Governo dos EUA recebe pedido de extradição do bolsonarista Allan dos Santos

A prisão preventiva do blogueiro foi determinada no mês passado por Moraes e o Ministério da Justiça foi acionado para o processo de extradição.

(crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

Jornal GGN – O governo dos Estados Unidos tem em mãos o pedido de extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, foi quem emitiu a ordem e agora o país decidirá o que fazer, se acata ou não.

A prisão preventiva do blogueiro foi determinada no mês passado por Moraes e o Ministério da Justiça foi acionado para o processo de extradição. Allan dos Santos está com o visto vencido nos EUA, mas não se entregou ainda à polícia.

O processo todo será intermediado pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça. O nome de Allan dos Santos também será encaminhado para a lista da Difusão Vermelha da Interpol.

Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal. Na outra ponta, a Procuradoria-Geral da República se manifestou contra a prisão. A PF entende que, a pretexto de atuar como jornalista, Allan se colocou como um dos organizadores do movimento responsável por ataques à Constituição, aos Poderes de Estado e à democracia.

Existe ainda a suspeita de que essas ações tenham sido financiadas com recursos públicos a partir de sua relação com a família Bolsonaro e parlamentares da base do governo.

Moraes também determinou o bloqueio de todas as redes sociais vinculadas a Allan dos Santos, bem como de suas contas bancárias. Está vedado ao blogueiro o recebimento de recursos das redes sociais por produção de conteúdo. Foi autorizado pelo STF a quebra de sigilo sobre as transações financeiras e dos dados de mensagens desde janeiro de 2020, como solicitado pela PGR.

Allan dos Santos é investigado em dois inquéritos no STF, o da divulgação de fake News e ataques à Corte e o outro sobre a atuação da milícia digital que age contra a democracia e instituições do país.

Com informações do Correio Braziliense.

Redação

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