Confiança do setor industrial apresenta queda em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 3,4% entre janeiro e fevereiro, ao passar de 85,9 para 83,0 pontos, após avançar 1,9% em janeiro e cair 1,5% em dezembro. Segundo levantamento elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice continua em patamar extremamente baixo em termos históricos.

A queda mais forte desde junho passado (-3,9%) foi determinada principalmente pela piora das expectativas em relação aos próximos meses: o Índice de Expectativas (IE) recuou 4,9%, passando a 81,9 pontos, mesmo patamar de setembro passado, e o menor desde abril de 2009 (80,9). O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2,1%, para 84,0 pontos, retornando ao patamar de dezembro.

O indicador que mede a satisfação com o ambiente geral de negócios exerceu a maior contribuição para a queda do ISA em fevereiro, com recuo de 5,5% em relação ao mês anterior. A proporção de empresas avaliando a situação atual dos negócios como boa diminuiu de 12,6% para 8,2%, enquanto a parcela de empresas que a avaliam como fraca ficou relativamente estável, ao passar de 31,2% para 31,3%.

Nas expectativas, o destaque negativo foi o indicador de produção prevista, que apresentou queda de 8,4% sobre o mês anterior, para 109,1 pontos, atingindo o menor nível desde julho passado (106,8 pontos). A proporção de empresas que preveem aumentar a produção nos três meses seguintes diminuiu de 32,4% para 30,5% entre janeiro e fevereiro; já a parcela das que esperam reduzir a produção aumentou de 13,3% para 21,4%. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu 0,4 ponto percentual (p.p.) entre janeiro e fevereiro, ao passar de 82% para 81,6%.

“A piora expressiva das expectativas em relação aos próximos meses reflete o desânimo de um setor que está há seis trimestres sem crescer e com perspectivas ainda negativas no curto prazo, a despeito da evolução favorável ao setor das taxas de câmbio recentemente”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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