
Toda teoria econômica baseia-se em uma lógica, que a precede. É em cima dessa lógica que montam-se as teorias, as fórmulas estatísticas etc.
A política econômica está amarrada à lógica da Teoria do Equilíbrio Geral Estocástico (DSGE – Dynamic Stochastic General Equilibrium).
Os modelos DSGE são amplamente utilizados em macroeconomia para analisar o comportamento da economia ao longo do tempo, incorporando choques estocásticos (aleatórios) e estudando como agentes racionais tomam decisões diante dessas incertezas. Esses modelos são baseados em microfundamentos e são utilizados por bancos centrais e instituições para prever ciclos econômicos, inflação, políticas monetárias e choques externos.
Como funciona no caso brasileiro:
- O Conselho Monetário Nacional (CMN) define uma meta de inflação. O Banco Central precisa ir atrás da meta.
- Há várias formas de inflação: choques de oferta, de demanda, indexação, exposição a preços internacionais. Mas os extraordinários modelos DSGE só aceitam uma – a inflação de demanda -, combatida por apenas uma ferramenta – as taxas de juros.
- Fica o país inteiro, então, amarrado ao fetiche do superávit fiscal e da inflação baixa. Se ocorre um pequeno – enfatizo: pequeno – déficit fiscal, ou um pequeno – repito: pequeno – aumento na taxa anual de inflação, os lanceiros do DSGE espalham o terror, comportando-se como bolsonaristas atrás de discos voadores.
- Espalhando o terror, criam uma expectativa de hipocondríaco dos juros. E toca explodir a taxa Selic, que mal arranha a inflação. Hoje em dia, a taxa real de juros (a parcela acima da inflação) é de mais de 8%, contra 0,5% dos. Estados Unidos, -0,5% na Zona do Euro, -0,1% no Japão, 0,2% no Reino Unido. É evidente que o modelo brasileiro é disfuncional. Mais que evidente, é o chamado óbvio ululante.
- Para complicar o jogo, a economia espirra lá fora e o câmbio pega pneumonia aqui dentro. Bastou um banco norte-americano anunciar o remanejamento de sua carteira de investimentos do Brasil para o México para o país ver-se “à beira do abismo”, conforme me disse uma alta autoridade.
- A consequência é mais aumento da Selic, mais aumento nas taxas de todos os títulos públicos e um aumento proporcionalmente maior no crédito privado. E a inviabilidade de qualquer ajuste fiscal.
Se há um precipício à minha frente, o carro está andando em direção a ele e, de repente, acelera a velocidade, a lógica diz que despencará no precipício.
Por aqui, não. O cabeça-de-planilha do mercado sacará de seu manual de DSGE e te convencerá que não acontecerá nada se o carro despencar no precipício.
É inacreditável a incapacidade desses economistas de enxergar o óbvio. Dirão eles: basta conseguir um superávit fiscal que as taxas despencarão e o reino dos céus será alcançado. Não existe fator tempo. Como um náufrago faz para não morrer afogado? Simples: mantenha a cabeça fora da água. Mas ele afundou bastante: quanto tempo suportará debaixo dágua? O tempo é um detalhe. Não me venha com detalhes que só trabalho com altas estatísticas. Nem bolsonarista rezando para pneu consegue ser mais ilógico.
Hoje em dia, na melhor das hipóteses estima-se que o país chegará ao final do governo Lula com a Selic em dois dígitos. Todo o problema fiscal reside na Selic extraordinariamente elevada e no fator tempo. Mas o cabeção saca de sua planilha e inverte as relações de causalidade.
E a brava tropa de economistas brasileiros nada faz, nada estuda, nada diz. Há os que enxergam o abismo no final da estrada e os que enxergam o arco-íris. Nenhum apresentaalternativas. Não há um corpo de princípios sendo alinhavado para substituir essa loucura.
Nos jornalões, as piores notícias não estão nas manchetes maldosas contra o governo. Estão nos dados de recorde da recuperação judicial, de volta do pessimismo na construção civil (que puxou o crescimento nesses dois anos), no aumento da inadimplência.
