
Uma equipe de 11 economistas do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Grupo Indústria e competitividade, juntou forças para tentar estimar os efeitos do Covid-19 no PIB deste ano [i].
Recorreram ao modelo matriz-insumo – que permite avaliar tendências no consumo, exportações e investimentos em 123 bens e serviços, agregados em 12 setores produtivos, com base na classificação das Contas Nacionais do IBGE.
O estudo trabalha com três cenários.
O pessimista prevê queda de 11% este ano; o otimista, queda de 3,1% e um cenário de referência prevê queda de 6,4%.
A variável emprego é uma das mais afetadas. Nos três cenários – otimista, referência e pessimista – as projeções são respectivamente de redução de 4,7 milhões, 8,3 milhões e 14,7 milhões de empregos.
Entraram na conta as estimativas de demissão de trabalhadores e de diminuição das horas trabalhadas. O impacto maior será em setores de salário médio inferior.
As estimativas de queda da receita fiscal são de 4,1%, 8,2% e 13,9% para os três cenários.
Os cenários são os seguintes:
Cenário otimista – sugere crise em V. Ou seja, uma queda brusca com rápida recuperação da atividade econômica. Depende de um período de isolamento social e de ação eficaz do governo para minimizar impactos na renda da população e no fechamento das empresas e, no setor externo, de uma recuperação da economia mundial no 2o semestre, puxada pela China
Cenário referência – recuperação em U, com retomada lenta após um período maior de isolamento social e de adoção de medida protetivas menos eficazes. No cenário externo, um período mais prolongado de recuperação da economia mundial.
Cenário pessimista – recuperação em L ou U prolongado no cenário doméstico, por medidas inadequadas de contenção da epidemia e de mitigação dos efeitos econômicos sobre o mercado de trabalho, a pobreza e a desigualdade. No cenário externo, recuperação lenta da atividade econômica apenas a partir de 2021, com a proliferação de medidas protecionistas.
Devido à redução dos fluxos internacionais de bens e serviços, haverá queda significativa das exportações, além de mudança em sua composição, com aumento de participação dos bens agrícolas – de menor valor agregado. Em todos os cenários a redução as exportações será maior que a redução das importações, impactando o saldo comercial.
Como haverá maiores perdas relativas na indústria de transformação, haverá uma redução gradativa da especialização no trabalho, significando menores salários e piores empregos.
Nesse trabalho, constatou-se a fragilidade do consumo das famílias e das empresas, e incapacidade de investimento do setor privado. No caso dos gastos e investimentos do setor público, limitou-se a trabalhar com os projetos até agora anunciados, de compra de equipamentos de saúde e do plano Pró-Brasil, de R$ 40 bilhões em investimentos.
O grupo promete um trabalho adicional, estimando um cenário de flexibilização das emissões monetárias e de aumento sensível do investimento público, assim como da recomposição das receitas dos Estados e das famílias.
[i] Esther Dweck (coordenadora), Carlos Frederico Rocha, Fábio Freitas, João Carlos Ferraz, Julia Torraca, Kaio Vital, Kethelyn Ferreira, Maria Christina Vilar, Marilia Bassetti, Marta Castilho e Thiago Mguez.
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Com o governo eleito em 2018, é principal obstáculo.
Principalmente em função da queda de arrecadação de impostos, taxas e a lei do teto de gastos públicos.
Tudo indica que as ações do governo eleito de 2018, vai atuar de forma pró-cíclica, o que irá aprofundar a depressão econômica.
Precisamos urgentemente evitar os impactos queda da arrecadação dos estados e municípios.
Uma possibilidade seria a emissão de real no mesmo nível da queda da arrecadação, repassando para os governos federal, estaduais, e municipais.
Outra forma seria a emissão de moeda para pagar um seguro desemprego por período maior que o atual, até o desemprego fique abaixo do 5%.
Apesar de permitir aos desempregados voltarem ao mercado de crédito, impediria a propagação de um risco sistêmico do aumento da inadimplência, além de permitir a manutenção da demanda de Bens de Consumo Não Duráveis.
com a queda da arrecadação que se anuncia, a queda da atividade poderá ser muito maior, um exemplo é a vendas de veículos abril, com queda de quase 80% em relação a abril do ano passado.
vendas de carro, gera IPI,ICMS,IPVA e ISS
Tudo andando bem,conforme o planejamento dos banqueiros q não gostam q outros tenham dinheiro, aliás fizeram uma jogada de mestre com o corona pois principalmente no Brasil ficaria bem claro o resultado da política neoliberal chilena do Guedes(essa das reformas e o automático investimento e crescimento de mil por cento!)
Obs: Alguém pode me explicar o pq do Trump (se pronuncia Thuamp)ter uma equipe econômica do escândalo das suprimes de 2008 q detonou os EUA??
Obs2:Se o americano descobrir isso vai ficar muito brabo !!
Estamos diante de um aumento exponencial do desemprega, que de arrecadação de impostos e taxas, suspensão de contratos de trabalho, redução de jornada de trabalho.
Ou seja queda da capacidade de consumo das famílias, e dos gastos públicos sem precedentes, e copom sinaliza uma redução insignificante dos juros da Selic.
Na verdade o copom precisaria tem convocado uma reunião extraordinária, e ter reduzido os juros para zero, até que a crise sanitária seja superada, e ainda abrir possibilidade de praticar juros negativos.
Vai ser duro.
FENABRAVE—–Emplacamentos Novos abril de 2020
http://www.fenabrave.org.br/portal/files/2020_04_2.pdf
A FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, reúne 51 Associações de Marca de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, implementos rodoviários, motocicletas, tratores e máquinas agrícolas.
A Federação representa mais de 7,3 mil concessionárias de veículos, no Brasil, que, juntas, respondem pela geração de 315 mil empregos diretos, correspondendo a 4,51% do Produto Interno Bruto – PIB do País.
Missão da Fenabrave: Defender os interesses do setor, zelando pelo cumprimento da Lei 6.729/79, representando seus interesses políticos, econômicos e legais, trabalhando em parceria com as Associações de Marca. Contribuir na formação e desenvolvimento de profissionais e gestores do segmento. Desenvolver e debater as melhores práticas de processos e negócios, por meio de intercâmbios com associações congêneres internacionais.
http://www.fenabrave.org.br/portal/conteudo/conteudo/introducao
http://www.fenabrave.org.br/portal/conteudo/emplacamentos
Quanto ao setor agrícola:
– tem sido particularmente afetado pela pandemia. O fechamento da indústria de turismo e lazer – hotéis, bares e restaurantes – levou à um excesso de oferta de alimentos no curto e médio prazos. Está afetando toda a cadeia, de produtores à indústria. Os produtores ainda enfrentarão, em especial no hemisfério norte, a possibilidade de escassez de mão-de-obra na época de colheita que se inicia, devido à quarenta e aos efeitos da pandemia
– em um contexto de protecionismo puxado pelos EUA, a necessidade de socorrer produtores e indústria nacionais tenderá a elevar os graus de subsídios e intervencionismo estatais
– portanto, o setor possivelmente atravessará modificações significativas até o final do ano
Em uma crise cíclica do capitalismo é até discutível socorrer diretamente os devedores, até cabe as justificativas de que ações incentivariam ainda o aumenta da inadimplência.
Mas em uma situação provocada por uma crise sanitária, que ocorre a cada 100 ou 200 anos. temos que ser criativo, e entender que a resposta não estão nos livros e no manuais de economia.