PIB tem queda de 1,6% em relação ao primeiro trimestre de 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB  apresentou contração de 1,6% no primeiro trimestre de 2015 quando comparado a igual período do ano anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O valor direcionado a preços básicos caiu 1,2%, enquanto os impostos sobre produtos líquidos de subsídios recuaram em 3,5%.

Ao longo do período, a Agropecuária cresceu 4% em relação a igual período do ano anterior, principalmente pelo desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no 1º trimestre. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), esse é o caso da soja (10,6%), do arroz (0,7%), da mandioca (5,1%) e do fumo (1,7%). Por outro lado, o milho, cuja safra também é significativa no primeiro trimestre, apresentou variação negativa (-3,1%).

A Indústria recuou 3%. Nesse contexto, a Indústria de Transformação apresentou uma retração de 7%, com o decréscimo da produção da indústria automotiva; máquinas e equipamentos; produtos eletrônicos e equipamentos de informática; artigos do vestuário; e produtos do fumo.

A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou queda de 12%, negativamente influenciada pelo maior uso das termelétricas na geração de energia e pela redução do fornecimento e consumo de água. A Construção civil também apresentou redução de 2,9%. Já a Extrativa Mineral cresceu 12,8% em relação ao primeiro trimestre de 2014, puxada pelo aumento da extração de petróleo, gás natural e minérios ferrosos.

O valor adicionado de Serviços caiu 1,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para a contração de 6,0% do Comércio (atacadista e varejista) e de 3,6% de Transporte, armazenagem e correio (que engloba carga e passageiros). Também apresentaram resultados negativos as atividades de Administração, saúde e educação pública (-1,4%), Outros Serviços (-0,6%) e Intermediação financeira e seguros (-0,4%).

Outros segmentos que registraram resultados positivos foram as atividades imobiliárias (2,8%) e os Serviços de informação (2,9%), atividade esta que inclui telecomunicações, atividades de TV, rádio e cinema, edição de jornais, livros e revistas, informática e demais serviços relacionados às tecnologias da informação e comunicação (TICs).

De acordo com a pesquisa, todos os componentes da demanda interna apresentaram queda em relação ao primeiro trimestre de 2014. A Despesa de Consumo das Famílias (-0,9%) registrou a primeira queda desde o terceiro trimestre de 2003, explicada pela evolução negativa dos indicadores de inflação, crédito, emprego e renda ao longo dos três primeiros meses do ano.

A Formação Bruta de Capital Fixo caiu 7,8%, principalmente pela queda das importações e da produção interna de bens de capital e, ainda, pelo desempenho negativo da construção civil. A Despesa de Consumo do Governo, por sua vez, caiu 1,5%.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços subiram 3,2%, enquanto que as Importações caíram 4,7%. Dentre as exportações de bens, os destaques de crescimento foram petróleo e carvão, siderurgia e têxteis. Na pauta de importações, as maiores quedas foram em veículos automotores e equipamentos eletrônicos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. É a prenúncia do caos que

    É a prenúncia do caos que poderá ser irreversível caso não haja uma redução rápida da taxa de juros da Selic para 10%a.a. É a ÚNICA bala de prata do governo para reverter as expectativas dos agentes econômicos.

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