Xico Sá explica demissão da Folha por declaração de voto em Dilma

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O jornalista Xico Sá escreceu uma carta aberta a seus leitores para explicar a demissão recente da Folha de S. Paulo. Segundo ele, o episódio aconteceu em função de um artigo que ele escreveu e insistiu para que fosse publicado em sua coluna no caderno de Esportes. Era sobre o fla-flu eleitoral deste ano, com direito a afagos em Dilma Rousseff (PT), a quem credita o melhor projeto de governo. A polêmica caiu na internet após Xico Sá reclamar não só da falta de espaço, mas da cobertura parcial da grande mídia, que não publica denúncias sobre alguns políticos.

“Meu reclamo é/era pontual; por que só os caras de um lado são responsabilizados pela história universal da infâmia e ninguém publica, para valer, o ‘rebuceteio’ – para usar um clássico da pornochanchada nacional – do outro lado da suruba pornô-política, querido Reinaldo Moraes? É muito desequilíbrio. É praticamente jornalismo de campanha. Não cobertura”, disparou.

Leia a nota na íntegra.

NOTA AOS LEITORES E AMIGOS

Caríssimos amigos & leitores, pretendia nem mais falar desse assunto, mas devido à forma como se alastrou –rizomáticos riachos e riachinhos delleuzianos & gonzaguianos em busca do velho Chico em anos de bom inverno no Navio e no Pajeú-, creio que devo alguma satisfação na praça, além dos “pinduras” morais e existenciais de sempre. Valha-me meu bom Deus, viver é dívida, canelada e dividida de bola.

Como só os galãs vencem por nocaute, procurarei, mal-diagramado por natureza que sou, triunfar nessa luta por pontos, minando, nas cordas do ringue ideológico, vosso juízo emprenhado pelas redes sociais. Vamos lá;

1) Não há herói nenhum nesse episódio. O máximo que chego é a anti-herói macunaímico ou ao João Grilo do cordel teatralizado pelo bravo Suassuna. E olhe lá, e olhe lá, amiga Karina Buhr, eu só quero tocar meu tamborzinho cósmico.

2) Como já informaram alguns sites, pedi demissão do meu posto de colunista (do caderno de Esportes) da Folha, jornal com o qual mantenho uma velha relação de duas décadas, entre idas e vindas, furos, erramos assumidos variados, pés-na-bunda de ambas as partes, grandes momentos, crises profissionais e esticadas D.Rs (discussões de relação) gutenberguianas.

3) Eis que na sexta-feira, 10/10, mandei a coluna em cima da hora, só para variar. Nas linhas tortas -o velho Graça me entenderia nessa hora, embora corrigisse a minha escrita adjetivosa-, tratava do Fla-Flu eleitoral, defendia que os jornais saíssem do armário –como as publicações americanas- e tecia queixas à cobertura desequilibrada da Folha e da imprensa no geral. E repare que a Folha, senhoras e senhores, é bem melhor em se comparando aos outros jornalões, vide grande revelação do aeroporto privado de Aécio e o mínimo questionamento do choque de gestão nas Gerais, esse fetiche econômico insustentável até para a Velhinha de Taubaté do meu amigo Veríssimo.

Bem, como eu ia falando, defendia na coluna que os jornais assumissem suas explícitas posições, donde encerrei o desabafo gonzo-lírico-político usando o direito de declarar minha preferência pela Dilma.

4) A direção do jornal entendeu que o texto feria um dos princípios da casa; o de não permitir fazer proselitismo político ou eleitoral em favor de nenhum candidato. Sugeriu, civilizadamente, que alterasse o texto. Prosa vai, prosa vem. Refleti e mantive a escrita. Argumentei que outros colunistas, de alguma forma, feriam o princípio interno, no que me acho prenhe de razão, né não? Ou seriam textos inocentes?

5) Finquei pé, mais honra do que birra, pantins e queixumes. A direção do jornal sugeriu que eu poderia publicar, porém na página 3., na segunda-feira. É a página de “tendências & debates”, na qual convidados, não gente da casa, manifesta livremente suas opiniões, inclusive de voto. Migrar para um espaço de “forasteiros” não me fez a cabeça, não achei que fosse a solução para o impasse. Qual o faroeste dos irmãos Cohen, achei que também teria o direito de ser, pelo menos um dublê, à esquerda, dos caras que botam para quebrar nas suas colunas da Folha. O faroeste moderno se chama “Onde os fracos não têm vez”.

