Maximiano comparece, mas usa HC para permanecer em silêncio na CPI

Sócio-proprietário da Precisa Medicamentos se recusa a responder maior parte das perguntas feitas por Renan Calheiros

Sócio-proprietário da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano. Foto: Pedro França/Agência Senado

Jornal GGN – O empresário Francisco Maximiano, sócio-proprietário da Precisa Medicamentos, usou um habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), para permanecer em silêncio em seu depoimento à CPI da Pandemia.

A ministra já havia garantido ao empresário o direito de não responder perguntas potencialmente incriminatórias no mês de junho, mas a defesa apresentou um pedido de reconsideração, alegando que sua condição como investigado ainda não estava tão evidenciada quando o habeas corpus foi proferido.

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Das perguntas respondidas até o momento ao relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB), Maximiano confirmou que conhece o deputado federal Ricardo Barros (PP), atual líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, que possui um contrato em vigor com o Ministério da Saúde – “para o fornecimento de preservativos femininos” –, e que o relacionamento entre a Precisa e a empresa indiana Bharat Biotech tiveram início no final do primeiro semestre de 2020.

Além disso, Maximiano afirmou que não fez lobby pela mudança da MP 1026, que viabilizou a liberação de vacinas autorizadas por órgãos regulatórios de outros países. Contudo, reportagem publicada pela revista Crusoé mostra que o diretor da Precisa Medicamentos procurou uma diretora do Ministério da Saúde, nomeada por Barros, para solicitar uma mudança que tornasse a importação da vacina Covaxin viável.

Antes do início da oitiva, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues, afirmou que, se faltar com a verdade no depoimento, Francisco Maximiano pode ser preso, e que o empresário “tem o agravante de ter abusado da boa vontade da CPI”, segundo a Agência Senado.

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Redação

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