PIB tem retração de 0,2% em relação a 2013

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro subiu 0,1% no terceiro trimestre ante os três meses imediatamente anteriores, a comparação com o terceiro trimestre de 2013 mostra variação negativa de -0,2%, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O valor adicionado a preços básicos variou negativamente (-0,1%) e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios caíram (-1,3%).

Sob a ótica da produção, a agropecuária variou 0,3%, a indústria caiu (-1,5%) e os serviços cresceram (0,5%). No caso da agropecuária, o instituto diz que a variação se deve, principalmente, ao desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro trimestre: apresentaram queda o café (-6,6%) e a cana de açúcar (-5,9%), enquanto cresceram a laranja (3,2%), a mandioca (10,1%), o feijão (10,9%) e o trigo (30,6%).

A indústria apresentou uma redução de -1,5% em relação ao terceiro trimestre de 2013. Nesse contexto, a indústria de transformação caiu -3,6%, influenciada pelo recuo da produção na indústria automotiva; produtos de metal; máquinas e equipamentos; metalurgia; máquinas e aparelhos elétricos; móveis e produtos de borracha e plástico. A construção civil também apresentou redução (-5,3%). Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por sua vez,apresentou crescimento de 0,6%, puxado pelo consumo residencial de energia elétrica e o consumo de gás encanado. Já a extrativa mineral cresceu 8,2%, beneficiada tanto pelo aumento da extração de petróleo e gás natural como da extração minérios ferrosos.

O valor adicionado de serviços registrou aumento de 0,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para intermediação financeira e seguros (3,2%), serviços imobiliários e aluguel (2%) e os serviços de informação (2,0%). Transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros) cresceu 1,8%, seguido por administração, saúde e educação pública (1,0%). Já no comércio (atacadista e varejista) e na atividade de outros serviços houve quedas de 1,8% e 0,6%, respectivamente.

Dentre os componentes da demanda interna, a formação bruta de capital fixo sofreu redução de 8,5% no terceiro trimestre, influenciada pela queda da produção interna e da importação de bens de capital, além do desempenho negativo da construção civil. Já a despesa de consumo das famílias desacelerou, apresentando variação positiva de 0,1%. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial real, que cresceu 2,9% ante o terceiro trimestre de 2013.

Por outro lado, o crédito com recursos livres para as pessoas físicas deixou de crescer em termos reais. No terceiro trimestre de 2014, essas operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceram 5% em valores nominais. A despesa de consumo da administração pública cresceu 1,9% na comparação com o mesmo período de 2013.

No setor externo, as exportações e as importações de bens e serviços apresentaram expansão de 3,8% e 0,7%, respectivamente. Dentre as exportações, os destaques de crescimento foram produtos da extrativa mineral (petróleo e carvão); siderurgia; produtos metalúrgicos; têxtil; peças e outros veículos; móveis; e serviços de transporte.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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