6) Daí o meu pedido de desligamento como colunista do jornal, função que exercia na figura de PJ (pessoa jurídica mediante nota fiscal), não como funcionário contratado pelo grupo Folha.

7) No dia seguinte, não mais na condição de colunista, soltei uma saraivada de posts de escárnio e maldizer nas redes sociais, em um espasmo de ira & lirismo que defini, no twitter, como um manifesto gonzo-político livremente inspirado na minha atual releitura de Hunter Thompson e na memória do genial Nezinho do Jegue, personagem de “O Bem Amado”, do baiano Dias Gomes, que, uma vez alcoolizado, insultava a humanidade. Eis um direito divino, dionisíaco, um direito dos malucos, além muito além de todas as Constituições, como diria o gênio-mor Antonin Artaud e seu duplo.

8) Um dos posts dessa performance dionisíaco-tuiteira-brizolista, meu caro e amado Zé Celso, vociferava também contra os petistas, considerando que não desejava o (inevitável e irrefreável) uso da minha opinião como propaganda oficial. “Phueda-se o PT”, com PH e tudo, dizia este monstruoso cronista. Relembrava que o governo do PT e de todas as siglas da sacanagem alfabética têm que ser investigados sim. Meu reclamo é/era pontual; por que só os caras de um lado são responsabilizados pela história universal da infâmia e ninguém publica, para valer, o “rebuceteio” –para usar um clássico da pornochanchada nacional- do outro lado da suruba pornô-política, querido Reinaldo Moraes?

É muito desequilíbrio. É praticamente jornalismo de campanha. Não cobertura.

9) O pedido de demissão. Finalmente explico. Mais demorado do que a declaração de voto da queridíssima Marina, que infelizmente esqueceu a nova política na qual eu caí feito um patinho de primeiro turno na lagoa Rodrigo de Freitas.

A demissão. Suspense à Hitchcock.

Vixe. Volver a los 17, como cantaria Mercedes Sosa, a quem escuto ao fundo dessa escrita, alternando com Nação Zumbi, óbvio. Volver à minha pobre coluneta do caderno de Esporte da Folha. Defendi meu patrimônio imaterial único e universal, quase um sufrágio, meu direito, daí o finca-pé que resultou no meu pedido de afastamento do universo folhístico.

Ingenuidade achar que, em período de extremada passionalidade e justíssima crítica ao desequilíbrio na cobertura da “imprensa burguesa” (outro termo vintage comuno-anarquista usado e abusado nos meus posts com toda sinceridade desse mundo) neguinho não fosse compartilhar essa bagunça barroca toda, agora falo com meu irmão Wally Salomão, para o que der e viesse. Rede social é como aquela parada bíblica do olhai os lírios do campo, eles não tecem, eles não fiam…

10) Enfim, o resto é barulho, mas creio que narrei, com alguma vantagem pessoal comum aos narradores de primeira pessoa, a onda toda –ai de mim, amigo Walter Benjamin! Donde reafirmo, não há heroísmo algum além de uma refrega dramática de um velho cronista, talvez um pouco ultrapassado e dionisíaco, com la prensa burguesa, reafirmo o clichê da velha bossa, afinal de contas renascemos sempre num Cocoon metafísico de águas imaginárias e milagrosas.
Como diria, agora meu brother Arnaldo Baptista, quero voltar pra Cantareira.

Deus abençoe os velhos e as crianças, eis meu dizer sobre essa confusão toda que eu achei tão normal como falar do seu candidato no boteco da esquina, era assim na vida antigamente.
Por que isso virou tão chato e eu não posso?

Justo num texto tão babaca, defendendo uma candidatura que só consegue ser mil vezes melhor do que Aécio mesmo. Afinal de contas essa peleja é um W.O. da porra. Ou deveria ser para quem tivesse juízo.

Ah, cadê a dialética do esclarecimento das espumas flutuantes dos mares de cerveja, viejo Wander Wildner?

Aliás, por que eu não poderia escrever aquele texto babaca, aliás eu tenho sido um péssimo cronista, tanto de amor como de futebol, preciso me reciclar, reler todo o Machado de Assis, ele me ensina, também relatei isso aos meninos folhais.

