
Milhares de pessoas se mobilizam nesta quarta-feira (19) na capital peruana na chamada “terceira tomada de Lima” para expressar seu repúdio à nomeada presidente Dina Boluarte, que funciona como uma liderança biônica há pouco mais de seis meses após a prisão do ex-presidente Pedro Castillo.
A mobilização foi convocada pela Central Única Nacional de Rodadas Camponesas do Peru (Cunarc), a Confederação Geral dos Trabalhadores Peruanos (CGP), sindicatos de professores, movimentos indígenas e diversos grupos.
Os organizadores estimam que cerca de 30 mil pessoas na terceira tomada de Lima para exigir a renúncia da presidente Boluarte, o fechamento do Congresso, o avanço das eleições gerais e a convocação de uma Assembleia Constituinte.
Chegada dos manifestantes
Mais de 13 mil pessoas viajaram para Lima de várias regiões do Peru para participar das mobilizações em Lima. A mobilização começam à tarde, no horário de Lima, no centro da capital peruana, para a qual a Polícia Nacional anunciou que enviaria cerca de 24 mil policiais em várias áreas de Lima.
Também ocorrem marchas e mobilizações nas cidades de Cajamarca, Apurímac, Lambayeque, Ica, Huancayo, Tumbes, Piura, Chiclayo, entre outras cidades.
O protesto desta quarta tem como pano de fundo outras duas convocações realizadas em janeiro e fevereiro deste ano e que não atingiram seu objetivo principal: conseguir a renúncia da chefe de Estado e a convocação de novas eleições gerais.
Boluarte reage
Às vésperas da terceira tomada de Lima, a presidente Dina Boluarte apontou que as mobilizações desta quarta-feira na capital peruana constituem “uma ameaça à democracia”.
Segundo Boluarte, a mobilização em Lima representa uma ameaça à democracia, ao estado de direito e à institucionalidade, acrescentando que como presidente ela não permitirá ou aceitará.
Apesar de criminalizar a marcha na cidade de Lima, a presidente nomeada afirmou que o Executivo respeitará o protesto pacífico, mas enfatizou que não permitirá atos de violência por parte dos manifestantes.
Boluarte convocou a Promotoria, a Defensoria e o Ministério Público para que “sejam acompanhados durante a marcha, para que possamos garantir que sejam pacíficos, que não violem os direitos alheios”.
LEIA MAIS:

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.