O câmbio e os juros da dívida pública continuam à mercê dos soluços externos e os bravos PhDs da Secretaria do Tesouro continuarão incapazes de estudar modelos mais eficazes de negociações de títulos públicos – como o da Alemanha -, assim como os competentes técnicos do Banco Central não ousarão sequer pensar em formas de blindar o país dos choques externos ou de amenizar essa terrível dependência da taxa de juros. Mas não ousar sequer uma tese, para não correrem o risco de serem escrachados como desatualizados.
Na academia, prossegue a luta inglória entre ortodoxos e heterodoxos. E as soluções? E as saídas?
Leia também:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Pergunta simples: QUEM PAGA AOS CABEÇÕES… E PRA QUÊ?
São gargantas de aluguel. Simples.
Não posso concordar mais.
As dinâmicas do modelo pro-rentista inaugurado nas reformas econômicas da “estabilização” nos anos 1990, que tinham como objetivo garantir a validade do real, na realidade se transformaram na plataforma de especulação perfeita. Os burgueses domésticos adoraram a ideia pq deitam e rolam na maior taxa de juros do mundo, e os gringos também, que invadem os títulos da dívida atrás do mesmo juros, e saem correndo qnd convém.
A estrutura financeira subordinada internacional no Brasil garante a manutenção dos extraordinários dos rentistas, sem qlq controle de cambio e capitais.
É o plano de estabilização mais instável da história.
Viva o plano real…
E sabe por quê adoram o modelo DSGE? É o que proporciona maiores ganhos a bancos e grandes investidores. Simples assim.
9 % (com viés de baixa) ou morte!
Porque o BC simplesmente não recorre à ferramenta do recolhimento compulsório? Ao invés de pinsistir na alta do SELIC
Banco Central nas maos do mercado financeiro: só poderia esperar o melhor pra eles e o pior para o pais
Morreu.
Não adianta sonhar com o modelo de gestão da dívida pública da Alemanha, Nassif.
Eles agem dessa forma porque ganham, aqui, o que não podem ganhar lá. Leia-se, remunerar títulos com taxas de juros astronômicas.
Aliás, só o fazem porque existem paraísos como o Brasil, que é uma espécie de motel de estrada, de pernoite, onde seus capitais dormem e vão embora na manhã seguinte, seguindo viagem mais parrudos e corados.
Bendito livre fluxo de capitais. Bendito mercado secundário.
Para isso serve o Terceiro Mundo. Para cevar os capitais estrangeiros, manter a saúde financeira das ex-metrópoles.
Quanto aos economistas…
São como os psiquiatras, que não servem aos seus ‘pacientes’, e sim às famílias destes.
Para cada uma Maria da Conceição Tavares, há mil Bob Fields Neto.
É a política, estúpidos!
Como é que um cara, com 30.000 anos de janela, acredita em uma ciência que tem por objeto um ramo do conhecimento que impacta diretamente o quanto determinado tipo de agente ou classe vai ganhar ou vai perder?
Equilíbrio?
Modelos e variáveis?
Hehehehe…
Hehehehe…
Em um modo de produção que associa sucesso a uma assimetria (desequilíbrio) intrínseca, que repousa na seguinte lógica: muitos poucos, cada vez mais poucos acumulando e concentrando cada vez mais e mais, como calcular algo?
Será que alguém pode avisar ao Nassif que a ciência é um campo de disputa de classes (e ideológico, claro), e que não haverá essa epifania desejada por ele, muito menos na ciência econômica e seus desdobramentos em políticas econômicas?
Nassif, às vezes sua ingenuidade me dá uma tristeza danada.
Outras vezes, me animo, e imagino:
– é só cinismo dele, e a gente é que não entendeu a ironia mineira clássica e ferina.