Eu careço ouvir todo Jards Macalé, meu ídolo. Esse episódio cá Folha, aliás, não é político, é ridículo se pensamos na grandeza da vida. As folhas das folhas da relva, menino Holden, é o que doravante me interessa como razão de viver debaixo de uma árvore ou sob o guarda-chuva moral dos caras que viram polícia do texto sem saber que uma besteirinha de nada pode virar idiotice e totalitarismo.

Agora voltei de vez para “O Apanhador…”, mas, juro, me perdõe, pela confusão toda com o jornal, com as redes sociais e qualquer coisa. Como dizia Holden, “gosto de Jesus e tudo, os apóstolos é que são uns chatos.”

Beijos, Xico Sá, Copacabana, primavera do ano da graça de 2014

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  1. Porque o PSDemB só grita mas não quer que se investigue

    Publicado em 14/10/2014

    Titio Dornelles sabe tudo sobre a Petrobras

    Por que o Juiz Moro não vaza o que sabe sobre quem nomeou Aécio vice-presidente da Caixa?

    Testemunho do primo de Aécio à CPI da Petrobras poderia ser contribuição importante, não fosse incômoda

     

     

     

    O Conversa Afiada reproduz da Rede Brasil Atual:

     

     

    DORNELLES, O HOMEM-BOMBA DA CPI DA PETROBRAS QUE CONSTRANGE AÉCIO

     

    Senador e primo do candidato tucano presidiu o PP, responsável por Paulo Roberto Costa, o investigado, chegar aonde chegou na Petrobras. Um depoimento seu poderia ajudar a entender a engrenagem do esquema

    Em depoimento na Justiça Federal do Paraná, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, disse que foi indicado pelo PP (Partido Progressista) para a diretoria de Abastecimento da empresa. Proibido pelo juiz Sérgio Moro de citar nomes de parlamentares ou autoridades que detivessem foro privilegiado, Costa citou apenas o nome de José Janene, ex-deputado, morto em 2010.

    No entanto, Costa fez questão de afirmar que só conheceu Janene em 2004. É obvio que já conhecia outros membros do PP bem antes disso, afinal não se imagina que um esquema de corrupção clandestino recrute profissionais através de anúncios de empregos nos classificados de jornais ou internet do tipo “Procura-se diretor corrupto. Exige-se, além da capacidade técnica, intermediar propinas junto a empreiteiras. Remuneração: participação no rateio das propinas”.

    Um dos principais líderes do PP em 2004 era o senador Francisco Dornelles (RJ), que tornou-se presidente do partido a partir de 2007, ficando até 2013. Segundo o depoimento de Paulo Roberto, foi a partir de 2007 que passou a ter mais obras em refinarias, sua área de atuação e que o esquema teria produzido mais movimentação financeira.

    Não vamos aplicar a deturpação da teoria do domínio do fato para criminalizar o senador Dornelles apenas por ele ser presidente do partido. Mas no mínimo ele foi uma testemunha privilegiada de boa parte do que se passou neste período, nas conversas e reuniões partidárias.

    Como senador e homem público, deve seu testemunho à CPI da Petrobras para explicar como foi o processo de aproximação de Paulo Roberto Costa com o PP, e descrever como se dava a relação do ex-diretor com o partido no período em que foi presidente da agremiação.

    Mas há problemas políticos no caminho, típicos da disputa eleitoral, para este depoimento acontecer.

    O senador Dornelles é também primo do candidato a presidente da República pelo PSDB, Aécio Neves, para quem faz campanha no Rio de Janeiro, onde é também candidato a vice-governador de Luiz Fernando Pezão (PMDB), a disputar o segundo turno. Aliás, o próprio Dornelles assinou a nomeação do então jovem recém-formado Aécio Neves diretor da Caixa Econômica Federal quando foi Ministro da Fazenda de José Sarney em 1985, o que torna mais conturbado seu necessário testemunho em uma CPI em meio ao processo eleitoral.

    Infelizmente, o juiz  Sérgio Moro se contentou com a resposta, bem orientado por advogados da defesa, que incrimina apenas o ex-deputado morto e a citação da sigla partidária, sem perguntar como ocorreu o processo anterior de aproximação de Paulo Roberto com o PP, que desvendaria para o cidadão brasileiro como nascem esses esquemas de corrupção que cooptaram um engenheiro de carreira e concursado.

