produtos
Sugerido por Fiódor Andrade
Do Terra
Homenageado ao morrer, Mandela já foi odiado por líderes
Reino Unido, Estados Unidos e Israel estão entre os países que mantiveram apoio ao regime do apartheid quando grande parte do mundo já condenava o segregacionismo
Após a morte de Nelson Mandela ser anunciada na noite de quarta-feira, líderes mundiais se apressaram para prestar homenagem ao ex-presidente sul-africano e ressaltar a importância de seu legado para o mundo. Mas Mandela nem sempre foi um aclamado herói mundial.
Durante muitos anos, mesmo quando a oposição ao regime do apartheid já era generalizada, líderes ocidentais continuaram considerando Mandela um terrorista.
Em 1987, a então premiê britânica Margaret Thatcher disse: “O CNA – Congresso Nacional Africano, partido de Mandela – é uma típica organização terrorista…Qualquer um que pense que ele vá governar a África do Sul está vivendo na terra do faz de contas”.
Entre congressistas britânicos, a opinião sobre Mandela era ainda pior. “Quanto tempo mais a premiê vai permitir ser chutada no rosto por este terrorista negro?”, questionou o parlamentar conservador Terry Dicks após Mandela recusar um encontro com Thatcher em Londres, em 1990. Seu colega de partido, Teddy Taylor, foi ainda mais enfático em seu repúdio: “Nelson Mandela deveria ser baleado”.
Nos Estados Unidos, a opinião sobre Mandela também não era favorável entre os governantes dos anos 80. Durante o seu governo, o presidente americano Ronald Reagan colocou o CNA na lista de organizações terroristas. Em 1981, ele disse que o regime sul-africano – baseado no segregacionismo entre brancos e negros – era “essencial para o mundo livre”.
Em 1985, o então congressista Dick Cheney, que depois viria a ser vice-presidente de George Bush, votou contra uma moção pedindo para que Mandela fosse solto. Em 2004, Cheney defendeu seu posicionamento ao afirmar que Mandela “tinha uma dedicação de longa data ao comunismo e a saudar terroristas”.
Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos apoiaram o regime do apartheid, enquanto a União Soviética ajudou a financiar a oposição liderada pelo Congresso Nacional Africano. Em 1990, uma matéria do jornal The New York Times revelou que a agência de espionagem americana CIA ajudou o governo sul-africano a prender Mandela em 1962.
Apenas em 2008, Mandela e o CNA deixaram a lista americana de organizações e terroristas em observação. Até então, Mandela precisava de uma permissão especial para viajar ao país.
Outro país que se manteve ligado ao regime segregacionista sul-africano foi Israel. Durante muitos anos, o governo israelense manteve laços econômicos e relações estratégicas com o regime do apartheid. Apenas em 1987, quando se encontrava como único país desenvolvido ainda a apoiar a minoria branca, Israel denunciou o apartheid. Nesta sexta-feira, o governo israelense lamentou a morte de Mandela afirmando que o “mundo perdeu um grande líder que mudou o curso da história” e que ele foi um “apaixonado defensor da democracia”.
Em entrevista ao jornalista Larry King em 2000, o próprio Mandela reconheceu essa contradição. “Eu era chamado de terrorista ontem, mas quando saí da cadeia, muitas pessoas me abraçaram, incluindo meus inimigos (…) hoje sou admirado por essas pessoas que diziam que eu era terrorista”.
Faça login para comentar Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Seja um apoiador
EUA
Escolhem o inimigo da vez.
Sem mais.
Se quisessem
Se quisessem teriam derrubado o governo racista da Africa do Sul, bastaria que quisessem, pois até mesmo por motivos menos nobres, por petróleo, sabemos disso, muitos governos foram derrubados nesse mundinho prá lá de complicado, sim, manda a lógica classista, mas então soa a hipocrisia os que trucidaram Mandella por omissão, dentre eses FHC, homenageando-os agora no JN, não moveram sequer uma palha para que Madella saisse da cadeia, pelo contrário, fosse no Brasil ele(Mandella) ainda estaria mofando atrás das grades, que o diga o Genoíno, um “terrotista” (sic “mensaleiro”) perigoso demais da conta. Ah ah esse mundo gira gira e gira e continua o mesmo. Triste.
…inclusive FHC…
…inclusive FHC… KKKKKKKKK… vc não existe, rapaz!!!