Não consigo fazer o jogo limpo quando a sapatada está pegando. No exemplo citado, o motorista sabe muito bem que o precipício está à frente mas segue firme. Suicida ? Claro que não, apenas tem seu paraquedas e os demais que se lixem. Assim é com a condução da economia e as eventuais críticas. A pergunta básica é: a quem interessa ? Ao grupo de 0,5 % da população que se locupleta com a derrama promovida pela SELIC, Rede Globo incluída – deficitária no negócio mas lucrativa no manejo do Caixa como bem tu bem demonstrou – e o povo que pague o festerê e, como cereja do bolo, ainda serve como cínica arma de ataque ao governo Lula. Juros altos, falta de estoques reguladores, disparada oportuna do dólar, custo da energia tudo pode ser controlado pelo governo federal basta a disposição de agir. É mas a oposição . . . A oposição é política e política se controla pela movimentação popular coisa que o governo atual não faz. É um ausente ou mau condutor basta ver a diferença entre a comunicação federal e os globais em suas arengas, um vem com conversa e termos distantes do povaréu e outros usam e abusam da conversa coloquial e gráficos de fácil entendimento. E ao fim o que resta é a singela verdade que o acaso ou a ignorância neste jogo não existem, são só intere$$e$ e cotoveladas.
Parabéns pelo texto que deve incitar os economista heterodoxos a se unirem, pois é a ação coletiva que tem potencial transformador, e travar o bom combate . À luta, companheiros na causa da justiça social.
Infelizmente não é assim que funciona o mundo dos negócios. Marx já nos pré-avisou que:
“No campo da economia política, a investigação livre e científica encontra muito mais inimigos do que nos outros campos. A natureza particular do assunto de que trata ergue contra ela e leva para o campo de batalha as paixões mais vivas, mais mesquinhas e mais odiosas do coração humano, todas as fúrias do interesse privado. A Igreja de Inglaterra, por exemplo, perdoará muito mais facilmente um ataque a 38 dos seus 39 artigos de fé do que a 1/39 dos seus rendimentos. Comparado à crítica da velha propriedade, o próprio ateísmo é hoje uma culpa levis. Todavia, é impossível não reconhecer um certo progresso neste aspecto. Basta-me para isso remeter o leitor para o Livro Azul publicado nestas últimas semanas: Correspondence with Her Majesty’s Missions Abroad, regarding Industrial Questions and Trade’s Unions. Os representantes estrangeiros da coroa inglesa exprimem claramente nesta obra a opinião de que na Alemanha, na França, como em todos os estados civilizados do continente europeu, uma transformação das relações existentes entre o capital e o trabalho é tão sensível e tão inevitável como na Grã-Bretanha. Ao mesmo tempo, do outro lado do Atlântico, o Sr. Wade, vice-presidente dos Estados Unidos da América do Norte, declarava abertamente em várias reuniões públicas, que depois da abolição da escravatura a questão na ordem do dia seria a da transformação das relações do capital e da propriedade fundiária. Tudo isto são sinais dos tempos, que nem mantos de púrpura nem sotainas negras podem ocultar. Não significam, de modo algum, que amanhã vão acontecer milagres; mas mostram que mesmo nas classes sociais dominantes começa a despontar o pressentimento de que a sociedade atual, muito longe de ser um cristal sólido, é um organismo susceptível de mudança e em permanente processo de transformação”.
Eu me recuso a chamar os analistas do mercado de economistas. Não passam de feiticeiros com truques desatualizados. Porém os economistas de fato também falham muito nas suas análises. Os analistas sempre mudam o foco para um outro indicador mais chamativo quando o indicador em foco anteriormente deixa de preocupar. Ex. Até Dilma 1 o foco era a dívida líquida, era consenso que 40% sobre o PIB era a meta para o “investment grade”. Tão logo se chegou à meta, passaram a questionar a dívida bruta, seguindo a liderança do malandro Delfim Netto. Outro exemplo: até a aprovação das medidas de contenção de aumento de gastos no ano passado, o foco era o déficit primário, o que se entendia ser fator de estabilização da dívida. Assim que as medidas foram aprovadas, misteriosamente os sabichões trocaram o foco para o déficit nominal em tenebrosos 8% do PIB.
