Ministro da Justiça se diz cético com eleições e esperançoso com Toffoli no comando do STF

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
Foto: Agência Brasil
 
Jornal GGN – Em entrevista divulgada nesta quarta (4) pelo Valor Econômico, o ministro da Justiça Torquato Jardim se demonstrou cético em relação à eleição de 2018, mas esperançoso com a alçada de Dias Toffoli ao comando do Supremo Tribunal Federal, a partir de setembro.
 
Segundo o ministro, a eleição começa marcada pelo grande volume de votos em candidato nenhum, refletindo a falta de uma liderança política forte oferecida pelos partidos. Além disso, ele refletiu que independente de quem venha a ser eleito, o “presidencialismo de cooptação” não vai acabar pois o perfil do Congresso tende a ser o mesmo de hoje.
 
Questionado sobre o papel de Lula na eleição, ainda que preso em decorrência da Lava Jato, Torquato avaliou que ele tem condições de influenciar porque é um grande referencial. Só precisará descobrir como superar o ostracismo forçado pela grande mídia. “Mesmo na prisão. O [Nelson] Mandela foi referencial nos 29 anos de cadeia, depende de como se faz o trabalho institucional.”
 
Sobre a Lava Jato, Torquato disse que a operação destruiu a imagem de muitas instituições e não “colocou nada no lugar”. O resultado disso impacta justamente nessa falta de referências para o eleitorado escolher. “Qual partido ou político está a salvo das críticas? Nenhum. A eleição de outubro não terá solução para isso.”
 
TOFFOLI
 
Quando o assunto é a chegada de Dias Toffoli à presidência do Supremo Tribunal Federal, Torquato diz que vê “muita esperança” nessa nova “administração”.
 
Toffoli seria melhor que Cármen Lúcia para o cargo porque ele “vem da advocacia, é uma pessoa pragmática. Já viveu a política. Sabe o que é governo, sabe o que é orçamento, o que é conviver e compatibilizar. Isso é inerente nele. Ele tem muito bom diálogo com os colegas do tribunal, não teme conversar com o Executivo e o Legislativo. Ele é talhado para o diálogo e cria ambiente até para uma dissidência respeitosa. E vai ensejar não só anuência como divergência. Eu tenho muita esperança na presidência dele.”
 
Leia a entrevista completa aqui.

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    1. Você tem razão. “Zé Mané” não

      Você tem razão. “Zé Mané” não soa bem. Particularmente prefiro “Zé Pilantra” ou mesmo “Zé sem índole”.

  1. O objetivo da farsa jato

    O objetivo da farsa jato é um só: destruir o País, via destruição de suas grandes empresas, da economia e da política. Não tem nada de combate à corrupção, a exemplo do que foi o processo do Banestado. Tentou a todo custo salvar e esconder a lama que envolve o tucanato, como forma do partido passar a ser o dono do poder no futuro próximo, mas deu com os burros n’água, pois a lama transbordou. Quem age fora dos ditames legais e constitucionais não passa de um fora da lei, use trapos, peletós ou togas.

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