    O depoente, por instrução do juiz para não anular o depoimento, não poderia citar nomes de pessoas com foro privilegiado, referindo-se a eles como “agentes políticos”, mas precisava detalhar como se deu sua própria atuação desde o começo, como foi a aproximação de um técnico de carreira concursado com agentes políticos do PP para cometer atos ilícitos e obter vantagens indevidas.

    Em nome da transparência e do interesse público, se a Justiça Federal do Paraná deixou esta lacuna, a CPI precisa preenchê-la. Além da punição criminal de envolvidos, função de CPI é também aprimorar as instituições levando à criação de leis, normas e sistemas que evitem que tais esquemas se repitam. Conhecer a gênese e o funcionamento da engrenagem dos crimes de corrupção é tão importante como punir os responsáveis pelos ilícitos já praticados.

    Outro ingrediente explosivo para o ambiente eleitoral é que Paulo Roberto Costa foi diretor da Gaspetro, subsidiária da Petrobras. Segundo seu próprio depoimento, as indicações para diretorias eram políticas desde que ele ingressou na Petrobras, em todos os governos, mas o juiz Moro também não fez perguntas sobre essas nomeações anteriores durante o depoimento. Naquele período, a Gaspetro realizou grandes obras com empreiteiras, como o gasoduto Brasil-Bolívia, e havia parcerias para construir termoelétricas a gás. O PP apoiou também o governo de FHC e indicou pessoas para cargos, inclusive o próprio Dornelles foi ministro do Desenvolvimento (1996-1998), e depois do Trabalho (1999-2002).

    Outra solução para o cidadão ter conhecimento com transparência de como se deu a aproximação de Paulo Roberto Costa com o PP seria o próprio juiz  Sérgio Moro fazer outro depoimento aberto ao conhecimento público com perguntas que tragam respostas a essas lacunas. Senão, o depoimento já tomado, e explorado eleitoralmente, com versões ao gosto de marqueteiros, e de editorialistas com suas visões subjetivas dos fatos e suas preferências políticas, se tornará peça histórica de interferência indevida no processo eleitoral, qualquer que seja o resultado das urnas.

    Detalhe importante que ainda será tratado devidamente: já há colunistas, como Paulo Moreira Leite, que diz ter apurado nos meios jurídicos associando a divulgação anormal do depoimento de Costa a uma possível nomeação do juiz Sérgio Moro a ministro do STF, caso Aécio Neves seja eleito.

    Leia mais:

     

    AÉCIO, MOSTRA A CARTEIRA DO TRABALHO !

     

  2. Curral eleitoral

    Lembram-se do curral eleitoral dos coronéis do nordeste. Agora esqueçam, o verdadeiro e nova versão do curral eleitoral esta dentro das redações dos jornalões. Ou você adora, tem que ter amor, a posição política do patrão ou leva um chute no trazeiro. Que aliás são raros porque a turma tem que criar os filhos e ai… adoram as posições políticas dos patrões.

    O pig bandido não tem limites. E estão concorrendo a presidencia pelo psdb/pig.

    Um destaque: o jornal estado de minas (nome que devia ser proibido porque o jornal represnta o atraso) até que enfim denunciou que a falta de providencia do governo é o responsável pela falta de agua, está na edição de hoje 14. Só que a denúncia se refere a falta de verbas que fez com que o vale do rio são francisco em minas está seco. Esqueçam são paulo, lá tá rudo bem, é do psdb. O em é do curral eleitoral do pig rio/sp e seus redatores dão do curral do curral do pig.

    Que vergonha!

  3. Perguntas ao candidato Aécio

    Luiz Costa 14.10.2014 às 17:47

    Candidato Aécio Neves, estou ganhando muito dinheiro nas opções da PETR4 e, estou pensando em até votar no senhor, mais gostaria que fosse esclarecido os seguintes assuntos: 1 – O seu pai foi deputado pelo partido que deu suporte e apoio a Ditadura; e 2 – O senhor foi Marajá fantasma na Câmara dos Deputados aos 17 anos? (sendo que o senhor com essa idade morava e estudava no Rio de Janeiro). 3- O seu titio Dornelles (do PP) foi um dos que brigaram para emplacar o sr. Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras? Sr. Candidato o meu voto depende dessas explicações.

