
Organizações sociais estão em Lima, capital do Peru, para participar dos protestos antigovernamentais convocados para esta sexta-feira (28) tendo como pauta a renúncia da presidente designada, Dina Boluarte. Os protestos acontecem pela manhã, em Lima, e pela tarde conforme o horário de Brasília.
Há nove dias foram iniciadas as mobilizações da terceira tomada de Lima e os manifestantes também celebram nesta sexta, nas ruas da capital peruana, o Dia da Independência, a principal data nacional e que serve de mote para demais manifestações cívicas contra Boluarte país afora.
As manifestações se opõem ainda à eleição da Mesa Diretora do Congresso Nacional, realizada nesta semana. As organizações sociais pedem o fechamento da Casa Legislativa e a libertação do ex-presidente Pedro Castillo.
Boluarte foi designada à Presidência após Castillo ser preso, em dezembro de 2022, após dissolver o Parlamento e convocar novas eleições. A oposição o acusava de “incapacidade moral” e pela terceira vez tentava derrubá-lo quando Castillo tomou a decisão de chamar novas eleições.
No último dia 19 de julho houve o primeiro dia de protestos dessa terceira tomada de Lima. A data foi escolhida porque em 1977 o povo peruano fez uma greve que pôs fim ao governo militar de Francisco Morales Bermúdez.
Manifestantes tomam capital
Jornais peruanos relatam que os cidadãos chegaram a Lima e se reuniram em diferentes praças, como Miguel Grau, Dos de Mayo e San Martín, de onde saíram em direção ao Palácio da Justiça para as atividades de protesto.
Da mesma forma, familiares das vítimas assassinadas em Juliaca, cidade de Puno, durante os protestos do último mês de janeiro, chegaram a Lima para se juntar às manifestações levando fotos de seus familiares e exigindo justiça.
Enquanto isso, informa a plataforma Telesur, em Arequipa, a segunda capital do país sul-americano, manifestantes marcharam com cartazes pedindo a renúncia de Boluarte ou chamando-a de assassina.
Na cidade de Juliaca, representantes da Associação de Mártires e Vítimas de 9 de janeiro irromperam em um desfile cívico-militar realizado na Plaza de Armas, pedindo esclarecimentos sobre a morte de pelo menos 18 cidadãos.
Bandeira manchada de sangue
Os manifestantes também carregavam uma bandeira peruana manchada de sangue e danificada pelas balas e projéteis que recebeu da Polícia durante os protestos de seis meses atrás.
Da mesma forma, constatou-se que em Puno, onde há uma greve de 72 horas contra o governo federal e o Congresso, pelo menos nove pontos que dão acesso às regiões de Madre de Dios, Cusco e Moquegua permanecem bloqueados.
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