E com vocês a Justiça Militar, um T-Rex prestes a ser extinto, por Fábio de Oliveira Ribeiro

Legítimo representante do Predador-Exterminador que dominou o Brasil, Bolsonaro foi programado para destruir o presente e caçar o futuro idealizado pela Constituição Cidadã.

E com vocês a Justiça Militar, um T-Rex prestes a ser extinto

por Fábio de Oliveira Ribeiro

Nesse teatro do absurdo em que o Brasil foi mergulhado, tudo é possível. Aqui mesmo no GGN fiz referência a um conflito memorável que nunca ocorreu no cinema https://jornalggn.com.br/f%C3%A1bio-de-oliveira-ribeiro/um-presidente-cinematografico-na-botocundia/ para explicar a realidade brasileira.

Hoje temos que adicionar um novo personagem nesse melodrama histérico-histórico: o Exército brasileiro.

Milhares de oficiais da ativa estão confortáveis nos novos cargos que ganharam, mas os comandantes da corporação militar estão preocupados. Afinal, não é possível criticar esse governo incompetente, genocida, desumano, insano e economicamente fracassado sem ofender as Forças Armadas. Ao mergulharem na política elas não conseguirão salvar sua imagem.

Originalmente, eu havia dito que

“…O neoliberalismo nazi-bolsonariano reúne características tanto do Predador quanto do Exterminador do futuro. Ele é uma máquina que deseja acumular o máximo de lucros com o mínimo de humanidade. O excesso de liquidez obtida de maneira desumana não será investido no futuro do nosso país. A fuga de dólares comprova que o mercado alienígena é mais rentável do que o brasileiro.

Legítimo representante do Predador-Exterminador que dominou o Brasil, Bolsonaro foi programado para destruir o presente e caçar o futuro idealizado pela Constituição Cidadã. Ele não poderá se desviar desse objetivo maquinal que se ajusta perfeitamente à sua natureza perversa de soldado frustrado.”

Todavia, esse excepcional regime de exceção não poderá ser salvo pelo representante do Predador-Exterminador. Isso explica a tentativa de Bolsonaro de introduzir um novo personagem na trama. Como a censura é impossível, o mito quer que os críticos das Forças Armadas sejam julgados pela Justiça Militar. Isso também é constitucionalmente impossível, mas o impasse que me causa espécie é o seguinte: com quem devemos identificar esse novo personagem?

A Justiça Militar não se parece em nada com o Predador, pois ela não sai à caça de suas vítimas e só ode julgar as denúncias que são feitas pelos promotores militares. A semelhança entre ela e o Cyberdyne Systems Modelo 101, série 800, é muito tênue. Os juízes militares não podem exterminar suas vítimas, nem tampouco impedi-las de recorrer das decisões que eles proferem. E como o STF é o guardião da Constituição em última instância, é evidente que o STM é um tribunal subalterno.

No contexto histérico-histórico brasileiro, a Justiça Militar entra na trama como se fosse uma espécie de fóssil que recupera a vida. Um T-Rex fardado, utilizado para amedrontar os incautos, especialmente os jornalistas.

O T-Rex é um personagem ambíguo. Algumas vezes ele devora advogados, outras ele salva seres humanos devorando “predadores” menores (Jurassic Park 1, 2 e 3). Mas esses predadores não são “predadores” originalmente empregado no meu texto de janeiro/2020. Um caçador alienígena armado com raios laser certamente derrotaria o T-Rex militar de toga colocado em cena. Ele perderia os dentes e teria uma indigestão terrível se tentasse morder um Terminator.

Imaginem a cena: um imenso T-Rex engole o Cyberdyne Systems Modelo 101, série 800. Na cena seguinte o robô rasga as entranhas da fera e sai dela sorrindo com seu esqueleto metálico intacto. Se mergulhar na tragédia brasileira a Justiça Militar será esse T-Rex, pois quando o país for redemocratizado ela terá que ser inevitavelmente extinta.

PS:- No filme originalmente produzido pelo autor da imagem utilizada para ilustrar esse texto o T-Rex leva a melhor. https://fanmoviewatch.com/t-rex-vs-terminator/

Fábio de Oliveira Ribeiro, 22/11/1964, advogado desde 1990. Inimigo do fascismo e do fundamentalismo religioso. Defensor das causas perdidas. Estudioso incansável de tudo aquilo que nos transforma em seres realmente humanos.

Este artigo não expressa necessariamente a opinião do Jornal GGN

Fábio de Oliveira Ribeiro

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