  4. DEMOCRACIA PARA PRINCIPIANTES
     Democracia para principiantes José Carlos Werneck Dentro de poucos dias será realizado o segundo turno das eleições de 2014,para a escolha do Presidente da República e Governadores em treze estados e no Distrito Federal,onde o pleito,não foi decidido em primeiro turno .Eleição é sempre um bonito espetáculo. É a única hora em que realmente todos são iguais perante a lei. O voto do banqueiro tem o mesmo valor do voto do bancário. A opção do operário tem o mesmo peso da do milionário. Eleições livres e democráticas são realmente uma afirmação da Liberdade de um povo.Escolha bem seu candidato, sem sofrer influências de ninguém.Compareça para votar, com serenidade. Não faça e repila veementemente os assédios de quem faz boca-de-urna. A escolha é sua e de mais ninguém!Depois vá para casa,ou reúna-se com amigos e torça para os seus candidatos.Na Democracia, vence uma eleição o candidato que tem o maior número de votos. Não importa se seja o mais ou menos  preparado, o mais culto, o mais erudito ou o mais inteligente. Vence quem o eleitor escolheu. E ponto final!SÁBIA LIÇÃOAceite serenamente o resultado das urnas. Elas expressam a vontade da maioria e não se esqueça a magistral lição do mineiro Milton Campos ,adversário de João Goulart e derrotado por este, para o cargo de vice-presidente da República, quando jornalistas lhe fizeram a seguinte pergunta:“Dr. Milton, a que o senhor atribui sua derrota?”Sereno e sorridente,  após uma tragada no cigarro, que sempre o acompanhava, Milton Campos respondeu:“Ao maior número de votos obtidos pelo meu adversário, o Dr.João Goulart!”Nunca me canso de repetir o que afirmou o grande político mineiro Milton Campos, para quem não havia saída fora da Democracia, naquela entrevista concedida após sofrer uma derrota para João Goulart, na eleição para vice-presidência da República (à época que os candidatos ao cargo recebiam votação própria, independente do candidato a presidente). Belíssima e sábia lição de Democracia. Análise precisa e e sucinta, despida de razões complicadas de Ciência Política, Sociologia ou Economia,tão ao agrado dos “cientistas políticos” de plantão, que adoram teorias, mas jamais concorreram a qualquer eleição!Assim é na Democracia. Que no próximo dia 26 tenhamos um pleito tranquilo e ordeiro. Ganhe quem ganhar, pois, afinal, eleição é sempre um bonito espetáculo!O resto é conversa fiada, ou melhor, tema para cientista político discutir enquanto bebe um bom whisky.E viva a Democracia!

  5. E a Folha ainda faz crime contra legislação trabalhista

    Daí o meu pedido de desligamento como colunista do jornal, função que exercia na figura de PJ (pessoa jurídica mediante nota fiscal), não como funcionário contratado pelo grupo Folha.

    Este “artifício” cada vez mais comum nas “grandes empresas” é claramente um crime a luz da legislação trabalhista do Brasil. Apesar de cada vez mais comum o uso de micro-empresas ou MEI (micro empreendedor individual ) para contratos de serviço de longa duração e frequência regular é proibido por lei, e a “moderna empresa” Folha faz isso para SONEGAR IMPOSTOS ao INSS e ao imposto de renda.

    Agora pergunto: QUEM VAI SER O PROCURADOR QUE VAI ABRIR A INVESTIGAÇÃO CONTRA A FOLHA ???!!

    Vale relembrar aquela estória do percussionista de Ivete Sangalo que ao entrar na justiça trabalhista em caso semelhante conseguiu arrancar tanto dinheiro dela que a receita federal resolveu até investigar a sonegação de impostos por parte da Ivete Sangalo.

    E aí Nassif não seria o caso de levar este caso também a receita federal e apurar quanto a Folha tem sonegado de impostos com estes contratos suspeitos que ferem a legislação trabalhista???

  6. A FOLHA de São Paulo continua

    A FOLHA de São Paulo continua e sempre será isso… um jornal canalha!

    Falar mal do PT pode… as portas estão sempre abertas e qualque mediocre terá espaço para tal.

    Falar bem do PT… não pode!

    Vejam que lindo… Reinaldo Azevedo é um jornalista “apartidário”…

    Quem acredita na FALHA, acredita em qualquer coisa!