E os economistas passam batido por um erro crasso de entendimento dos números e aceitam os argumentos de déficit nominal insuportável. Em primeiro lugar, uma análise honesta até poderia tratar da dívida bruta, mas apenas a interna, já que a externa não causa déficit por estar totalmente compensada pelas reservas em moeda estrangeira. O déficit nominal no ano passado foi muito afetado pelo preço do dólar, de forma que os 8% devem ser algo menor. Outra “moscada” dos economistas é tratar déficit nominal com casca e tudo. A maior parte do número é efeito da inflação sobre o estoque da dívida que é paga com a rubrica de juros nominais (se dívida=80% e inflação=5%, só aí tem déficit nominal de 4%, metade do pseudo problema). É inadmissível que economistas aceitem este argumento, já que a preocupação é com a relação dívida/PIB. Se a dívida aumenta com a inflação, o PIB também aumenta (em geral até mais que o IPCA, o deflator implícito do PIB costuma ser maior que o IPCA). Contribuiriam muito os economistas, de qualquer corrente, se fizessem contas antes de emitir suas doutas opiniões.
Prezado Nassif,
A despeito de tudo que você disse, com esse grupo de Ministros, não há esperança para chegar a um porto seguro. Para resolver esse problema, primeiro é preciso ter coragem e capacidade de governança/gestão para reduzir pela metade o número de ministérios. Em seguida, substituir, pelo menos, a metade dos Ministros “sobreviventes”. Parece que o critério da escolha desse grupo é o mesmo adotado por alguns dirigentes de times de futebol que formam um time com grande número de “ex-jogadores em atividades”. No caso dos times, a maioria é rebaixada.
Texto que me representa FORTEMENTE!!!
Nassif é incrivel q cobram e criticam o Lula MUITO MAIS q o Bolso,isso só tem ima explicação,PRECONCEITO,ai junta a bancada do pt q monta nas costas de Lula em todas as eleições,são uns mamadores na TETA do Estado,veja só vc escreveu awui ^taxa real no Brasil 8% e nos Euaaa traira 0,5%”e ng governista sabe oegar esse DADO MONTRUOSO e desenvolver a favor é uma inércia devem estar todos assustados e esoerando o dinheiro cair na conta !!!
Luiz
O governo não quer pagar a divida vai barrigar pro proximo presidente marmitao.
O povo que si dane.
Votamos esperamos que um dia surja um heroi para nos salvar.
Dinheiro. Sempre a busca pelo dinheiro. Alheio de preferência. Cada 1% de aumento da taxa de juros representa acréscimo de 50 BILHÕES na dívida pública. Advinha para o bolso de quem vai o bônus?
Não espere alternativas de economistas criados para servir ao capitalismo patriarcal, eles estão condicionados a uma forma específica de pensar não só a economia mas a história e a política.
Sugiro a interessados que superem seus próprios preconceitos e se informem sobre a vanguarda do pensamento econômico e político, sendo desenvolvida na Europa, especialmente na Universidade Autônoma de Barcelona, que desenvolve estudos e pesquisas sobre “degrowth” e “post-growth”, que no Brasil ainda é mal compreendido, e tem uma das linhas de pesquisa influenciada pela Teoria da Dependência (aqui desvalorizada como superada e lá, revitalizada com interpretações revolucionárias sobre o equívoco do capitalismo e as possibilidades reais de socialismo ecológico e democrático. Esses pesquisadores são ouvidos em Parlamentos europeus como o holandês e publicados em revistas prestigiadas como a Lancet, defendem a soberania política e econômica do chamado Sul Global e apresentam ideias que nos interessam como países vítimas da lógica imperialista, e fazem isso com trabalho acadêmico confiável e sofisticado, mas continuam ignorados por quem mais se beneficia de suas propostas. Este artigo é o recente. https://www.thelancet.com/journals/lanplh/article/PIIS2542-5196(24)00310-3/fulltext?s=09 Minhas sugestões ao atual governo e que estranhamente nenhum economista, essa espécie de teólogo dogmático farisaico, sequer discute (e esse é o problema, não aceitar discutir propostas que contrariem suas seitas): 1. Auditoria da dívida pública (independente da opinião sb o grupo de auditores que defende a ideia, há que se admitir que ninguém paga dívida, sem conhecer sua origem e discutir possibilidade de renegociação), com alteração de sua taxa de remuneração e limite de pagamento a 20% do orçamento público, ou menos 