Como o fim da União Soviética ajudou a acabar com o apartheid…
Moscou, 6 dez (EFE).- O último presidente soviético, Mikhail Gorbachev, elogiou nesta sexta-feira a figura de Nelson Mandela, que “conhecia muito bem” e afirmou que o líder sul-africano disse que a “Perestroika” na URSS ajudou muito na luta contra o apartheid. “Era um homem extraordinário, inteligente e um estadista de talento. Me disse muitas vezes que a Perestroika na União Soviética fez muito para ajudar seu país a se livrar do apartheid”, afirmou Gorbachev, em entrevista à agência “Interfax”. O ex-líder soviético, artífice das reformas que terminaram em 1991 com o desmantelamento da URSS, lembrou que Mandela “levou uma vida muito dura. A terceira parte de sua vida ele viveu em condições muito duras”. Mandela “fez muito pela Humanidade e será lembrado não somente pelo povo de seu país, mas por todos os povos do mundo”, acrescentou Gorbachev.
Agora todos são “libertadores” de Mandela.
O artigo postado pelo Fíodor trata disto, de mostrar a hipocrisia, no caráter desses “libertadores”. Você apresentou mais um hipócrita, o Gorbachev, são apenas declarações dele que afirmam ter recebido tais elogios de Mandela, ninguém mais ouviu, só ele. Mas para um líder, Mandela fez, estão registrados no vídeo abaixo, os maiores elogios em público, foi para aquele que enviou tropas para derrotar o exército do apartheid e garantir a libertação de Angola e da Namíbia e, ao mesmo tempo, enviava legiões de médicos, para atender os povos africanos e consolidar sua independência.
Historicamente, a intervenção cubana em Angola, iniciada em 1975, faz parte do período comunista da URSS e não da sua fase de liquidação, a perestroyka. A Revolução Cubana é coetânea, dos movimentos anticolonialistas que conquistaram independência para as nações africanas; Cuba foi mais do que inspiração para as lideranças da Àfrica que atuavam nos 1960, tais como Mandela, Amílcar Cabral, Patrice Lumumba e muitos outros; ela foi solidariedade efetiva para esses movimentos, de colaboração direta com suas lutas.
Assista o documentário de Estela Bravo: Mandela y Fidel.
[video:http://www.youtube.com/watch?v=BHWYAYttWmQ%5D
Com certeza esse auto-elogio
Com certeza esse auto-elogio de Gorbatchev ajudou muito o fim do Apartheid… Quem lê pensa que a URSS é que apoiava o regime contra o bom mocismo dos EUA, britânicos e israelenses.
Muita gente tem memória
Muita gente tem memória curta!
Esses dois também, inclusive
Esses dois também, inclusive são hoje tidos como inimigos públicos Nº 1 da “gente sensata” que se guia pelas globos, folhas, vejas e portais terra da vida também:
Quando teremos então o reescrever dessa história tosca e canalha do “mensalão”?
Joaquim Barbosa, o justo, agora pretende ter mais “calma” e “prudência” nos seus arroubos justicialistas; será que a suspeita de que terá que se debruçar sobre os crimes de caixa 2 cometidos também pelo PSDB estão lhe causando esse súbito surto zen?
Dirceu e Genoíno, vão ser trucidados até quando?
O Poder Judiciário Brasileiro é o mais perigoso de todos pois não tem ninguém com peito suficiente pra dar um basta nas merdas que ele faz, nas cretinices da Casa Grande e da direita que ele acoberta com suas togas e votos-pareceres teatrais; de Moderador nos tempos do Império passou a ser modelador de golpes paulatinos no nosso pretendido Estado Democrático de Direito.
(Sem título)
(Sem título)
Esperar o que desses
Esperar o que desses Kkkoxinhas, a fina flôr do ranço mundial, o ódio estampado na cara dos colonizadores que não adimitem os colonizados se resurgirem. Me faz recordar o ódio no olhar de um deputado ou senador da oposição, não sei o nome já que tinha só as imagens, mirando no Ministro da Justiça do governo do PT, pensei comigo, isso já está se tornando pessoal, todo esse ódio contra o PT já está passando do limite civilizado. Tucano, Republicanos, Tatchers não sabem o que é dialogar, e sim na força, no ódio.
Tenho curiosidade para saber
Tenho curiosidade para saber como o pig brasileiro tratava o Mandela na época em que estava na lista de terrorostas do Tio Sam. Seria interessante fazer essa garimpagem
Que tal :”Terroristas
Que tal :”Terroristas procurados proteja a sua família!” ou ainda “O subversivo Mandela” ou quem sabe o que a imprensa brasileira fez naquela época com guerrilheira urbana do MR-8 Solange Lourenço Gomes( que posteriormente se suicidou) manchetes garrafais em jornais de 1971: “SEXO É A ARMA DA SUBVERSÃO”e “TERRORISTA TINHA 8 HOMENS” A revista “Rasteja” continua chamando Mandela de terrorista mesmo após a morte dele para eles a ditadura racista da Á frica do Sul podia matar a vontade mas a resistencia tinha de aguentar e jogar petálas de flores para os segregacionistas afinal se fizessem resistencia armada contra a ditadura (sim era uma ditadura os negros não tinham direitos políticos) eram terroristas sanguinários.