OCT 2015 – 11:56 BRT

    2015 será lembrado como o primeiro ano da série histórica no qual a riqueza de 1% da população mundial alcançou a metade do valor total de ativos. Em outras palavras: 1% da população mundial, aqueles que têm um patrimônio avaliado em 760.000 dólares (2,96 milhões de reais), possuem tanto dinheiro líquido e investido quanto o 99% restante da população mundial. Essa enorme disparidade entre privilegiados e o resto da Humanidade, longe de diminuir, continua aumentando desde o início da Grande Recessão, em 2008. A estatística do Credit Suisse, uma das mais confiáveis, deixa somente uma leitura possível: os ricos sairão da crise sendo mais ricos, tanto em termos absolutos como relativos, e os pobres, relativamente mais pobres.

    No Brasil, a renda média doméstica triplicou entre 2000 e 2014, aumentando de 8.000 dólares por adulto para 23.400, segundo o relatório. A desigualdade, no entanto, ainda persiste no país, que possui um padrão educativo desproporcional, e ainda a presença de um setor formal e outro informal da economia, aponta o relatório.

    http://ep01.epimg.net/elpais/imagenes/2015/10/13/media/1444754300_420807_1444754352_noticia_normal.png

    Em O Preço da Desigualdade, um dos últimos livros de Joseph E. Stiglitz, o Nobel de Economia utilizou uma poderosa imagem da Oxfam para ilustrar a dimensão do problema da desigualdade no mundo: um ônibus que por ventura transporta 85 dos maiores multimilionários mundiais contém tanta riqueza quanto a metade mais pobre da população mundial.

    Hoje, essa impactante imagem, plenamente em voga, ganha a companhia de outras que deixam latente a crescente desigualdade entre os privilegiados e o resto do mundo: um de cada 100 habitantes do mundo tem tanto quanto os 99 restantes; 0,7% da população mundial monopoliza 45,2% da riqueza total e os 10% mais ricos têm 88% dos ativos totais, segundo a nova edição do estudo anual de riqueza publicado na segunda-feira pelo banco suíço Credit Suisse, feito com dados do patrimônio de 4,8 bilhões de adultos de mais de 200 países.

    O que causou esse novo aumento da disparidade? A entidade financeira aponta a melhora dos mercados financeiros: a riqueza dos mais ricos é mais sensível às subidas de preço de ações de empresas e outros ativos financeiros que a do restante da população. No último ano, os índices de referência dos mercados das principais bolsas europeias e norte-americanas, o Eurotoxx 50 e o S&P 500, subiram mais de 10%.

    Outro dado dá base à tese do aumento da desigualdade: ainda que o número dos muito ricos (aqueles que têm um patrimônio igual ou superior aos 50 milhões de dólares [195 milhões de reais]) tenha perdido aproximadamente 800 pessoas desde 2014 por conta da força da moeda norte-americana frente ao resto das grandes divisas, o número de ultrarricos (aqueles que têm 500 milhões de dólares [1,95 bilhão de reais]) ou mais aumentou “ligeiramente”, segundo o Credit Suisse, para quase 124.000 pessoas. Nem sequer o ajuste pela taxa de câmbio é capaz de neutralizar o aumento. Por país, quase a metade dos muitos ricos vive nos EUA (59.000 pessoas), 10.000 deles vivem na China e 5.400 vivem no Reino Unido.

    Com esses dados, não é de se estranhar a satisfação mostrada na segunda-feira pelo responsável pela Gestão de Patrimônios do Credit Suisse para a Europa, o Oriente Médio e a África, Michael O’Sullivan: seu negócio não deixou de crescer desde o estouro da maior crise desde a Segunda Guerra Mundial. “Nossa indústria está em pleno crescimento, a riqueza seguirá com sua trajetória de subida”. Suas previsões não podem ser mais eloquentes. O número de pessoas com um patrimônio superior a um milhão de dólares (3,9 milhões de reais) crescerá 46% nos próximos cinco anos, até chegar aos 49 milhões de indivíduos.