    Isso porque o PT persegue a imprensa “livre” e “apartidária”…

    Pausas para rir…
     

  7. É apenas mais uma intervenção

    É apenas mais uma intervenção dos aloprados desse PT. A Dilma extende sua mão demolidora até dentro de um jornal.

    Nada como ser governado pelo Aecinho e ter como porta vozes os grandes patriotas  José Agripino Maia, o Ronaldo Caiado, o Roberto Freire e o Alvaro Dias. Vai ser aquele show de bola.

    Salmo 9.25 de João – “Antes eu era cego….”

    Vamu qui vamu….

    1.  Cornejo me responde qual a

       Cornejo me responde qual a diferença em ter como porta vozes grandes patriotas como Sarney, jader  Barbalho, Collor( viche vade retro amicus lula), Andre Vargas( deputado  exemplo do que é o PT agora) Lobão pai e filho e mais milhares de pessoas que ficariam melhor atras das grades em uma penitenciaria ao inves de na politica dando apoio a um governo extremamente arrogante e  incopetente como o de nossa presidenta. Minha avo já dizia: olhe seu propio rabo antes de falar do rabo dos outros.

  8. O que acontece?
     JANIO DE

    O que acontece?

     JANIO DE FREITAS escreve 3 x por semana em pródo PT. Mas ele tem lastro.

      Esse coitado, metido a conquistador das dispensadas, é uma esmola que a Folha deixouscrever por miserocórdia.

               Há uma diferença enorme entre ambos.

              Janio tem história do país pra contar. Xico apenas esacreve pequenos lances que conviveu com o caque corinthiano Sócrates.—mas não preenche duas colunas,

              Muito bem mandado embora..E não foi pelo motovo citado.

                      A questão ´é que ele é fraco mesmo.

                             Excelente colunista pra revista Carta Capital.

                                Pega ele,Mino Carta.

     

    1. Laranjas e bananas.

      Anarquista, assim também não, não é?

      Janio é Janio.

      Compare Xico com os normais, por exemplo, Gaspari, Josias de Souza, Cantanhede e Kfouri.

      Reinaldo Azevedo deixei fora da lista por tratar-se de um doente, logo, não é um normal.

    2. Pusta melda, o cara nunca leu

      Pusta melda, o cara nunca leu as reportagens do Xico,

      Ele quem descobriu o paradeiro do PC Farias no meio do escandalo do Collor.

  9. Cabra da Peste Arretado

    Grande Xico Sá, até para explicar o seu limite à absurda libertinagem praticada pelos donos da imprensa brasileira.

    Triste tempo. 

  10. O relato do Xico Sá é

    O relato do Xico Sá é espontâneo e cheio de verossimilhança. Concordo com ele que a Folha é o menos pior jornal em matéria de parcialidade anti-PT, se é que isso é um elogio. Tenho notado que a Folha, mesmo antes da eleição, vinha adotando um semitom em relação aos demais jornalões. Porém, mesmos os demais jornalões, não sei se essa impressão é somente minha, gostaria de obter um feed-back, aparentemente estão pegando mais macio nesta eleição do que nas outras. Claro, ainda praticam o anti-jornalismo, como nessa questão da Petrobras. Ainda assim, acho que esse ano estão mais moderados. Isso de fato preocupou-me. E mais preocupado fiquei a partir dos relatos da urnas com problemas, dos surpreendentes resultados da apuração dos votos, com Aécio obtendo uma votação absolutamente surpreendente, e da divulgação de “pesquisas” eleitorais que sonegavam à Dilma a natural parcela de eleitores que lhe cabia do espólio da Marina. Aparentemente, segundo tais “pesquisas”, santo Aécio estaria conseguindo realizar o milagre de arrebanhar todos os votos do primeiro turno que não foram para a Dilma. Acho tudo muito estranho e, como sou um tanto paranoico, tracei um paralelo com a crise hídrica de São Paulo, concluindo que, no desespero, antes da estrago moral que a crise hídrica poderá lançar sobre o PSDB muito em breve, o desespero pode ter orientado a oposição (não somente partidária) para o sombrio caminho de um golpe a partir de fraude praticada contra as urnas eletrônicas. Essa seria a razão da aparente tranquilidade.

    Enfim, é uma teoria da conspiração, mas… sei lá.

