Jornal GGN – Ao contrário de outros países, a Nova Zelândia adotou um bloqueio social muito mais rigoroso para combater o avanço do coronavírus – e os resultados já podem ser vistos no achatamento da curva de contágio no país.
Segundo o jornal norte-americano The Washington Post , a política de “eliminação” ao invés da “contenção” adotada por outros países – está funcionando: apesar de um grande aumento nos testes, o número de novos casos caiu por dois dias consecutivos, com 54 casos confirmados ou prováveis relatados. Assim, o número de pessoas que se recuperaram (65 pessoas) excede o número de infecções diárias.
Entre as medidas, está a proibição de atividades como caçar em áreas arborizadas e nadar na praia – além de não serem atividades consideradas essenciais, existe a orientação de não fazer nada que venha a desviar os recursos dos serviços de emergência.
O país também adotou iniciativas precoces, como fechar suas fronteiras para estrangeiros no dia 19 de março, e a primeira-ministra Jacinda Ardern foi à televisão fazer um pronunciamento e apresentar um plano de alerta para responder ao vírus, com um bloqueio total no nível 4 – e líderes do país pediram para que as medidas mais extremas fossem adotadas rapidamente.
Em 23 de março, Ardern fez um novo pronunciamento e deu ao país 48 horas para se preparar para um bloqueio de nível 4 – onde todas as pessoas tiveram que ficar em casa por quatro semanas, a não ser que trabalhassem em algo essencial, como assistência médica, ou fossem ao supermercado e se exercitassem perto de casa.
Apesar das críticas, houve senso de propósito coletivo, e a resposta foi notavelmente apolítica inclusive pelos representantes da oposição.
Embora os resultados tenham levado a chamadas pela flexibilização do bloqueio para o feriado de Páscoa e o final do verão, Ardern está convencida que o país vai completar quatro semanas de bloqueio antes de começar a afrouxar as políticas.
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Enquanto isso*, nesta semana até a próxima:
Mundo passará de 1,5 milhão de casos e 100 mil mortes, com letalidade crescente de 6%
EUA passará de meio milhão de casos e 15 mil mortes, letalidade crescente de 3,2%
Brasil** passará de 15 mil casos, mil mortes e letalidade crescente de 5%.
Brasil entrará no “Top 10” de casos
** Sem considerar a bastante provável subnotificação
* Fonte: John Hopkins University / OMS