2. Reforma fiscal que enfrente o rentismo, as elites do serviço público e a cobrança de impostos regressiva contra o setor produtivo e os mais pobres 3. Mudança radical de paradigma de desenvolvimento, a partir de teorias como a da Dependência e os limites do crescimento (abandonadas no século 20 e retomadas pelo movimento “degrowth/post-growth”) que revolucione da forma de produção, distribuição e consumo às pesquisas e inovação das universidades públicas 4. Democracia participativa decisória para superar a cooptação da democracia representativa liberal burguesa pelo fascismo e pelas capitanias hereditárias inicialmente através de plebiscito e referendo, já previstos na CF88 e aguardando regulamentação 5. Que o ministério da cultura criasse projetos de “teatro do oprimido” para disseminar no país o trabalho política e artístico do gênio Augusto Boal (esse teatro já é praticado diariamente por todos nós mas sem a consciência e organização coletiva da forma do Boal, que revive a grande contribuição grega ao Ocidente (teatro, política e filosofia como interfaces da mesma busca existencial por sentido e comunidade). 6. Plano de transição energética ousado que desapegue da ilusão do petróleo e da sua dependência financeirizada e utilize a infraestrutura e potencial da Petrobras e da cadeia do petróleo para descobrir e desenvolver fontes de energia não poluentes, para não sermos surpreendidos por inovações estrangeiras das quais estaremos novamente na rota de dependência internacional se desistirmos do que poderíamos desenvolver (a China faz não porque tem dinheiro mas porque tem coragem e independência ideológica, nós ainda somos reféns do medo de ser brasileiros). Não podemos abandonar o legado revolucionário desse país, amadurecido no século 20 sob diferentes ditaduras (a populista de Vargas e a imperialista dos militares): Celso Furtado, Paulo Freire, Augusto Boal, as feministas, os idealizadores da CF88, os que resistiram às ditaduras, a literatura e o teatro, mais artísticos quanto mais engajados nas tragédias e possibilidades do país, seu povo e história. Sejamos modernistas, a mistura de teoria sul americana (a Teoria da Dependência) digerida por europeus anti imperialistas, devolvida como “degrowth/post-growth”, remisturada ao que já produzimos no século 20 como semente mas ainda não foi devidamente desenvolvido, pode ser o caminho para a tão sonhada soberania popular nacional, em solidariedade com os países do Sul Global+Ásia, na construção do novo mundo que esse século tem como missão realizar. Já gastamos um quarto dele insistindo no que não funciona. Ousadia não é um luxo, é uma necessidade se queremos sobreviver e parar de destruir o planeta. São Paulo, 30/012025 – 10h18.
Celso Furtado?
Desenvolvimentismo nacional?
Onde?
Bem, só se acabarmos com o capitalismo.
Não é possível gerenciar esse modo de produção, politicamente falando, porque essa conversa fiada de economia é só conversa fiada mesmo.
O capitalismo funciona na base da assimetria, e não há como países pobres, e que não avançaram “no tempo devido” (acumulação primitiva) recuperarem alguma possibilidade de entrarem no grupo dos mais ricos e desenvolvidos.
A não ser, como eu disse, que acabemos com o capitalismo (minha “fé”) ou que uma guerra descomunal deixe o mundo à mercê dos países pobres produtores de comida, mesmo assim, os países ricos teriam que exaurir suas forças armadas, porque no Brasil, por exemplo, até o exército boliviano é capaz de nos subjugar.
Essas propostas de gerenciamento das crises capitalistas, remodeladas em slogans e anglicismo bonitinhos (degrowth e post-growth), são legais e até funcionam como “analgésicos morais” para nossa preguiça teórica e ausência de uma práxis anticapitalista.
Mas não servem para nada.
Economistas europeus avançados, piada né?
só nao concordo com ºNão há um corpo de princípios sendo alinhavado para substituir essa loucuraº, Nassif.
vc esquece os economistas q, a partir do ºcorpo de princípiosº da Economia Solidária, está tentando colocar a proposta da Reindustrialização Solidária na agenda da NIB.
Para ºsubstituir essa loucuraº e proporcionara a governabilidade q precisamos, recomendo q analise a proposta. Abraço Solidário, Renato Dagnino.
Estou de acordo com as opiniões de Luiz Nassif.
Vou passar a ler sempre o GGN