    Para quem estiver interessado, está aqui: http://marciovalley.blogspot.com.br/2014/10/a-crise-hidrica-de-sao-paulo-e-eleicao.html

  11. Rolando Lero
    Xico Sá resolve explicar, ou comentar sua saída das Folhas. Até aí beleza. A gente vai ler, interessado em saber da missa em sua plenitude (tudo que ocorreu). Aí dá de cara com um texto confuso, circular, abarrotado de prosódia semântica e nove horas à granel.   Tentei contar o número de citações de autores, personagens e obras. Impossível. Com muito esforço e perseverança dá pra entender mais ou menos como se deu a treta. Se eu fosse amigo ou chegado Xico, dava um toque pra ele maneirar no floreio. 

      1. O hábito habitua.v

        Leio o Xico desde antes da Folha, Sérgio.  Desde o seu primeiro blog. Sei que o estilo do cabra sempre foi esse.

        Também acompanhei o Xico comentarista de futebol na Tv Cultura, Cartão verde. .

        Jamais teria a ridícula pretensão de pedir para que ele mudasse seu estilo.

        Só acho que ele exagera, nesse texto, nas citações  à torto e direito.

        Palavras poder ser tudo, inclusive nada.

        1. Está difícil.

          Artaud, o homem está ofendido.

          Esse é um texto que ele escreveu de chofre, puro sentimento, nenhuma reflexão.

          É um desabafo, não é exatamente para ser entendido.

    1. E desde quando colunista

      E desde quando colunista esportivo tem que ser burro e bitolado? Já leu colunas do Armando Nogueira e do Nelson Rodrigues? Ah não leu; que pena!  Agora não dá mais.

    1. Não. Ele podia divulgar seu
      Não. Ele podia divulgar seu texto na pagina 3. Não quis.
      Na de Esportes realmente não dá para fazer proselitismo político.
      Cada coisa no seu lugar.
      Censura é “regulação da mídia”.

      1. Não. Ele podia divulgar seu

        Fala isso pro Juca Kfouri que denunciou Aécio por violência à mulher na página de esportes também. Enquanto vocês pensarem assim, os crimes continuam acontecendo no Brasil. Omissão também é crime, moço!

    1. Pois meu filho acaba de ver a sua foto na rede

      e não para de chorar.

      A culpa de sua ”beleza exótica” deve ser da Dilma ou do bolivarianismo cubo- soviete. 

  12. Prezado Xico Sá,
     
    Já o

    Prezado Xico Sá,

     

    Já o admirava e, agora, mais que nunca, pois você está ao lado do nosso maior cronista  – Rubem Braga – que, também, como colunista, mas no Estado de São Paulo, foi censurado pelo ‘palidino’ da ética e defensor intransigente da liberdade de expressão (óbvio que da liberdade de expressão só dos patrões dele kkk)- o pseudojornalista Augusto Nunes – que era diretor de redação do Estadão, quando em uma coluna que enviou para publicação,  Rubem Braga declarou expressamente seu voto para o ‘Bronco’ do Lula. Essa é a nossa imprensa.kkkk Tal Fato consta no livro biográfico de Ruben Braga nominado ‘ Rubem Braga Um Cigano Fazendeiro do Ar’ tendo como autor Marco antonio de Carvalho, já falecido, e que foi editado pela editora Globo – Especifico ainda  que a pagina que descreve essa gravíssima censura  é 556. Explica ai Augusto Nunes  Censor do Rubem Braga.kkkk

  13. Prezado Xico Sá,
     
    Já o

    Prezado Xico Sá,

     

    Já o admirava e, agora, mais que nunca, pois você está ao lado do nosso maior cronista  – Rubem Braga – que, também, como colunista, mas no Estado de São Paulo, foi censurado pelo ‘palidino’ da ética e defensor intransigente da liberdade de expressão (óbvio que da liberdade de expressão só dos patrões dele kkk)- o pseudojornalista Augusto Nunes – que era diretor de redação do Estadão, quando em uma coluna que enviou para publicação,  Rubem Braga declarou expressamente seu voto para o ‘Bronco’ do Lula. Essa é a nossa imprensa.kkkk Tal Fato consta no livro biográfico de Ruben Braga nominado ‘ Rubem Braga Um Cigano Fazendeiro do Ar’ tendo como autor Marco antonio de Carvalho, já falecido, e que foi editado pela editora Globo – Especifico ainda  que a pagina que descreve essa gravíssima censura  é 556. Explica ai Augusto Nunes  Censor do Rubem Braga.kkkk

  14. Ele queria colocar no caderno

    Ele queria colocar no caderno de esportes um texto politico. Foi oferecido a ele que o texto fosse publicado no caderno que abrange os temas politicos. E ele não gostou e pediu demissão. Entendi errado?