    Toda a riqueza mundial em seu conjunto, por outro lado, crescerá até 2020 um robusto, mas inferior, índice de 39%. Na Espanha, o número de pessoas com patrimônio superior a um milhão de dólares (3,90 milhões de reais) chegou em 2015 a 360.000 pessoas, 21% a menos do que no mesmo período em 2014. A Espanha é o nono país que mais perdeu milionários no último exercício. Da mesma forma que o restante da zona do euro, a evolução é distorcida pela fragilidade do euro frente à moeda norte-americana.

    A classe média chinesa já é a mais numerosa do mundo

    A China, o melhor expoente dos anos dourados dos emergentes que começam a chegar ao seu fim, já é o país do mundo com mais pessoas na classe média. Segundo o relatório anual de riqueza mundial do Credit Suisse, 109 milhões de moradores do gigante asiático têm ativos avaliados entre 50.000 e 500.000 dólares –195.000 a 1,95 milhão de reais–, a categoria estabelecida pelo banco suíço. Essa quantidade equivale à renda média de quase dois anos e oferece uma proteção “substancial” contra a perda de emprego, uma queda brusca na entrada de rendimentos ou um gasto de emergência.

    Ainda que a distribuição de renda na China esteja muito distante de ser igualitária, a expansão da classe média seguiu um caminho paralelo à evolução de sua economia: com um crescimento maior – o gigante asiático cresceu dois dígitos em oito dos últimos 20 anos e se transformou na imagem do milagre emergente – mais pessoas entram na classe média. Em 2015, o Estado asiático superou os EUA (92 milhões) como o primeiro país em número de pessoas na classe média. O Japão (62 milhões de habitantes na classe média), a Itália (29 milhões), a Alemanha (28 milhões), o Reino Unido (28 milhões) e a França (24 milhões).
    Diferenças regionais

    Por região, 46% da classe média mundial vive na Ásia-Pacífico; 29% moram na Europa, berço do Estado de bem-estar social, e 16% na América. Em termos relativos, por outro lado, a América do Norte – com os Estados Unidos e o Canadá na liderança – aparece como o maior expoente da classe média, com 39% dos adultos dentro dessa faixa, seguida pela Europa, onde um em cada três maiores de idade são classe média. A proporção desaba na América Latina (11%) e na Ásia-Pacífico, a região mais povoada do globo e na qual somente um em cada 10 habitantes está dentro da categoria estabelecida pelo Credit Suisse.

    Segundo os números da entidade financeira, 664 milhões de pessoas em todo o mundo podem ser consideradas de classe média, somente 14% da população adulta global. Dessa cifra, 96 milhões de pessoas (2% do total), têm uma riqueza avaliada em mais de meio milhão de dólares (1,95 milhão de reais).

  14. Nassif, olha isso. Acredito

    Nassif, olha isso. Acredito ser uma denúncia gravíssima. Ministério Público usando de uma brecha jurídicia para punir partidos de esquerda e seus apoiadores. Sujeito doou 60 reais para o PSOL e está sendo criminalizado por isso.

     

    https://www.facebook.com/lucas.mourao.3/posts/932332450182982

     

    Colo aqui texto do Lucas, do Facebook:

     

    O MP ELEITORAL TOMOU UM SUSTO COM A DEMOCRACIA!

    Em 2014 eu participei, com muito orgulho, das campanhas dos queridosJean Wyllys e Tarcísio Motta.

    Fiz campanha de maneira voluntária, com o tempo que tinha, sempre com um punhado de panfletos e adesivos na bolsa e no peito e, obviamente, sem receber nenhum real.

    Muito pelo contrário, sabedor no “modus operandi” do PSOL de fazer campanha – sem receber dinheiro de empresas – fiz questão de contribuir financeiramente com essas duas campanhas. Doei 40 reais para a campanha do Jean e 20 reais para a campanha do Tarcísio. Era o que eu podia dispor naquele momento.

    Essas campanhas foram financiadas apenas por módicas doações de milhares idealistas como eu.

    Proporcionalmente, foram duas das campanhas mais baratas do país e ambas saíram inquestionavelmente vitoriosas. Eduardo Cunha, por exemplo, ~arrecadou~ cerca de 7 milhões de reais (!!!) com financiamentos de bancos – inclusive do banco suíço do qual ele hoje é acusado de ser cliente -, empreiteiras e toda sorte de grandes empresas.

