Covid-19 – Balanço de momento: Estatísticas mundiais e a dinâmica da pandemia em terras brasileiras, por Felipe Costa

As taxas de casos e mortes estão desencontradas. A primeira caiu, enquanto a segunda tornou a subir.

Covid-19 – Balanço de momento: Estatísticas mundiais e a dinâmica da pandemia em terras brasileiras.

Por Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 3 e 9/10, as taxas ficaram em 0,0165% (casos) e 0,0110% (mortes). A primeira caiu, enquanto a segunda tornou a subir. Não estamos conseguindo fazer com que os valores (em especial, claro, a taxa de mortes) sigam a cair e se aproximem ainda mais de zero. Máscaras e vacinas seguem na ordem do dia.

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas no fim da tarde de ontem (9/10) [1], eis um resumo da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 621.437.594) e 69% das mortes (de um total de 6.557.337) [3].

(B) – Nesses 20 países, 446 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 97% dos casos. Em escala global, 606 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista está a ser liderada agora pela Alemanha, com 1,496 milhão de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda o Japão (1,453 milhão), Estados Unidos (1,435), Taiwan (1,18) e Rússia (1,16). O Brasil (190 mil) está na 10ª colocação; e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos Estados Unidos (11,97 mil); em seguida aparecem Japão (2,98 mil), Rússia (2,79), Alemanha (2,24) e Brasil (1,89).

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 3-9/10.

Ontem (9/10), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 482 casos e 9 mortes. Teríamos chegado assim a um total de 34.719.507 casos e 686.851 mortes.

Na semana encerrada ontem (3-9/10), foram registrados 39.974 casos e 531 mortes. Em relação aos números da semana anterior, o primeiro caiu e o segundo subiu (26/9-2/10: 47.313 casos e 515 mortes).

3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.

Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes. Em relação aos valores da semana anterior, as trajetórias agora estão desencontradas: a primeira caiu e a segunda tornou a subir.

Vejamos os resultados mais recentes.

A taxa de crescimento no número de casos caiu de 0,0195% (26/9-2/10) para 0,0165% (3-9/10) (ver a figura que acompanha este artigo) [4].

A taxa de crescimento no número de mortes subiu de 0,0107% (26/9-2/10) para 0,0110% (3-9/10).

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FIGURA. A figura que acompanha este artigo ilustra o comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 9/10/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.

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4. CODA.

As taxas de casos e mortes estão desencontradas. A primeira caiu, enquanto a segunda tornou a subir. Em ambos o casos, não estamos conseguindo fazer com que os valores sigam a cair e se aproximem ainda mais de zero. (A preocupação maior, claro, diz respeito ao comportamento da taxa de mortes.)

Máscaras e vacinas seguem na ordem do dia, sobretudo no interior de recintos fechados. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço [email protected]. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).

[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 10 grupos: (a) Entre 95 e 100 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 35 e 40 milhões – França; (d) Entre 30 e 35 milhões – Brasil e Alemanha; (e) Entre 20 e 25 milhões – Coreia do Sul, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia; (f) Entre 15 e 20 milhões – Turquia; (g) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (h) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã e Austrália; (i) Entre 8 e 10 milhões – Argentina e Países Baixos; e (j) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México, Taiwan e Indonésia.

[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

[4] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).

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Redação

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