    Gosto muito e vou sentir falta dos divertidos textos dele na Folha, mas que foi “xilique”, foi.

    1. Sim. Entendeu errado.

      Sim. Entendeu errado. Ofereceram a ele um espaço ocupado por quem não é da casa, a página A3, tendências e debates. Como ele é da casa, evidentemente não concordou.

      Dentre outros colunistas, Reinaldo, aquele, destila seu ódio contra o PT, Lula, Dilma, em tudo quanto é coluna, mas, para a Folha, desde que ele não defenda abertamente o voto em Aécio, não é proselitismo. Entendeu? 

  15. O estilo tucano da Folha

    A Folha é tucana até no estilo.

    Nos tempos de FHC não havia desemprego, havia, segundo os tucanos, uma crise de empregabilidade.

    No tempo atual, não admitem, os tucanos, em São Paulo, por conta da crise da água, a palavra racionamento. Quando muito, falam em rodízio.

    Este estilo significa uma negação à autenticidade.

    À mulher de Cesar não basta ser honesta, tem que parecer honesta.

    Vivemos tempos em que pratica-se um jornalismo que não precisa ser honesto, basta parecer honesto.

    A Folha pratica um jornalismo tendencioso, mas não assume que o faz.  Assim agindo, quer externar para os incautos que pratica um jornalismo honesto, quando, em verdade, pratica um jornalismo que apenas parece ser honesto.

    Esse caso do Xico Sá apenas evidencia esse tipo de jornalismo.

    Para a Folha, Xico não pode ser honesto na sua coluna, para o Jornal, Xico tem que apenas parecer honesto. 

     

      

  16.  Xico Sá consegue, em uma

     Xico Sá consegue, em uma única frase, resumir perfeitamente essa campanha “Afinal de contas essa peleja é um W.O. da porra. Ou deveria ser para quem tivesse juízo.”  Perfeito.  Gente,  na política,  Aécio é o cão chupando manga….Não existe figura mais fácil de desconstruir porém,  a mídia venal e seu viés….propagando o ódio e má informação, conseguiram trazê-lo ao segundo turno.   E o da poltrona, comprando de prima

     

  17. A propaganda que a Folha…

    ….faz na TV diria: a Folha vota no Aécio, o Xico Sá não.

    VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO TÃO RECLAMADA E DEFENDIDA PELA FOLHA.

    Para mim o que pegou foi o fato de se manifestar a favor do Aécio fato tolerado e não considerado proselitismo…agora se manifestar a favor da Dilma dentro da Folha, aí sim é proselitismo…

  18. Xico pai d’égua !

    Xico Sa esperava, na Folha, poder se posicionar tão frontalmente assim ao parti pris da casa ? A Folha tem sido o jornal que mais manchetes com viés negativos tem dado ao governo federal e ao PT na reta final desta eleição. Todo dia ela tem algo de “ruim” a mostrar sobre o governo federal, mas ja em relação ao governo do estado em que se encontra, é timida em apontar os problemas que se acumulam. 

    Viva Xico Sa e sua verve, que não se perdeu na burocracia de cada dia do jornalismo conservador e do pensamento unico !

  19. O maior receito que tenho em

    O maior receito que tenho em um possível futuro governo Aécio seria justamente esse: que a mídia toda continuasse a favor dele e se tornasse chapa branca, escondendo seus erros e atacando as futuras oposições.

    E, caso isso não ocorra, o atual candidato pode se dar muito mal e prejudicar muito o País, visto que nunca Governou com cobrança e imprensa contra, dai todos os telhados de vidro de sua vida pretérita.

  20. Bafafá
    Saia fora rapá! Seu lixo. Como vc mesmo anuncia, escreve mal pra burro! Ninguém quer ler o que vc escreve! Nem seus ídolos de araque subprodutos de um país destruído por poesias de boteco e favela! Lixão! Ainda bem que vc reconhece! Se todos idiotas da Folha (de esquerda ou direita) fizessem essa boa ação o país estaria muito melhor!

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