    Agora é que vem a parte bizarra da história: o Ministério Público Eleitoral está me processando (e a muitos outros!) por ter doado esses benditos 60 reais! Isso porque a lei eleitoral só permite doações de pessoas físicas até o limite de 10% dos rendimentos no ano anterior à doação…

    Fazendo as contas, o MP chegou à genial conclusão de que eu, no ano anterior à doação (2013), tive rendimento bruto menor a 50 reais por mês! hahaha

    Os caras, grandes pensadores juristas brasileiros, chegaram a essa conclusão porque, ao quebrarem meu sigilo fiscal (!) perceberam que eu era isento do Imposto de Renda, logo, concluíram que eu não havia tido rendimento NENHUM em 2013 e, portanto, não poderia doar nada pra nenhuma campanha eleitoral…

    Evidente que elaborei a minha defesa, fui obrigado, pelos fatos, a anexar meu extrato bancário de todo o ano de 2013 para provar que eu havia tido renda maior do que 50 reais por mês, expliquei para o ilustre “parquet” que um sujeito isento do IR pode doar até 10% do limite da isenção, e fiquei absolutamente seguro de que o Ministério Público Eleitoral entenderia a patacoada que estava fazendo e pediria o arquivamento do processo imediatamente.

    Maaas, tan tan tan taaaaan, o ilustre Ministério Público pediu a minha condenação! HAHAHAHA Por doações legais que somam 60 pratas, HAHAHAHHAHA! O que há na cabeça desses caras?

    Em conversa reservada com um serventuário, ele me disse que o MPE está processando muita gente na mesma situação porque acha suspeito “que um partido pequeno tenha arregimentado tantas doações de ~pessoas normais~.”

    Tá explicado.

  15. Surgem os áudios da cela do

    Surgem os áudios da cela do Youssef: são mais de 100 horas

    12 de outubro de 2015Marcelo AulerO aparelho instalado na cela de Alberto Youssef gravou mais de 100 horas de conversas - Reprodução

    O aparelho instalado na cela de Alberto Youssef gravou mais de 100 horas de conversas – Reprodução

     Marcelo Auler

    A notícia ainda vem sendo guardada a sete chaves pela direção geral do Departamento de Polícia Federal, mas vazamentos já ocorreram confirmando que a perícia técnica do DPF recuperou mais de cem horas de áudios que foram feitos, ilegalmente, dentro da cela do doleiro Alberto Youssef, entre março de 2014, data em que ele foi preso e abril do mesmo ano, quando localizou o grampo no forro do teto. Tudo na carceragem da Superintendência do Departamento de Polícia Federal do Paraná (SR/DPF/PR).

    A recuperação destes áudios – cujo som não tem boa qualidade, mas os peritos estão tentando melhorar através de modernos equipamentos -, já chegou, extraoficialmente, ao conhecimento do deputado Aluísio Mendes Guimarães (PSDC-MA), um dos parlamentares mais ativos na CPI da Petrobrás, desde a terça-feira (06/10).

    Ao confirmar a informação para o blog, o deputado não quis avaliar o que esta descoberta pode trazer para a Operação Lava Jato:

    Aluísio Mendes Guimarães: responsáveis devem responder legalmente Foto: Zeca Ribeiro/Câmara

    Aluísio Mendes Guimarães: responsáveis devem responder legalmente
    Foto: Zeca Ribeiro/Câmara

     “Não farei juízo de valores sobre esta descoberta e as suas consequências. Só acho que quem não agiu corretamente no início desta Operação – que é importante no combate à corrupção – deve responder legalmente por isso. O efeito que isto terá em toda a Operação, cabe ao Judiciário avaliar. Não tenho elementos para fazê-lo”, comentou.

    Segundo ele, a perícia resgatou a integralidade dos áudios nos computadores que o agente Dalmey Fernando Werlang identificou como sendo onde as gravações estavam guardadas. Conforme o próprio Dalmey admitiu na CPI da Petrobras, em julho passado – quando assumiu que colocou o grampo na cela – ele localizou no servidor do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) da SR/DPF/PR copia dos áudios que ele captou na cela do doleiro.

    Receoso de que estes áudios fossem apagados, ele e o delegado Mario Fanton – lotado em Bauru que estava em Curitiba fazendo investigações sobre um possível dossiê contrário à Operação – comunicaram o fato a Coordenadoria de Assuntos Internos (Coain) da Corregedoria de Polícia em Brasília que tratou de confiscar os aparelhos para a realização da perícia técnica.

    Independentemente da forma como esta descoberta afetará todo o trabalho realizado de combate ao maior esquema de corrupção que já se teve notícia – o que provoca aplausos nacionais -, os delegados que ocupam cargos de chefia na Superintendência devem sérias explicações.

    Esses delegados, a começar pelo superintendente, Rosalvo Ferreira Franco, insistiam que não existia grampo para ouvir o doleiro. O aparelho descoberto no final de março – que só foi entregue em abril –, segundo eles, estava na carceragem desde 2008, desativado, por conta de uma investigação em tono do traficante Fernandinho Beira-Mar.

    Para o deputado, qualquer trecho do grampo que vier a ser divulgado, jogará por terra abaixo as argumentações dos delegados da Operação Lava Jato que o aparelho estava desativado e era da época do Beira-Mar. “É mais um elemento a derrubar a tese das chefias das superintendência”. Segundo a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) em Brasília, o equipamento encontrado só foi encaminhado à Curitiba meses depois de Beira-Mar ter deixado aquela custódia.

    Como este blog anunciou no dia 20 de agosto, a Corregedoria do Departamento da Polícia Federal já havia comunicado oficialmente à CPI da Petrobras que o segundo grampo encontrado dentro da superintendência – na escadaria do prédio, local que os servidores usam como fumódromo – também funcionava e não tinha autorização judicial.

    Delegados  Rosalvo (alto, esq.- foto: MPRS), )Igor (alto,centro - reprodução),. Daniele (Alto, dir. - reprodução), Moscardi (baixo, esq. Foto Altino Machado)() Marcio Anselmo (baixo, centro - reprodução) e  José Washington (foto oliciapenaldealagoas.blogspot.com.br)

    Delegados Rosalvo (alto, esq.- foto: MPRS), )Igor (alto, centro – reprodução),. Daniele (alto, dir. – reprodução), Moscardi (baixo, esq. Foto Altino Machado), Marcio Anselmo (baixo, centro – reprodução) e José Washington (foto -policiapenaldealagoas.blogspot.com.br)

    Segundo Dalmey , o grampo da cela de Youssef foi colocado atendendo a determinação de três delegados – o superintendente Rosalvo, o chefe da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado (DRCor), delegado Igor Romário de Paula, e o principal delegado da Lava Jato, Marcio Anselmo Adriano. Já o aparelho do fumódromo foi instalado por determinação da delegada Daniele Gossenheimer Rodrigues, que era a sua chefe no Núcleo de Inteligência Policial (NIP). A ordem de Daniele foi respaldada, à época, pelo delegado José Washington Luiz Santos, Diretor Executivo, que substituía Rosalvo nas férias deste. Igor e Daniele são casados.

    Outro delegado que não ficará bem é Maurício Moscardi Grillo (chefe do Grupo de Investigações Sensíveis – GISE) que foi quem presidiu a sindicância 04/2014 instaurada para apurar se o grampo encontrado na cela estava funcionando. Seu trabalho, segundo críticas do próprio Dalmey, do delegado Fanton e de outros policiais foi todo dirigido para concluir que o aparelho estava desativado e não tinha condições de funcionar. Ele nem mesmo providenciou uma perícia técnica no equipamento.

    Também o Ministério Público Federal do Paraná não sairá bem na fita. Afinal, uma de suas funções prioritárias é zelar pelo cumprimento das leis e, neste caso, ele, assim como o próprio juiz Sérgio Moro, aceitaram a tese do grampo desativado, sem contestação.

    Outro que terá que se pronunciar, saindo do seu silêncio obsequioso, será o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que até agora parece se manter afastado de tudo quanto é denuncia que surge contra os federais.

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